João Paulo I Teria Sido o 7º Rei, o Papa Atual Seria o 8º
(Novo Comentário de Apocalipse 17:1a, e 3-13)

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INTRODUÇÃO

Muito já foi redigido e falado sobre este capítulo. Sobre o qual, agora, também, faremos um comentário. Em relação a tudo o que já foi dito sobre esse capítulo, temos as seguintes ordens e conselhos da Escritura Sagrada: “Não desprezeis as profecias”. (1Tes. 5:20 - AVR). “Mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom”. (1Tes. 5:21 - AVR). “Ele, porém, respondendo, disse: ‘Está escrito’”.  (Mat. 4:4 – ARC). “Ora, irmãos, estas coisas eu as apliquei figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, de modo que nenhum de vós se ensoberbeça a favor de um contra outro”. (1Cor. 4:6 - AVR).

A perfeita compreensão deste capítulo, mudará completamente a visão dos estudiosos no que diz respeito ao Livro do Apocalipse, mas principalmente a maneira de viver das pessoas, em função da época em que estamos vivendo. Por isso, o comentário que será apresentado, terá estes objetivos, além do mais importante, que é levar às pessoas ao “Cordeiro de Elohym que tira o pecado do mundo”. Além do mais, Ele é o autor do Livro do Apocalipse – a revelação é dEle.

Os versos que nos propomos a apresentar para estudo, creio que já fazem parte da História. Já são profecias que foram cumpridas, por isso não entrarei em detalhes sobre os versos 1 (segunda parte), 2. Dos versos 12 em diante, poderemos fazer comentários sobre alguns pontos importantes, mas sem entrar em detalhes em todos os versos, pois tratam-se de profecias que ainda não se cumpriram, e o que poderemos fazer é estabelecermos as hipóteses para o cumprimento das profecias que eles abordam.

APOCALIPSE 17:1a

E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo ...”. (ARC). Esta  parte do verso, é parecida com a de Apoc. 21:9: “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo ...”. (ARC). A única diferença é a expressão: “cheias das últimas sete pragas”.

Este anjo que aparece em Apoc. 21:9, provavelmente, é o mesmo de Apoc. 17:1. Em Apoc. 1:1 está escrito: “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou a seu servo João”. (AVR). Além do mais, em todas as promessas, às sete igrejas, é dito: “Ouça o que o Espírito diz às igrejas”. (Apoc. 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, e 22). Destacaremos dois detalhes que aparecem em todas as cartas. Primeiro: na introdução a cada uma das cartas está escrito: “Ao anjo da igreja”. (Apoc. 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 7 e 14). Portanto, na introdução, a palavra “igreja” está no singular. Mas nas promessas, a palavra é no plural: “igrejas”. O que nos dá a certeza, que o Espírito que transmitiu as mensagens às sete igrejas foi o mesmo. Em Apoc. 22:16, assim está escrito: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. ...”. (ARA).

O que se pode concluir, é o seguinte: Foi o anjo Gabriel que transmitiu “estas coisas às igrejas”. Sendo assim, ele é o Espírito que aparece na expressão: “Ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Porque os anjos são “Espíritos ministradores” (Heb. 1:14).

O segundo detalhe, é o seguinte. Nas três primeiras cartas, as promessas feitas pelo Espírito, são apresentadas ao final de cada carta (2:7, 11 e 17). Antes, porém, é feita a advertência: “Ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Contudo, nas quatro últimas cartas, ocorre o seguinte: é feita a promessa em cada carta (2:26; 3:5, 3:12 e 3:21), e por último vem à advertência: “Ouça o que o Espírito diz às igrejas”. (2:29; 3:6, 3:12 e 3:22). O mais curioso, é sabermos que todas as igrejas pregam a Cristo, elas afirmam que tem o Messias. É bem verdade, que o Livro do Apocalipse, apresenta “um semelhante a Filho de Homem”, andando no meio dos sete candeeiros. “E voltei-me para ver quem falava comigo. E, ao voltar-me, vi sete candeeiros de ouro, e no meio dos candeeiros um semelhante a filho de homem, vestido de uma roupa talar, e cingido à altura do peito com um cinto de ouro”. (Apoc. 1:12-13 – AVR). Nos versos 17 a 20, temos: “Quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último, e o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo pelos séculos dos séculos; e tenho as chaves da morte e do hades. escreve, pois, as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de suceder. Eis o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete candeeiros de ouro: as estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas”.

Contudo, o mesmo Livro do Apocalipse, “A Testemunha Fiel e Verdadeira” apresenta um quadro triste da última igreja (Apoc. 3:15-20). “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. (Apoc. 3:20 – AVR). Portanto, o que se pode concluir, é que “o Cordeiro”, “a Testemunha Fiel e Verdadeira”, apresenta-se como estando do lado de fora da última igreja. Semelhantemente, o Espírito, no que diz respeito às quatro últimas igrejas.

Portanto, ter o nome de cristão, ter a Lâmpada (a Palavra) pode significar, apenas ter o nome ou usar o nome do Messias, como está escrito:

Sete mulheres naquele dia lançarão mão dum só homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos de nossos vestidos; tão somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio”. (Isaías 4:1 - AVR).

Em outro lugar foi escrito:

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”. (Mat. 7:21-23 – AVR).

Nesse mesmo Livro foi escrito:

Então o reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco eram insensatas e cinco, prudentes. As insensatas, ao pegarem as lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes levaram vasos de azeite com suas lâmpadas. Atrasando o noivo, todas elas acabaram cochilando e dormindo. Quando foi aí pela meia-noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo vem aí! Saí ao seu encontro!’ Todas as virgens levantaram-se, então, e trataram de aprontar as lâmpadas. As insensatas disseram às prudentes: ‘dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando’. As prudentes responderam: ‘De modo algum, o azeite poderia não bastar para nós e para vós. Ide antes aos que vendem e comprai para vós’. Enquanto foram comprar o azeite, o noivo chegou e as que estavam prontas entraram com ele para o banquete de núpcias. E fechou-se a porta. Finalmente, chegaram as outras virgens, dizendo: ‘Senhor, senhor, abre-nos!’ Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: não vos conheço!’ Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o dia nem a hora”. (Mat. 25:1-13 – BJ).

Alguém poderia questionar: o que tem haver o relato de Isaías e os dois de Mateus com Apoc. 17? A resposta está em Apoc. 17:14, onde está escrito: “Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele”.

