Capítulo 4

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18/04/04


Outro Fator Importante

Todavia, ainda que fosse importante focalizar sobre a não dependência ao homem pela dependência a Cristo, este não foi o único ingrediente crítico na mensagem. De forma interessante existiu outro aspecto da mensagem, igualmente importante, que é também totalmente ignorado por muitos daqueles que a examinam minuciosamente, e chamam para a aceitação dela, como eles a vêem.

Uma perspectiva interessante e extremamente equivocada veio de alguém que tinha altas credenciais; este homem foi o “emérito professor de história na Universidade Andrews”, Leroy Edwin Froom. Nós examinaremos o ponto de vista de Froom porque, embora seja incorreto, serve para destacar o fato de que este outro elemento crítico da mensagem trazido por Jones e Waggoner, não pode de forma justa ser ignorado pelo pesquisador imparcial. Froom escreveu um livro chamado, Moviment of Destiny (Movimento do Destino), e neste livro ele tenta voltar e examinar 1888. Corretamente ele diz que Deus estava tentando fazer algo especial na Igreja Adventista em 1888. Mas Froom é um daqueles que declaram que os propósitos de Deus foram cumpridos naquele encontro. Vamos ler o que ele disse a respeito do que aconteceu em 1888:

1888 não foi um sinal de derrota, mas um retorno na tendência para a ultima vitória. Este era o início de décadas de esclarecimento e avanço – a despeito de lutas e derrotas. Ele resultou finalmente em uma unificada plataforma de “Crenças Fundamentais”, preparatórias para o grande clímax do Movimento, seguramente destinado a acontecer. As Eternas verdades foram trazidas ao seu devido lugar. Deus estava definitivamente liderando, a despeito da contínua teimosia de “alguns”. Este é o profundo significado de “1888”. (Moviment of Destiny, p. 187).

Froom disse que alguma coisa foi trazida em 1888, a qual ele se referiu como “As Verdades Eternas”. Ele declarou que embora existissem algumas pessoas insubordinadas, as eternas verdades foram colocadas em seu devido lugar. Logo no início do livro Froom definiu o que ele quis dizer com o termo, “Verdades Eternas”. Nas páginas 33 e 34 ele escreveu:

DEFININDO O SIGNIFICADO DE “VERDADES ETERNAS” – A medida em que o termo “Verdades Eternas” deverá ser usado periodicamente através destas pegadas é essencial que este significado seja indispensavelmente declarado logo de início. Isto é por causa de sua crucial importância, e para evitar a tendência de mal-entendidos em seu uso.

Verificando o significado “verdade” – em conformidade com fatos e a realidade. Verdades Eternas são simplesmente verdades eternas, mas de um caráter específico.

As Verdades Eternas compreendem os princípios básicos e provisões da salvação do homem, originadas e centralizadas em três pessoas da Divindade, ou Trindade. Elas são eternas porque Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo são eternos. (idem. pp. 33 e 34 – Ênfase em itálico são de Froom, as ênfases em negrito foram adicionadas).

O que Froom tentou dizer era que em 1888, Deus estava trazendo a doutrina da Trindade para dentro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, e este era o motivo da importância de 1888. Ele disse que nós não poderíamos avançar porque não acreditávamos na Trindade. Froom afirma que em 1888, Deus começou a trazer esta doutrina para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, através de Waggoner e Jones. Certo ou errado, uma coisa positiva deve ser dita a respeito da pesquisa de Froom sobre os eventos de 1888. Ele reconheceu que não pode ser feita uma razoável análise de 1888, sem reconhecer a poderosa e clara ênfase de Waggoner sobre a posição de Jesus na divindade. E. J. Waggoner teve uma compreensão bem definida sobre este assunto o qual ele vigorosamente enfatizou como uma parte integral de suas apresentações em Minneapolis. Froom reconheceu que não poderia ignorar isso, e a este respeito ele foi mais cuidadoso e honesto do que muitos daqueles que fazem uma investigação profunda sobre o assunto hoje.

