Capítulo 5

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18/04/04


A Perspectiva de Waggoner

Como declarado antes, é verdade que Waggoner ensinou que Cristo é completamente divino. A seguinte declaração de seu livro, Cristo e Sua Justiça, apresenta este fato mais claramente:

Cristo está comprometido com a mais alta prerrogativa, a de julgar. Ele deve receber a mesma honra que é devida ao Pai, e é por esta razão que Ele é Deus. O discípulo amado deu este testemunho: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus”. João 1:1. Esta Divina Palavra não é outra senão Jesus Cristo, como é demonstrado pelo verso 14: “E a Palavra foi feita carne e habitou entre nós (e nós vimos a sua glória, glória como do único gerado do Pai), cheio de graça e verdade”. (Cristo e Sua Justiça, pp. 8, 9).

Sem dúvida, o fato de que Cristo é uma parte da Divindade, possuindo todos os atributos da Divindade, sendo igual ao Pai em todos os aspectos, como Criador e Legislador, é o único poder que existe na expiação. É somente isto que torna a redenção uma possibilidade. Cristo morreu “a fim de que ele pudesse nos conduzir a Deus” (I Pedro 3:18). Mas se Ele faltou um jota para ser igual a Deus, ele não pôde nos conduzir a Ele. Divindade significa possuir os atributos da Deidade. Se Cristo não era Divino, então tivemos apenas um sacrifício humano. Esse sacrifício não é importante, então, se essa era a condição de Cristo como a maior inteligência criada no universo; neste caso, Ele seria um ser subordinado a lealdade devida à lei, sem habilitação para fazer algo mais que Sua própria obrigação. Ele não poderia ter justiça para repartir com outros. Existe uma infinita distância entre o mais alto anjo já criado e Deus; portanto, o mais elevado anjo não poderia erguer o homem caído e torná-lo participante da natureza Divina. Anjos podem ministrar; apenas Deus pode redimir. Graças a Deus que nós somos salvos “através da redenção que está em Cristo Jesus”, em quem habita corporalmente toda a plenitude da Divindade e que é, então, capaz de salvar totalmente aqueles que se achegam a Deus por meio Dele. (idem., pp. 43, 44)

Esta verdade nos ajuda a compreender mais perfeitamente a razão porque Cristo é chamado a Palavra de Deus. Ele é o único através de quem a Divina vontade e poder são feitos conhecidos ao homem. É ele, por assim dizer, a expressão da Divindade, a manifestação da Divindade. Ele declarou ou fez Deus conhecido ao homem. Foi do agrado do Pai que Nele residisse toda a plenitude; e, portanto, o Pai não é removido a uma segunda posição, como alguns imaginam, quando Cristo é exaltado como Criador e Legislador para a glória do Pai que resplandece através do Filho. Desde então Deus é conhecido apenas através de Cristo, é evidente que o Pai não pode ser honrado como Ele deve ser honrado, por aqueles que não exaltam Cristo. Como o próprio Cristo disse, “Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou”. João 5:23, (idem, pp. 44, 45).

Nos seis primeiros capítulos, a divindade de Cristo é em grande parte o foco de Waggoner. Ele tenta provar que Jesus não foi criado; Ele não era um ser inferior a Deus. O único que nos redimiu é verdadeiramente um ser divino. Este era o seu foco. Ele estava tentando mostrar ao homem, a grande e exaltada obra que tinha sido feita em nosso benefício. Não era um ser inferior que morreu pela humanidade, mas o único que era mais alto que qualquer coisa ou inteligência criada possa compreender. O preço pago por nós é infinitamente maior! Waggoner entendeu que as pessoas necessitam compreender quem Cristo era. Eles precisavam receber a Cristo como ele verdadeiramente era, se eles estavam se relacionando sempre com Ele de maneira correta. Veja como Ellen White concordou que era isso que Waggoner tentou expressar para as pessoas:

Estas mensagens trazem as credencias divinas e tem sido enviadas ao povo de Deus; a glória, a majestade, a justiça de Cristo, cheias de bondade e verdade, foram apresentadas; a plenitude da Divindade em Jesus Cristo tem sido apresentada entre nós com graça e beleza, a fim de encantar todos os corações que não estão fechados com o preconceito. Nós sabemos que Deus tem operado entre nós. Temos visto almas volverem-se do pecado para a justiça. Temos visto a fé reviver nos corações dos contritos. (Review and Herald, May 27, 1890).