Para concluirmos sobre o segundo detalhe, temos na terceira carta, “a carta à Igreja em Pérgamo” (Apoc. 2:12-17), um ponto de transição da Igreja pura para igreja em apostasia (313 a 508).

Sem entrarmos em detalhe sobre a mensagem da igreja em Pérgamo, abaixo, seguem alguns acontecimentos que marcam o início do período, em que a igreja teria às características da igreja em Pérgamo.

Em fevereiro de 313, núpcias suntuosas se celebraram em Milão. O imperador Constantino casava sua meia-irmã Constância com Licínio que, naquela época estava governando as províncias danubianas e balcânicas. Licínio dispunha de um importante poder. ...”.

Em Milão, os dois imperadores decidiram instaurar a liberdade religiosa; o cristianismo devia ser tolerado. Os imperadores confessaram-se discípulos da religião da Summa Divinitas. A Divindade Suprema. Era prematuro nomear abertamente o Deus cristão. Segundo o acordo de Milão, os bens espoliados, os lugares de reunião dos cristãos deviam ser restituídos, as diversas comunidades cristãs reconhecidas. De futuro, cada cidadão teria o direito de viver segundo a religião de sua escolha. É inútil sublinhar que a liberdade religiosa aproveitava em primeiro lugar aos cristãos. Com o fim de aliciar Licínio à sua fé, de predispô-lo favoravelmente para com o cristianismo, de facilitar-lhe, em larga medida, a aplicação da nova política religiosa, prometeu Constantino a seu confrade aumentar-lhe o poder soberano e os territórios com prejuízo de Maximino Daia, que reinava sobre as províncias do leste.

Para Daia, as convenções de Milão constituíam uma ameaça séria. Decidiu ganhar dianteira a Licínio e atacar as províncias balcânicas. ...”

Os soldados de Maximino Daia tinham posto sua confiança no poder dos antigos deuses romanos, na infalível vidência dos advinhos e dos oráculos. A 1º de maio de 313, Licínio, à frente dum exército bem inferior em número, alcançou retumbante vitória contra Daia. Venceu, sob a divina proteção do deus invisível, senão verdadeiramente cristão.

Maximino Daia mandou executar, como vulgares trapaceiros, os advinhos que tinham anunciado sua vitória. ...” – (LISSNER, Ivar. OS CÉSARES – Apogeu e Loucura. 2ª ed. belo Horizonte – MG, Editora Itatiaia Limitada. 1964. pp. 419-420.).

Neste período, 313 a 508, foi onde ocorreram as grandes mudanças, que culminaram na apostasia da igreja cristã. Cujo exemplo nos foi dado, é o das tribos de Israel no Deserto, em relação à “doutrina de Balaão” que ele ensinara “a Balaque, a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição”. (Apoc. 2:14 – ARA). (Ver Núm. 25:1-18; 31:13-18 e 2Ped. 2:15-16).

Ellen G. White, no Grande Conflito, no capítulo 3, “Como Começaram as Trevas Morais” escreveu o seguinte:

“O apóstolo Paulo, em sua segunda carta aos tessalonicenses, predisse a grande apostasia que teria como resultado o estabelecimento do poder papal. Declarou que o dia de Cristo não viriasem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição; o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.’ II Tessalonicenses 2:3 e 4. E, ainda mais, o apóstolo adverte os irmãos de quejá o mistério da injustiça opera.’ II Tessalonicenses 2:7. Mesmo naqueles primeiros tempos viu ele, insinuando-se na igreja, erros que preparariam o caminho para o desenvolvimento do papado.

Pouco a pouco, a princípio furtiva e silenciosamente, e depois mais às claras, à medida em que crescia em força e conquistava o domínio da mente das pessoas, o mistério da iniqüidade levou avante sua obra de engano e blasfêmia. Quase imperceptivelmente os costumes do paganismo tiveram ingresso na igreja cristã. O espírito de transigência e conformidade fora restringido durante algum tempo pelas terríveis perseguições que a igreja suportou sob o paganismo. Mas, em cessando a perseguição e entrando o cristianismo nas cortes e palácios dos reis, pôs ela de lado a humilde simplicidade de Cristo e Seus apóstolos, em troca da pompa e orgulho dos sacerdotes e governadores pagãos; e em lugar das ordenanças de Deus colocou teorias e tradições humanas. A conversão nominal de Constantino, na primeira parte do século IV, causou grande regozijo; e o mundo, sob o manto de justiça aparente, introduziu-se na igreja. Progredia rapidamente a obra de corrupção. O paganismo, conquanto parecesse suplantado, tornou-se o vencedor. Seu espírito dominava a igreja. Suas doutrinas, cerimônias e superstições incorporaram-se à fé e culto dos professos seguidores de Cristo.

Esta mútua transigência entre o paganismo e o cristianismo resultou no desenvolvimento do ‘homem do pecado’, predito na profecia como se opondo a Deus e exaltando-se sobre Ele. Aquele gigantesco sistema de religião falsa é a obra-prima do poder de Satanás - monumento de seus esforços para sentar-se sobre o trono e governar a Terra segundo a sua vontade.

... Para conseguir proveitos e honras humanas, a igreja foi levada a buscar o favor e apoio dos grandes homens da Terra; e, havendo assim rejeitado a Cristo, foi induzida a prestar obediência ao representante de Satanás - o bispo de Roma.” – (GC. 33ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1987. pp. 47-48.).

Portanto, é justamente a partir deste período (313 a 508), quando o Messias é rejeitado, que o Espírito, também, afastou-se da igreja. Por isso, nas quatro últimas cartas, como já dissemos, a advertência do Espírito só aparece, após a promessa de cada uma das cartas - “Ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Então, no período seguinte, (538 até 1798) começam os 1.260 dias (quarenta e dois meses – um tempo dois tempos e metade de um tempo) que correspondem aos 1.260 anos. (Confira em Dan. 7:25, Luc. 21:24; Apoc. 11:2-4; 12:6, 14 e 13:5-8). De 508 até 1798 é o período que corresponde a profecia de Dan. 12:11. {Confira: os verbos da Língua Hebraica – nomear (estabelecer, pôr), no lugar (ao lado, sobre) o Tamîd, naquele e nestes os verbos da Língua hebraica –afastar (suprimir) o Tamîd e, também ,  nomear, (estabelecer, pôr) o ídolo abominável (abominação assoladora ou desoladora) - Dan. 8:12 e 11:31}.

