Em Que Consistiu a Mensagem de 1888?

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18/04/04


Dez Elementos Singulares e Essenciais da Mensagem de 1888

 

1. O amor de Cristo é ativo, e não meramente passivo. Como Bom Pastor que é, Ele está buscando sem cessar as ovelhas perdidas. A salvação não se baseia em nossa busca dele, mas em que creiamos que é Ele que nos está buscando. Nossa busca dele consiste na verdade em nossa resposta de fé a Sua busca por nós. Ele é quem toma a iniciativa. Os que finalmente se perderem, resistiram e desprezaram a iniciativa de Cristo em nos atrair com Seu amor. Nisto consiste a incredulidade.

2. Portanto, concluímos que é difícil perder-se, e fácil ser salvo, uma vez que compreendemos e cremos quão boas são as boas novas. Posto que Cristo pagou o preço do pecado de todos e de cada um, a única razão pela qual alguém pode ser finalmente condenado é a persistente incredulidade, o endurecimento do coração que se recusa apreciar a redenção feita por Cristo na cruz, e ministrada por Ele mesmo como Sumo Sacerdote. O autêntico evangelho desmascara esta misteriosa incredulidade e leva a um arrependimento que prepara a igreja para  regresso de Cristo. O orgulho humano, a ânsia por exaltação procedente dos seres humanos, são inconsistentes com a verdadeira fé em Cristo, e constituem sinais inequívocos da existência de incredulidade, incluindo na igreja.

3. Em Sua busca da raça perdida, Cristo percorreu todo caminho, tomando sobre si e assumindo a natureza humana – pecaminosa – do homem em sua condição caída. Assim fez a fim de poder ser tentado em tudo como nós, mas demonstrando uma perfeita justiça “na semelhança da carne pecaminosa” (Rom. 8:3 e 4. A mensagem entende que “semelhança” significa semelhança, não “diferença”). “Justiça” é um termo que não se aplica jamais a Adão em sua condição antes da queda, como tampouco aos anjos santos. A “justiça de Cristo” refere-se à santidade com que travou o conflito com o pecado em carne humana caída, e triunfou sobre o mesmo. Portanto, “a mensagem da justiça de Cristo” que tanta alegria trouxe a E. White em 1888, está fundamentada nesta específica compreensão da natureza humana de Cristo. Se tivesse tomado a natureza impecável de Adão antes de sua queda, a expressão “a justiça de Cristo” careceria de sentido. Os mensageiros de 1888 viram que a doutrina segundo a qual Cristo tomou somente a natureza de Adão antes da queda é um legado do romanismo, a insígnia do mistério da iniqüidade, que O mantém “distante”, e não “próximo, à mão”.

4. Assim nosso Salvador “condenou o pecado na carne” da humanidade caída. Significa que tem feito do pecado algo indesculpável, totalmente desnecessário a luz de Seu ministério. É impossível ter verdadeira fé em Cristo e continuar no pecado. Não podemos desculpá-lo dizendo: ‘Por fim sou humano’, ou ‘o diabo me fez pecar’. A luz da cruz, o diabo não pode forçar ninguém a pecar. Ser verdadeiramente “humano” é ter um caráter semelhante ao de Cristo, já que Ele foi plenamente humano, tanto como divino. A aceitação desta mensagem por parte da igreja, incluindo seus dirigentes, significa preparação para a trasladação.

5. Em conseqüência, o elemento requerido para que o povo de Deus se prepare para o retorno de Cristo é a fé genuína. Portanto isto é precisamente o que a igreja carece. A igreja se vê a si mesma como aquele que está “rico... e... enriquecido”, quando de fato a raiz de seu pecado, especialmente desde 1888, tem sido a mais patética incredulidade. A justiça é pela fé; é impossível ter fé e não demonstra-la na vida, posto que a fé sempre opera pelo amor. Nossos fracassos morais e espirituais são fruto de manter vivo o pecado de Israel antigo: a incredulidade.

6. Desde 1844, a justiça pela fé tem um significado específico e determinado. É “a mensagem do terceiro anjo em verdade”. Significa que vai mais além daquilo que os Reformadores ensinaram, que é a compreensão comum das igrejas populares de nossos dias. É uma mensagem de graça que “superabundou”. É paralela e consistente com a verdade singularmente adventista da purificação do santuário celestial, uma obra que inclui a plena purificação dos corações do povo de Deus na terra.

7. O sacrifício de Cristo na cruz não é meramente provisional, mas efetivo para todo o mundo. A única razão pela qual alguém pode perder-se, é porque escolheu resistir a graça salvadora de Deus. Para aqueles que finalmente serão salvos, foi Deus quem tomou a iniciativa; para os que se perdem, foi pela própria iniciativa deles. A salvação é pela fé; a condenação é pela não-fé, ou incredulidade. Portanto a verdadeira fé está em notório contraste com sua falsificação.

8. Portanto, o sacrifício de Cristo justificou legalmente a “todo homem”, e salvou literalmente ao mundo de uma destruição prematura. Todos os seres humanos Lhe devem sua vida física, quer creiam nEle ou não. O emblema da Sua cruz está estampado em cada pão. Quando o pecador ouve e crê no evangelho em sua pureza, é justificado pela fé. Os perdidos recusaram, deliberadamente a justificação que Cristo efetuou em seu favor. Pisotearam a salvação que lhes foi dada..

9. A justificação pela fé é, portanto, muito mais que uma declaração de absolvição que depende da iniciativa do pecador. A fé é uma apreciação da iniciativa de Deus, e transforma o coração. O pecador recebe efetivamente a expiação, ou reconciliação com Deus. É impossível estar verdadeiramente reconciliado com Ele, e não estar com a Sua santa lei. Conseqüentemente, a verdadeira justificação pela fé faz o crente obediente a todos os mandamentos de Deus (Existe uma relação direta entre a verdadeira justificação e a observância do sábado).

10. Essa maravilhosa mudança se cumpre pelo ministério da nova aliança. O Senhor escreve Sua lei no coração do crente, de maneira que passa a amar a obediência. Isto provê uma nova motivação que vai muito mais além do mero medo de se perder, ou da esperança da recompensa (quaisquer das motivações citadas nos colocam na condição que Paulo descreve como estar “debaixo da lei”). O velho e novo concerto não são assuntos de tempo, mas sim de condição [do coração]. Abraão teve fé e viveu debaixo da nova aliança. Muitos vivem hoje debaixo do velho concerto, já que sua motivação não vai muito além de uma preocupação egocêntrica. O velho concerto é a promessa dos homens de serem fiéis a Deus; o novo concerto [nova aliança] é a promessa de fidelidade de Deus aos homens. A salvação vem ao se crer nas promessas que Deus nos faz; não ao se fazer promessas a Ele.

Editado pelo pastor Don Anderson
(British Columbia Conference)


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