Portanto, Ellen White concordou que o Foco de Waggoner era Cristo, com uma ênfase sobre Sua deidade. Todavia, se nós deixássemos isso de lado não teríamos falado a verdade completamente. Nos primeiros quatro capítulos do livro, Waggoner enfatiza, justamente como ele faz com a divindade de Cristo, o meio pelo qual Cristo obteve Sua divindade. Isto é algo que Froom distorce e procura esconder em seu livro.

De que forma Cristo é divino? Os católicos e as pessoas que adotam sua teologia dizem que Cristo é divino, porque Ele é o próprio Deus. Sua idéia é: Deus é uma substância, semelhante ao que Froom disse, “consubstancial”. Deus é uma substância, e existem três pessoas que se “espremem” nessa substância ou que existem na substância. Todos eles sempre existiram, todos são um único ser, mas envolvido em mistério insondável; de forma indefinível, essas três pessoas existem em uma só substância. É realmente um mistério, e nós não somos capazes de compreendê-lo, somente acreditar nele. A afirmação é, Cristo é Deus porque Ele é Deus. Porque Ele é o próprio Deus, sempre foi, sempre será.

A outra versão adotada pela atual Igreja Adventista do Sétimo Dia diz que Cristo é Deus porque Ele é um dos três Deuses. Ele sempre foi e sempre será. Existem estes três Seres que simplesmente por acaso estão lá desde toda a eternidade.

Mas Waggoner esteve ensinando outra coisa, e quando ele ensinou isto, Ellen White, pregando um sermão em Roma, Nova York, em 19 de junho de 1889 disse:

Quando o irmão Waggoner apresentou essas idéias em Minneapolis, este foi o primeiro claro ensino sobre este assunto proferido por lábios humanos que eu já tinha ouvido, exceto de conversas entre eu e meu marido. Eu tenho dito a mim mesma, isso é porque Deus as apresentou a mim em visão que eu vi tão claramente, e eles não as viram porque jamais foram apresentadas diante deles como foi para mim. E quando outro as apresentou, cada fibra do meu coração disse, Amém. (manuscript Releases, Vol. 5, p. 219).

Este é o testemunho de Ellen White com respeito à mensagem de Waggoner. Nos quatro volumes, Os Materiais de 1888, Você jamais encontrará uma palavra que Ellen White proferiu contra o conteúdo da mensagem. Jamais! Aqui está o que ela disse outra vez, conforme relembrou em Os Matérias de 1888:

Eu vi a beleza da verdade na apresentação da justiça de Cristo em relação à lei como o doutor a tinha exposto diante de nós. Vocês; muitos de vocês dizem: isto é luz e verdade. Apesar disso, vocês não a apresentaram nesta luz até aqui. Não é possível que através de um sério, e piedoso pesquisador das Escrituras tenha visto ainda grande luz sobre alguns pontos? Estes que têm sido apresentados harmonizam-se perfeitamente com a luz que Deus me tem dado durante todos os anos de minha experiência. (The 1888Materials, p. 164). 

É importante notar que a palavra “perfeita” aqui. É uma palavra muito dura, por isso não deixe a sala para se beliscar. Se eu digo que algo é perfeito, e você encontra alguma falha nele, eu estou provando ser um mentiroso, Ellen White disse que a mensagem pregada por Waggoner harmonizava-se “perfeitamente” com a luz que Deus tinha lhe dado durante “todos os anos” de sua experiência. Agora, eu imaginaria que se Waggoner teve uma pequena falha ali, Ellen White talvez tenha dito que a maioria daquilo que ele pregou era a verdade, e ainda havia falhas, a base disso estava correta. Ela poderia ter omitido a palavra “perfeitamente” e dito apenas, “ela se harmoniza com a luz que Deus me tem dado”. Mas porque ela incluiu a palavra “perfeitamente” se ela não estivesse tentando dizer alguma coisa? Ela estava tentando nos enganar? Não! Eu penso que qualquer que fosse a mensagem, não existiu nenhuma falha na mensagem, justamente como ela declarou, e eu quero que você considere à medida que lermos as citações de Waggoner as quais Froom propositalmente ignorou em sua avaliação da mensagem. Conforme você ler estas citações você poderá julgar por si mesmo, se Waggoner estava ou não, tentando trazer a doutrina da Trindade para dentro da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Por David Clayton 


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