João escreveu o que aconteceu com ele, duas vezes. Uma em Apoc. 19:10: “Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: Olha, não faças tal: sou conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia”. (AVR). A outra em 22:8-9, foi dito novamente: “Eu, João, sou o que ouvi e vi estas coisas. E quando as ouvi e vi, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava, para o adorar. Mas ele me disse: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus”. (AVR).

Portanto, de acordo com esses últimos versos, entendemos que, de um modo especial, o anjo Gabriel é conservo dos profetas. Como está escrito no Livro do profeta Daniel. Sobre esses versos de Apoc. 19:10 e 22:9, Ellen G. White escreveu o seguinte:

“... As humildes tarefas que estão diante de nós, devem ser executadas por alguém; os que as fazem devem sentir estarem realizando uma obra necessária e honrosa, e que em sua missão, por humilde que seja, estão fazendo a obra de Deus, tão certo como o estava Gabriel quando enviado aos profetas. ...” – (WHITE, Ellen G. Meditação Matinal. Exaltai-O!. 1ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1992. p. 269.).

Em outro lugar foi escrito:

As palavras do anjo: ‘Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus’, mostram que ocupa posição de elevada honra, nas cortes celestiais. Quando viera com uma mensagem para Daniel, dissera: ‘Ninguém há que se esforce comigo contra aqueles, a não ser Miguel [Cristo], vosso príncipe.’ De Gabriel, diz o Salvador em Apocalipse: ‘Pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João Seu servo.’ E a João o anjo declarou: ‘Eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas.’ Maravilhoso pensamento - que o anjo que ocupa, em honra, o lugar logo abaixo do Filho de Deus, é o escolhido para revelar os desígnios de Deus a homens pecadores.” – (O Desejado de Todas as Nações. 20ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1997. p. 99.).

Foi Gabriel, o anjo que ocupa a posição imediata ao Filho de Deus, que veio com a divina mensagem a Daniel. Foi Gabriel ‘Seu anjo’, que Cristo enviou a revelar o futuro ao amado João; e é proferida uma bênção sobre os que lêem e ouvem as palavras da profecia, e observam as coisas ali escritas.” - (Ibidem. p. 234.).

Em outro lugar ela escreveu:

Deus mandou Seu anjo mover o coração de um lavrador, que não havia crido na Bíblia, a fim de o levar a examinar as profecias. Anjos de Deus repetidamente visitavam aquele escolhido, para guiar seu espírito e abrir à sua compreensão profecias que sempre tinham sido obscuras para o povo de Deus. Foi-lhe dado o início da cadeia de verdade, e ele foi levado a examinar elo após elo, até que olhou maravilhado e admirado para a Palavra de Deus. Viu ali uma perfeita corrente de verdades. A Palavra que ele havia considerado como não inspirada, abria-se-lhe agora ante a visão, em sua beleza e glória. Viu que uma parte das Escrituras explica outra, e, quando uma passagem estava fechada à sua compreensão, encontrava em outra parte da Palavra aquilo que a explicava. Olhava a santa Palavra de Deus com alegria, e com o mais profundo respeito e temor”.

O anjo do Céu veio a João com majestade, brilhando seu rosto com a excelente glória de Deus. Revelou a João cenas de profundo e palpitante interesse, na história da igreja de Deus, e apresentou-lhe os perigosos conflitos que os seguidores de Cristo deveriam suportar. João os viu passar por violentas provações, serem purificados e provados, e finalmente vitoriosos, gloriosamente salvos no reino de Deus. O semblante do anjo se tornou radiante de alegria, e tornou-se extraordinariamente glorioso, ao mostrar ele a João o triunfo final da igreja de Deus. Quando o apóstolo contemplou o livramento final da igreja, ficou fora de si ante a glória daquela cena, e, com profunda reverência e temor, caiu aos pés do anjo para o adorar. O mensageiro celestial imediatamente o levantou, e mansamente o reprovou, dizendo: ‘Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia.’ Apoc. 19:10. O anjo mostrou então a João a cidade celestial, com todo o seu esplendor e deslumbrante glória, e ele, extasiado e vencido, e esquecendo-se da reprovação anterior do anjo, de novo se prostrou para adorar a seus pés. É novamente proferida a suave reprovação: ‘Olha, não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.’ Apoc. 22:9.

Pregadores e o povo têm considerado o livro do Apocalipse como sendo misterioso, e de menos importância que outras porções das Escrituras Sagradas. Vi, porém, que este livro é na verdade uma revelação dada para o benefício especial daqueles que vivessem nos últimos dias, a fim de os guiar no descobrir sua verdadeira posição e seus deveres. Deus encaminhou a mente de Guilherme Miller para as profecias, e deu-lhe grande luz quanto ao livro do Apocalipse.

Se as visões de Daniel tivessem sido compreendidas, o povo poderia melhor ter entendido as visões de João. Mas, no tempo devido, Deus moveu o Seu servo escolhido, que, com clareza e no poder do Espírito Santo, desvendou as profecias e mostrou a harmonia das profecias de Daniel e de João, e outras partes da Bíblia, e fez falar ao coração do povo as advertências sagradas e terríveis da Palavra, para se preparar para a vinda do Filho do homem. Profunda e solene convicção repousou sobre a mente dos que o ouviam, e ministros e povo, pecadores e ateus voltavam-se ao Senhor e buscavam preparar-se para estar em pé no juízo”. (Primeiros Escritos. 5ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1995. pp. 229-231.).

O anjo de Apoc. 17:1, pode até não ser Gabriel, o mesmo de Apoc. 21:9. Contudo, Gabriel é “um dos sete anjos, que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas”. (Apoc. 21:9 – ARC). Porque em Apoc. 15:5-7, também, está escrito o seguinte:

Depois disto olhei, e abriu-se o santuário do tabernáculo do testemunho no céu; e saíram do santuário os sete anjos que tinham as sete pragas, vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos, à altura do peito com cintos de ouro. Um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira do Deus que vive pelos séculos dos séculos”.

Nesse caso, “Um dos quatro seres viventes” que “deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira do Deus que vive pelos séculos dos séculos”, não pode ser Gabriel.

APOCALIPSE 17:3

E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres”. (ARC).

Não serão feitos comentários sobre muitas palavras que já são de muito conhecidos os seus significados.

Uma das possibilidades para a tradução do verso é a seguinte:

E levou-me, em espírito, para uma isolada (sozinha); e olhei para uma mulher, montada numa besta, de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres.