Froom fez várias referências ao livro de Waggoner, Cristo e Sua Justiça, na tentativa de provar seu ponto de vista. Talvez ele pensasse que nenhum outro conseguiria chegar ali. Entretanto, ele diz algumas coisas que são verdadeiras, e nós iremos dar uma olhada nelas primeiro. Ele diz:

As primeiras seis seções, tratam da transcendência natural e o completo envolvimento da Deidade de Cristo. Como declarou, estabelecer esta verdade fundamental foi o primeiro interesse de Waggoner. Ele se sentiu compelido a tomar nota de certos conceitos falsos, e também apresentar a positiva verdade da completa Deidade de Cristo e seu eterno lugar na Divindade, ou Trindade, com Seus infinitos atributos e prerrogativas – de forma que realmente possa compreender a Cristo a quem pertence a justiça o qual estamos para pedir e receber. (idem. p. 192 – ênfases de Froom).

A primeira parte desta declaração é verdadeira. Nos primeiros seis capítulos de seu livro, Waggoner esforça-se ao máximo para mostrar que Cristo é um ser completamente divino, de fato, ele usa a palavra “Deus” muitas vezes com referência a Cristo. Entretanto, Froom continua a dizer que Waggoner teve a intenção de apresentar a idéia de que Cristo fazia parte de uma Trindade! Ele diz novamente:

Waggoner declara expressamente que Cristo é “parte da Divindade” – a Segunda Pessoa da Trindade. Ele é apresentado como “igual ao Pai [ou Primeira Pessoa] em todos os aspectos”, sem faltar “um jota” de igualdade com Ele. (Idem., p. 274 – ênfase no original).

Como podemos ver, no conceito de Waggoner, o termo Divindade inquestionavelmente apoiava a constituição de pluralidade de pessoas – Pai, Filho e Espírito Santo – no desenvolvimento do plano da redenção, em completa unidade e coordenação. Waggoner era um universitário bem versado em terminologia teológica e um amplo leitor de literatura teológica.

Waggoner discursou com estudado cuidado. Ele formulou seus pensamentos com exatidão, e na completa compreensão de seus esclarecimentos. Ele acreditava claramente na Trindade de Pessoas que compõe a Divindade. E em uma mesma estrutura de referências ele também reconhece os componentes, Primeira, Segunda, e Terceira Pessoas como co-iguais e consubstanciais – em conflito direto com os contrários pontos de vista do Arianismo, os quais, nas primeiras porções de sua apresentação, ele estava efetivamente refutando. (Ibid.  p. 279 – ênfases no original).

Quando dizemos que alguém “expressamente declara” o que nós queremos dizer? Queremos dizer, “sem dúvida alguma, inquestionavelmente, especificamente”. Quando você faz uso de uma expressão como essa, ninguém pode se confundir sobre o que você está querendo dizer. Froom disse que Waggoner expressamente declara que Cristo é parte da Divindade, a segunda pessoa da Trindade. Esta é uma mentira grosseira, como nós iremos logo provar. LeRoy Froom foi reverenciado por anos como um dos grandes historiadores na igreja. Seus livros são comentados quase com reverência. Entretanto, nossas credenciais não interessam ao Rei diante de quem um dia devemos estar de pé. Se você é um mentiroso, não importa o que você coloca sobre a cabeça, que roupa veste ou que tipo de títulos dão a você, nesta avaliação da mensagem de Waggoner, LeRoy Froom provou ser ele mesmo um desvirtuador da verdade.

Froom afirmou que Waggoner era uma pessoa que falava com estudado cuidado e eu penso que aqueles que têm lido algum material de Waggoner, deverão concordar com isso. Waggoner usou suas palavras cuidadosamente e sabia exatamente o que estava tentando dizer. Froom continuou a afirmar que, quando Waggoner se referiu a Divindade, ele estava querendo dizer três pessoas, e disse que este era um fato inquestionável. Ele ainda declara que Waggoner acreditava que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram “consubstanciais”! Dizer que Waggoner acreditava na Trindade já é bastante mal, mas afirmar que ele acreditava neles como consubstanciais é dizer que ele acreditava na Trindade Católica, e esta mentira é maior que a primeira. Agora vamos ao livro de Waggoner, porque ninguém melhor do que ele próprio para esclarecer em que acreditava.

Por David Clayton 


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