Surpresa no Culto desta Quarta-Feira à Noite!
Nesta quarta-feira à noite, foi surpreendido pelo desempenho de um ex-colega do curso teológico, o qual conduziu o "ex-culto de oração" da igreja que freqüento em Campo Grande, MS. Aliás, a cada reunião de que participo, sinto-me surpreso com o incomodo que pareço causar embora procure me manter quieto, expressando minha opinião apenas nos momentos em que me é permitido falar ou estimulada a participação. No culto de quarta-feira passada, por exemplo, o próprio pastor distrital me dirigiu duas perguntas, embora capciosas, durante o estudo que coordenava junto ao "pequeno grupo", formado por aqueles irmãos que ainda insistem em freqüentar a igreja durante a semana. Pela graça de Deus, saí-me bem nas duas intervenções provocadas e tudo transcorreu normalmente. Nesta quarta, porém, depois de tentar explicar aos visitantes que a igreja estava quase vazia devido ao "maravilhoso plano dos pequenos grupos", que faz com que a maioria dos membros participe de reuniões próximo de sua casa, o pregador lamentou que o templo esteja com tantos lugares vazios nas noites de domingo e quarta-feira. Ele, talvez, não tenha prestado atenção na explicação dada em domingo anterior, segundo a qual, as cadeiras vazias são ocupadas por anjos de Deus, que se unem a nós em nosso louvor... [Se assim fosse, quanto mais membros faltassem, mais lugar haveria para os anjos e, aos sábados, quando a igreja, a galeria e o salão dos jovens lotam, não sobraria lugar para os anjos...] Meu amigo argumentou lá da frente que "a principal razão para a ausência de tantas pessoas nesses cultos é a pouca valorização que se dá a um tema bíblico importantíssimo, mas que raramente é tratado na igreja: O Poder da Terceira Pessoa da Trindade." Por isso, disse ele, que teríamos naquela noite um estudo bíblico muito bem embasado sobre esse tema. Aí é que entra a surpresa! Meu ex-colega do curso teológico simplesmente assumiu a questão da trindade como uma verdade bíblica já conhecida e que não necessita ser provada pela Bíblia, recordou a missão atribuída por Cristo ao espírito consolador, quanto a convencer do pecado, da justiça e do juízo, e pediu-nos para abrir a Bíblia em Gálatas 5:16-25, que contrasta as obras da carne com o fruto do espírito. Em seguida, leu Romanos 6:1-14 como reforço acerca do nosso dever morrer para o pecado (obras da carne) e ressuscitar para Deus em novidade de vida (fruto do Espírito) pela fé em Jesus. Não perguntou se havia dúvidas, como vinha sendo feito nas reuniões das semanas anteriores, nem abriu possibilidade para qualquer questionamento. Aliás, recentemente, num sábado, um outro ancião pregou-nos que "os cabritos questionadores não entrarão no Céu, apenas as ovelhas submissas ao pastor o farão"... Minha esperança era que permitisse ou pedisse opiniões, como fez o pastor, pois somente nesse caso eu poderia expor meu ponto de vista, apesar de fundamentado na Bíblia, estando num território que pertence à Organização. Estas seriam algumas das passagens que gostaria de apresentar ao meu ex-colega de curso teológico e aos demais irmãos presentes à reunião. Haveria outras, mas estas me parecem suficientes para quem está disposto a aceitar o que a Bíblia diz, abrindo mão de doutrinas de homens por mais familiares e cômodas que nos sejam: 1. Palavras do Senhor Jesus em João 17:3:
2. Apenas como reforço para demonstrar como Jesus Se referia a Deus, poderia citar ou mencionar:
João 20:17: 3. Há também declarações do apóstolo Paulo, que não deixam qualquer dúvida:
Veja ainda:
4. E o próprio livro de Gálatas não traz qualquer evidência da existência de uma trindade ou mesmo da personalidade do Espírito Santo, separada do Pai e de Cristo: Gálatas 1:1-5:
Gálatas 3 fala do Espírito como algo prometido, ou um poder concedido pelo Pai:
Gálatas 4:4-7 deixa claro que o Espírito prometido é o espírito de Cristo, mediante o qual somos adotados pelo Pai. Ele nos comunica a divina natureza de Seu Filho a fim de que sejamos iguais a Ele, resistindo às tendências da carne. Veja:
É essa nova natureza, o espírito de Cristo, implantado em nós, que produz o fruto do capítulo 5! E não uma terceira pessoa de uma suposta trindade. 5. Na carta aos Romanos, que também foi citada pelo meu ex-colega do curso teológico, Paulo é bem direto na afirmação que faz sobre o espírito de Cristo (natureza divina) em nós como nossa única salvaguarda contra a carne (natureza humana):
O poder espiritual que procede do Pai e habilitou Jesus Cristo a viver vida vitoriosa está também à nossa disposição, a fim de que sejamos vencedores sobre a natureza carnal, como Ele foi! Portanto, não se trata de uma terceira pessoa divina, mas de um poder sobrenatural do qual necessitamos para vencer como Cristo venceu. Que o Pai nos dê porção dobrada desse Espírito. Amém! -- Robson Ramos Leia também: |
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