Ou:

E levou-me, em espírito e olhei para uma mulher isolada (sozinha), montada numa besta, de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres.

A expressão grega: εις ’έρημον – e(ě)is é(ě)re(ē)ēmo(ŏ)n.

A primeira palavra é uma preposição está no caso acusativo. A segunda palavra é um adjetivo pronominal, que, também, está no caso acusativo, é uma palavra do gênero feminino.

“’'Ερημος, ον ...  - Solitário // isolado, só // vazio, desprovido de // sem // ermo”. 1

“’'Ερημος, ον – solitário, ermo, deserto, desabitado; desolado”. 2

A expressão grega: γυναικα καθημένην – gynaîka kathe(ē)mé(ĕ)ne(ē)n – mulher que está assentada.

“κάθημαι ...estar sentado; sentar-se; viver, permanecer, estar”. 3

“κάθ-ημαι ... // estar sentado, permanecer // ter as suas sessões // ... estar tranqüilo, estar imóvel, inativo // viver vida sedentária, estar estabelecido.” 4

A primeira palavra é um substantivo, está no caso acusativo. A segunda palavra é um verbo, particípio presente, e, também, está no caso acusativo.

A expressão: “E levou-me em espírito”, é uma referência à visão que o profeta estava recebendo, especialmente, sobre o capítulo 17.

A expressão: “para uma isolada (sozinha)”, só tem sentido, quando analisada com a segunda parte do verso 1: “... Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas”.

Como o próprio capítulo explica o significado dessas muitas águas. Fica fácil entender. “As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas”. (Apoc. 17:15 – ARC).

Essa prostituta, pode até ser a mesma mulher montada na Besta. Mas a comparação que é feita, é de uma mulher assentada sobre muitas nações. Ou seja, em termos proféticos, sobre muitos animais. Porque a Besta é um animal. E na profecia um animal simboliza um reino (Dan. 7:17, 23 e 8:20-21), bem como o seu líder principal.

Diante disso, é que a visão de João dos versos 1 e 2, onde ele contempla uma prostituta (que não deixa de ser mulher) assentada sobre muitas águas, para uma mulher que está assentada sobre uma Besta.

A visão do verso 3 ao 18, onde João está avançando no tempo, em relação à época dele. Demonstra, também, no que diz respeito ao Livro do Apocalipse, que ele está voltando no tempo. Principalmente, ao tempo em que antecede a grande perseguição religiosa, ou seja, os 1.260 anos. Apoc. 13:5-8.

A expressão: “para uma mulher isolada (sozinha), montada numa besta”. Só tem sentido, quando compreendemos que esta mulher isolada (sozinha), conforme o verso 3, é literalmente, “a mãe das prostitutas”, conforme o verso 5. (Confira o verso 5 – na BJ, na NVI, na ARA). Este é o primeiro motivo, pelo qual a mulher é descrita como estando isolada (sozinha) – ela é a mãe. O outro é o detalhe da localização. Onde ela está assentada. Estabelecida. Só existe uma mulher oficialmente estabelecida (montada ou assentada ou sentada) sobre uma Besta.

Como já dissemos, a Besta é um animal. Portanto, trata-se de um reino.

Quanto aos outros detalhes: “de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia”, já são bastantes conhecidos às interpretações sobre eles.

Este reino, a Besta, tem o seu paralelo histórico e profético com o Dragão descrito em Apoc. 12:3-4 e com Dan. 7:7-8, 17-25. Em Apoc. 12:3, o Dragão tem “sete cabeças e dez chifres e sobre as cabeças, sete diademas”. (ARC).  Sem entrar em muitos detalhes sobre Apoc. 12, destacaremos apenas o que Ellen G. White escreveu sobre o Dragão.

A cadeia de profecias na qual se encontram estes símbolos, começa no capítulo 12 de Apocalipse, com o dragão que procurava destruir Cristo em Seu nascimento. Declara-se que o dragão é Satanás (Apoc. 12:9); foi ele que atuou sobre Herodes a fim de matar o Salvador. Mas o principal agente de Satanás, ao fazer guerra contra Cristo e Seu povo, durante os primeiros séculos da era cristã, foi o Império Romano, no qual o paganismo era a religião dominante. Assim, conquanto o dragão represente primeiramente Satanás, é, em sentido secundário, símbolo de Roma pagã.” – (WHITE, Ellen G.. O Grande Conflito. 33ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1987. p. 458.).

Portanto, historicamente, o Dragão representa o Império Romano. Sendo assim, é o mesmo “quarto animal descrito em Dan. 7”. Da mesma forma “os dez chifres” ou “as dez pontas”, de Dan. 7, também, correspondem aos “dez chifres” de Apoc. 12. E a ponta pequena de Dan. 7? Onde ela está descrita no capítulo 12:2-3?

Analisando com detalhe Dan. 7:8, 20 24-25 podemos encontrar muitos detalhes. O primeiro: Os “três” dos “dez chifres”, só são arrancados depois que o chifre pequeno sobe. O segundo: Neste chifre pequeno “havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente” (Dan. 7:8 - ARC). “E parecia ser mais robusto do que os seus companheiros”. (Dan. 7:20 – AVR).

O terceiro detalhe: “Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis”. (Dan. 7:24 -AVR).

De acordo com estas descrições, onde Dan. Apresentou o chifre pequeno, com olhos e boca, em Dan. 7. João, em Apoc. 12:2-3, ele nos fornece mais detalhes. Só que não chamou a “décima primeira ponta”, de  “chifre”, mas sim “sete cabeças”. Justamente, porque a Igreja do Cordeiro está dividida em “sete períodos”. Possuindo sete anjos, um para cada período. E de acordo com a Escritura Sagrada, cabeça, representa os líderes. (Êxodo 6:14; 18:25; Núm. 1:4, 16; 7:2; 10:4; 17:3; 25:4, 15; 30:1; 31:26; 32:28; 36:1; Deut. 1:13, 15; 5:23; 29:10; 33:5; Josué 14:1, 51; 21:1, 22:14, 21, 30; 23:2; 24:1; 1Cor. 11:3; Efésios 1:22;  4:15; 5:23;  Col. 1:18; 2:10; Apoc. 17:9 e 10).

O curioso, é que em Dan. 7:6, o leopardo – o terceiro animal, foi descrito como tendo “quatro cabeças”. Representando os quatro generais (líderes) de Alexandre da Macedônia, que dividiram o Império Grego entre si.

Portanto, da mesma forma que surgiram dez reis (reinos) após a queda do Império Romano do ocidente, em 476, surgiu também o chifre pequeno predito por Daniel. Totalizando “onze chifres”. Mas depois de algum tempo, “três” dos dez primeirosforam arrancados”, “abatidos”. Então, é só fazermos a conta se subtrair: (onze, menos três é igual a oito). Ou, 11 – 3 = 8.

Outro detalhe importante, em Apoc. 12:1-4, é que a mulher (v. 1 – símbolo da igreja judaica), com uma coroa de doze estrelas, na cabeça, representa o reino de Israel (as doze estrelas, simbolizando as doze tribos de Israel e não a igreja messiânica, pois o Filho, o Messias, só nasce no verso 5), desde a época dos Macabeus, até os dias de Herodes. No entanto, no verso 3, foi apresentado as “sobre as cabeças”, as “sete”  “sete diademas”. Estes diademas apresentados, são símbolos de autoridade, bem como, também, pode simbolizar coroa. Este é o mesmo simbolismo de Apoc. 13:1. Onde é apresentado subindo “do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas”. (ARC). Curiosamente, esses chifres são apresentados em Apoc. 17:12-13.

Então, por que a palavra diadema representa tanto autoridade quanto coroa? Em primeiro lugar, serão apresentadas duas citações do Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia – Espanhol e uma do Dicionário Bíblico Adventista – Espanhol.

Coroa. Gr. stéfanos, uma coroa de vencedor (ver com.  Mat. 27: 29; Apoc. 2: 10), não diadema, uma coroa real (ver com. ‘diademas’, cap. 12: 3).” – (Comentário sobre Apoc. 12:1).

Diademas. Gr. diád'ma, literalmente ‘algo ceñido’, de diadéÇ, "ceñir".  Esta palavra se usava para descrever a insígnia de realeza dos reis persas, uma cinta azul bordada de branco, que se usava sobre o turbante.  Depois chegou a ser usada como sinal de realeza.  Diád'ma só aparece aqui e em cap. 13:1 e 19: 12.  Diád'ma, que contrasta com stéfanos, também se traduz ‘coroa’ no NT (Mat. 27: 29; 1Cor. 9:25; 2Tim. 4:8; etc,) Stéfanos era uma grinalda que com freqüência significava o premio ou troféu que se dava aos vencedores (ver com. 1Cor. 9:25).” – (Ibidem.).

Diadema. ... Gr. diadema (Ap. 12:3; 13:1; 19:12), coroa real’, ‘diadema’, um símbolo oriental de realeza, com a forma de uma banda em volta da cabeça (figs. 162, 415).” - (Dicionário Bíblico Adventista - Espanhol).

Um Dicionário grego assim registra:

“Διάδημα, ατος” – diade(ē)ma, atos. “s.n. ... cinta que rodeava a tiara dos reis da Pérsia // diadema, coroa real // dignidade real”. 5 

Portanto, a palavra diadema, no que diz respeito aos papas, tanto pode ser símbolo de autoridade quanto símbolo de coroa. Simplesmente porque nem todos os papas foram, oficialmente reis, como veremos adiante. Contudo, todos tiveram autoridade como se fossem reis.

APOCALIPSE 17:4

O verso quatro, complementando o verso três, também é uma descrição para podermos identificar a mulher que está estabelecida sobre a Besta. Nele, o destaque principal é o “cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição” . (Confira em Dan. 8:12; 11:31 e 12:11, principalmente nestes dois últimos, o destaque que é dado as “abominações”).

Essas abominações, são “as doutrinas estabelecidas pela mulher”. As principais são: A Trindade (O Filho deixou de ser subordinado ao Pai – no Concílio de Nicéia [325]; o Espírito Santo foi estabelecido como Deus [381] – no Concílio de Constantinopla), a doutrina de Maria como Mãe e Genitora de Deus [431] – no Concílio de Éfeso; o Domingo [321] – a partir de 7 de março de 321 Decreto de Constantino, aceito pela igreja; a Imortalidade da Alma, Adoração de Imagens; Purgatório; o Papa – sendo o cabeça da Igreja (no lugar do Messias); a Infabilidade Papal [1870] – no Concílio Vaticano I; etc. Outra abominação, foi a mudança, em 325, no Concílio de Nicéia, do dia de comemoração da Páscoa. Que no Calendário Judaico, pode cair em qualquer dia. No entanto, a partir do Concílio de Nicéia, depois de longas discussão com as igrejas do Oriente, chegaram a um acordo e estabeleceram que o dia de se comemorar a Páscoa seria, daquela data em diante, o domingo. Então, oficialmente, nesse Concílio, a igreja oficializou o domingo como um dia sagrado.

APOCALIPSE 17:5

“E na sua fronte estava escrito um nome” (AVR) “MISTÉRIO: BABILÔNIA, A GRANDE; A MÃE DAS PROSTITUTAS E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA”.

Esse verso, embora pareça que não tenha o que comentar, por ele ser bem explicito. Contudo, ele trás consigo, muitos detalhes. Sobre a palavra mistério, no verso sete, o anjo declara que vai revelar o mistério ao profeta, conforme descrito nas palavras do anjo. No entanto, do verso 8 ao 18 não foi deixado claro, quem são as prostitutas e quais as abominações.

Portanto, em Apoc. 17:5 (13:16-18; 14:9-11), temos um contraste com Apoc. 3:12; 7:2-8; 14:1 e 22:4. Nas primeiras referências, temos o local e o que será colocado sobre os que receberam as doutrinas que são tidas como  “abominações” para Elohym. Bem como fizeram com que as igrejas se prostituíssem. Nas últimas referências, temos os “144 MIL”, sendo “selados na fronte”, apenas com “o nome do Pai” e “o nome do Cordeiro”. O que significa, que eles adoram e adorarão apenas ao Pai e ao Cordeiro. Conforme está escrito:

Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono (o Pai), e ao Cordeiro (o Filho), seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos: e os quatro seres viventes diziam: Amém.” (AVR). “Também, os anciãos prostraram-se e adoraram”. (Apoc. 5:13-14).

Ellen G. White escreveu o seguinte:

Adão e Eva estavam encantados com as belezas de seu lar edênico. Eram deleitados com os pequenos cantores em torno deles, os quais usavam sua brilhante e graciosa plumagem, e gorjeavam seu feliz, jubiloso canto. O santo par unia-se a eles e elevava sua voz num harmonioso cântico de amor, louvor e adoração ao Pai e a Seu amado Filho pelos sinais de amor ao seu redor. Reconheciam a ordem e a harmonia da criação, que falavam de sabedoria e conhecimento infinitos. ...” – (História da Redenção. 3ª ed. Santo André – SP, CPB, 1981. pp. 22-23.).

Em outro lugar disse:

Adão e Eva asseguraram aos anjos que nunca transgrediriam o expresso mandamento de Deus, pois era seu mais elevado prazer fazer a Sua vontade. Os anjos associaram-se a Adão e Eva em santos acordes de harmoniosa música, e como seus cânticos ressoassem cheios de alegria pelo Éden, Satanás ouviu o som de suas melodias de adoração ao Pai e ao Filho. E quando Satanás o ouviu, sua inveja, ódio e malignidade aumentaram, e expressou a seus seguidores a sua ansiedade por incitá-los (Adão e Eva) a desobedecer, atraindo assim sobre eles a ira de Deus e mudando os seus cânticos de louvor em ódio e maldições ao seu Criador.” – (Ibidem. p. 31.).

APOCALIPSE 17:6

“E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração”.

Esse verso descreve as profecias de Dan. 7:21-22, 25 e 27:

Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles, até que veio o ancião de dias, e foi executado o juízo a favor dos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino”. (AVR).

Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo”. (AVR).

O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão”. (AVR).

Portanto, a descrição de Apoc. 17:6, é uma referência às profecias de Daniel, bem como de outros profetas. O próprio Messias falou do longo período de sofrimento dos judeus. “E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos destes se completem”. (Luc. 21:24 - AVR).

Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e foi-me dito: Levanta-te, mede o santuário de Deus, e o altar, e os que nele adoram. Mas deixa o átrio que está fora do santuário, e não o meças; porque foi dado aos gentios; e eles pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses. E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias”. (Apoc. 11:1-3 - AVR).

E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias”. (Apoc. 12:6 – AVR).

E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente”. (Apoc. 12:14 – AVR).

A referência de Apoc. 17:6, “do sangue dos santos”, sem dúvida, aplica-se aos judeus, e “do sangue das testemunhas de Jesus”, é uma referência às pessoas que verdadeiramente seguem ao Messias. Por que  é uma referência, também, aos judeus? Simplesmente porque durante a idade média e até nos dias atuais, a mulher que está estabelecida sobre a Besta, perseguiu, matou e mandou matar muitos judeus. Principalmente durante o período da Inquisição. O que ficou bem mais evidente com os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial.

APOCALIPSE 17:7

“O Anjo, porém, me disse: ‘Por que estás admirado? Eu te explicarei o mistério da mulher e da Besta com sete cabeças e dez chifres que a carrega”.

“Ao que o anjo me disse: Por que te admiraste? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres”. (AVR).

“O anjo, porém, me disse: Por que te admirasste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher”. (ARA).

Literalmente, esta é ordem: E disse-me o Anjo: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da Mulher e da Besta que leva (carrega) ela; a qual tem as sete cabeças e os dez chifres.

Os detalhes mais importantes, para identificarmos quem são as sete cabeças, estão nesse verso.

No verso 3, foi dito que “a Besta tem sete cabeças e dez chifres”. E que havia “uma mulher isolada (sozinha) estabelecida sobre a Besta”. Aqui, no verso sete, é dito que “a Besta” “carrega (leva)” “a mulher”.

APOCALIPSE 17:8

A besta que viste foi e não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição. E os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação) se admirarão vendo a besta que era e não é, mas que virá”. (ARC).

Esse verso, é ponto chave para identificarmos “a Besta” que “tem sete cabeças e dez chifres”. (versos 3 e 7).

Como já dissemos, em profecia, animal significa reino (ou reis). Nesse verso, quase todos, ou todos, estão de acordo que a Besta simboliza um reino. Então a pergunta é: Qual reino? E quando foi o seu início? Porque existiu um período em que “a Besta eraum reino. Existiu outro período em que “a Besta não éum reino. E o último período em que “a Besta voltou a serum reino.

Agora veremos alguns eventos da História que marcaram o início do período em que “a Besta era um reino

“... O acontecimento assinala a transição da história do papado de sua fase bizantina para a época dos francos. O papa foi recebido por Pepino com todas as honras protocolares, celebrou com os francos uma aliança de amizade, que os vinculava à obrigação de proteger a Igreja contra os longobardos. Estevão repetiu a solene unção do rei Pepino. Este prometeu, em festiva alocução, perante a Assembléia do reino, doar todos os territórios a serem conquistados a ‘São Pedro’. Com esse título de doação estavam lançados os alicerces do futuro Estado Pontifício. Com a unção real, Estevão conferiu ao rei o título oficial de ‘Patricius Romanorum’ (que devia ser entendido como válido não apenas com relação à cidade de Roma, mas a toda a Igreja romana). Assim o encargo de proteção à Igreja romana, que o imperador romano-oriental já não podia honrar, era oficialmente transmitido aos francos, com os quais se concluiu e firmou aliança. Estevão morreu em 26 de abril de 757 e foi sepultado no Vaticano.

Paulo I  757-767

Foi eleito papa pouco tempo após a morte de seu irmão ↑ Estevão II, em 29 de maio de 757. ...” – (FISCHER, Rudolf; Wollpert. OS PAPAS de Pedro a João Paulo II. 2ª ed. Petrópolis – RJ, Editora Vozes, 1997. p. 48.). 

Em outro lugar diz:

“... Em 754, o papa Estevão II pediu socorro aos francos contra os longobardos. Em 756, Pepino tornou a socorrer o papa contra o perigo longobardo, depois que o papa debalde solicitara a proteção do imperador de   Bizâncio. Com a ajuda dos francos contra os longobardos, os quais foram completamente desbaratados na Lombardia, o papa se tornou soberano autônomo no Estado Pontifício.” – (Ibidem. p. 302.).

Portanto, o período em que “a Besta era um reino”, começou em 756 e estendeu até 1870.

Muitas pessoas com boas intenções têm interpretado 1798 como sendo o período em que “a Besta” foi para o Abismo, baseando-se em Apoc. 13:3.

Também vi uma de suas cabeças como se fora ferida de morte, mas a sua ferida mortal foi curada. Toda a terra se maravilhou, seguindo a besta”. (AVR).

O que ocorreu em 1798, foi o seguinte:

“... Os 1.260 anos da supremacia papal começaram em 538 de nossa era e terminaram, portanto, em 1798. ... Nessa ocasião um exército francês entrou em Roma e tomou prisioneiro o papa, que morreu no exílio. Posto que logo depois fosse eleito novo papa, a hierarquia papal nunca pôde desde então exercer o poder que possuíra.” – (WHITE, Ellen G. O Grande Conflito. 33ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1987. p. 264.).

A citação, acima, é bem explicita ao falar sobre um dos mais importantes eventos da história, é bem claro. Um papa foi preso e morreu no cativeiro. Isso é considerado como “uma cabeça” ferida de morte. (Apoc. 13:3). É bem verdade, também, que ocorreram muitas perdas temporais para Igreja de Roma. Por isso abaixo transcreveremos algumas citações sobre os estados Pontifícios, a partir do ano de 1793. Porque desta, até 1870, o poder os papas e os Estados Pontifícios foram alvos de muitos ataques.

Em 1793 o Estado Pontifício foi ocupado por tropas francesas e no tratado de paz o papa foi coagido a pagar a soma de um milhão e a entregar manuscritos e obras de arte valiosas. Quando Pio Vi, mais tarde, se aliou com a Áustria e Nápoles, Napoleão invadiu o estado Pontifício e editou uma paz ainda mais dura. Em 15 de fevereiro de 1798, foi proclamada a República em Roma, o papa foi declarado deposto e celebrado, na → basílica de São Pedro, um culto de ação de graças pelo restabelecimento da República. Como o papa se negasse a deixar Roma, foi levado com violência a Siena e dali para o convento dos cartuxos em Florença. Finalmente, em 1799, o papa, que externara o desejo de morrer em Roma, foi levado doente, numa padiola, através dos Alpes, para a França, primeiro até Grenoble, depois para Valence. Ali morreu, em 29 de agosto de 1799.

Após a morte do papa, a Igreja parecia estar, também ela, extinta. ...”

“↑ Pio VI morreu como prisioneiro dos franceses e o papado parecia ter chegado ao seu fim, ao passo que o poder de Napoleão aumentara ainda mais. Transcorrera quase a quarta parte de um ano, até que os cardeais se reunissem emconclave, na cidade de Veneza. A eleição papal realizou-se no mosteiro beneditino S. Giorgio, sob a proteção austríaca. O conclave tivera início em 1º de dezembro de 1799 e, em 14 de março de 1800, era eleito Luigi Barnaba Chiaramonti, que acolheu o nome de Pio VII. ...” - (FISCHER, Rudolf; Wollpert. OS PAPAS de Pedro a João Paulo II. 2ª ed. Petrópolis – RJ, Editora Vozes, 1997. pp. 147-148.).

Em outro lugar diz:

Na França ocorrera, entrementes, uma mudança: Napoleão reconhecera (e expressou isso em carta dirigida ao papa) que a religião católica é a única âncora e que a Igreja receberia apoio da França. O número de bispados foi nela fixado em 60 (dentre estes 10 arcebispos). Todos os bispos até então no exercício de suas funções foram destituídos do cargo: Pelo papa, os que não haviam jurado fidelidade à Constituição e os demais pelo governo. Pela concordata, conferia-se a Napoleão o direito de nomear bispos.”.

“... Pio esperava poder mitigar muita coisa , através de um encontro pessoal com Napoleão. Viajou para isso a Paris, onde deveria realizar, em 1804, a coroação do imperador. O povo recebeu o papa com júbilo, mas Napoleão tratou-o como a um subordinado.

Após a coroação, Napoleão propôs ao para que permanecesse na França, passando a residir em Avinhão. Também na Itália desrespeitou Napoleão os direitos da Igreja. Exigiu do papa o reconhecimento dos ‘artigos orgânicos’, a nomeação de um patriarca autônomo para a França e a composição do Colégio Cardinálico por, no mínimo um terço de franceses. Como o papa não concordasse com tais exigências, Roma foi ocupada pelo imperador, em 2 de fevereiro de 1808 e, em 6 de setembro de 1808, os soldados cercaram a sede administrativa do papa. Napoleão alegou que o papa deveria limitar-se à direção das almas. Em resposta, Pio publicou em 10 de junho de 1809, uma bula de excomunhão contra o imperador, o ‘ladrão do → ‘Patrimônium Petri’. Por essa razão, entre 5 e 6 de julho de 1809, o papa, juntamente com o seu secretário de estado, cardeal Pacca, foi detido e levado para fora de Roma. ... O prestígio do papa subiu muito em conseqüência dos atos de força contra ele praticados. Em fins de 1809, os cardeais foram obrigados a se mudarem para Paris.”

“... Em janeiro de 1814, mandou levar o papa até Savona, até que, em 10 de março de 1814, o pôs em liberdade. Em 24 de maio de 1814, pôde Pio voltar para Roma, após cinco anos de cativeiro.

O retorno de Napoleão do exílio na ilha de Elba mais uma vez trouxe dificuldades para o papa: Um cunhado de Napoleão, o rei Murat de Nápoles, forçou o para a fugir de Roma (em 22 de março de 1815). No entanto, em 7 de julho de 1815, pôde o para retornar definitivamente para Roma. Em virtude de uma resolução do Congresso de Viena, foi devolvido ao papa o Estado Pontifício, em 9 de junho de 1815. A ordem dos → jesuítas, supressa em 1773, por ↑Clemente XIV, foi restabelecida por Pio VII.” (Ibidem. pp. 148-150.).

O período em que “a Besta não éum reino. É  neste período que o Anjo faz a afirmação ao profeta e apóstolo João.

A besta que viste foi e não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição. E os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação) se admirarão vendo a besta que era e não é, mas que virá”. (ARC).

Citaremos, também, alguns acontecimentos, que fizeram com que a Besta deixasse de ser um reino e, que muito influenciaram na ida da Besta para o Abismo. Quando, então, “a Besta”, oficialmente (legalmente), deixou de ser um reino.  

“... Em 1849, fizera consulta aos bispos do mundo sobre a possibilidade da proclamação do dogma da concepção imaculada de Maria. Em sua grande maioria, os bispos expressaram a sua concordância. Em 1854, tal proposição de fé (na presença de 200 bispos de todo o mundo) foi solenemente anunciada. ...” – (Ibidem. p. 154.).

NoEstado Pontifício e em toda a Itáliaassim como em outros países europeusirromperam movimentos revolucionários, caracterizados como o ano de ‘1848’, e que visavam à participação maior do povo no governo. Ao declarar-se neutro frente à luta pela liberdade e união da Itália, dando como razão disso o fato de que fora chamado para ser pastor, em igualdade de condições, de todos os povos, increparam-no de inimigo da pátria e a sua popularidade decresceu. Os cabeças da rebelião exigiram que o papa declarasse guerra à Áustria e, com tal propósito, o assediaram no Quirinal. Em 24 de novembro de 1848, o papa foi obrigado a fugir de Roma para Gaeta, seguido pelos cardeais. Em Roma, proclamou-se a república, em 9 de fevereiro de 1849. Em 12 de abril de 1850, o papa, protegido por tropas francesas, voltou para Roma. As tropas italianas conquistaram grandes áreas do território do Estado Pontifício. Foi proposta ao papa a conservação da soberania sobre a cidade de Roma e uma doação fixa, em troca da desistência de suas pretensões sobre o Estado Pontifício. Pio recusou a proposta. Em vista disso, o governo italiano, por iniciativa própria, estabeleceu as normas referentes a suas relações com a Igreja: Em 1871, foi assegurada ao papa a imunidade e a soberania, uma renda anual, e assinalada a garantia do domínio papal sobre os palácios do ? Vaticano e do Latrão (assim como da vila de Castel Gandolfo). Já em 15 de maio de 1871, condenou o papa a lei em referência. A partir de então, viveram os papas como ‘prisioneiros do Vaticano’. Até o ano de 1929, em que se chegou a uma regularização da questão romana, os papas não saíram do Vaticano.” – (Ibidem. p. 153).

O Concílio Vaticano I (1870)

O mais relevante evento intra-eclesial desse pontificado foi a convocação e a realização doconcílio Vaticano I. Em 6 de dezembro de 1864, conferenciou o papa com os cardeais a respeito do projeto. Em 1865 foi constituída uma comissão preparatória da temática do concílio e, após, foi anunciada solenemente a sua realização, em 26 de junho de 1867. A convocação oficial ocorreu em 29 de junho de 1868. O concílio, para o qual também foram convidadas as igrejas do Oriente, deveria expor com clareza os princípios da verdade católica e adaptar às exigências da época a disciplina eclesiástica. Na abertura solene, em 8 de dezembro de 1869, constatou-se a presença de 642 padres conciliares com direito a voto, atingindo, o total dos participantes, a cifra de 700 pessoas. O concílio configurava, assim, uma efetiva reunião da Igreja universal. Com a discordância de uma minoria de bispos, que consideravam inoportuna uma definição dogmática dainfalibilidade papal, o concílio, em 13 de julho de 1870, por grande maioria de votos, aprovou a proposição do dogma. Em 18 de julho de 1870, o papa homologou a resolução do concílio e anunciou a constituição dogmática em causa.  ... Em 19 de julho de 1870, irrompera a guerra entre a França e a Alemanha. Em virtude disso, muitos bispos voltaram para sua respectiva diocese. Em 20 de setembro, a cidade de Roma foi ocupada por tropas italianas, com o que chegara ao fimo Estado Pontifício. Em 20 de outubro de 1870, anunciou o papa o adiamento do concílio. Por força do término prematuro das deliberações conciliares, questões importantes, que poderiam ter clarificado o dogma da infalibilidade, ficaram inconcluídas. O concílio não mais pôde prosseguir.” - (Ibidem. p. 154.).

Outro escritor registrou o seguinte:

O cabeça da igreja apóstata entrou na posse de um reino temporal, quando Pepino conferiu ao papa Estevão II a primeira concessão dos Estados Papais em 755 A. D. O pontífice romano tornou-se um soberano temporal, e como tal permaneceu por 11 séculos. Em 1870, porém, foi ele privado desses Estados, quando a Itália foi unificada por Garibaldi, durante o reinado de Vitor Emanuel II.” – (ANDERSON, Roy A. REVELAÇÕES DO APOCALIPSE. 1ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1988. p. 150.).

Sem medo de errar, embora não esteja revelado o dia nem o ano, eu creio que foi em relação ao ano de 1870, após o Concílio Vaticano I e a unificação da Itália, que na “visão” o Anjo declarou ao profeta. “A Besta não é” mais um reino”.

O período em que “a Besta surgiu do Abismo” e “voltou a ser um reino”.

O papa, entretanto, permaneceu no Vaticano como ‘prisioneiro voluntário’ até 11 de fevereiro de 1929, quando Mussolini restaurou à soberania pontifícia um fragmento do anterior domínio, dando-lhe cerca de 180 acres. Esta restauração fê-lo ‘rei’ novamente, e o número de seu reino é 666. estudiosos do grego têm experimentado os nomes de cerca de 400 outros reinos, mas nenhum dá o número 666 – este número místico de valor preciso.” – (Ibidem.).

O outro escritor relatou o seguinte:

Particularmente significativa foi a solução da Questão Romana: Em 11 de fevereiro de 1929, foram celebrados os assim chamados tratados de Latrão, nos quais a soberania da cidade do Vaticano, uma destinação financeira e uma concordata se efetivaram. Os tratados culminaram numa reconciliação do papa com o Estado italiano, no qual Benito Mussolini, o então  ‘duce’ da Itália, teve participação essencial. ...” – (FISCHER, Rudolf; Wollpert. OS PAPAS de Pedro a João Paulo II. 2ª ed. Petrópolis – RJ, Editora Vozes, 1997. p. 161.).

“... Depois que, sob Pio IX, o Estado Pontifício foi desapropriado, em 1870, pela República da Itália, os papas não mais deixaram o Vaticano (‘prisioneiros do Vaticano’). Através dos tratados de Latrão, de 11 de fevereiro de 1929, sob Pio XI, ficou reconhecida a soberania plena da Cidade do Vaticano, com o que a ‘Questão Romana’ chegara ao seu término.” – (Ibidem. pp. 203-204).

Portanto, de acordo com o verso 17:8: “A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição. E os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação) se admirarão vendo a besta que era e não é, mas que virá”. (ARC). Nós já estamos vivendo nos dias em que “a Besta surgiu do Abismo”, tornou-se “um reino” novamente.

Sobre o Vaticano, temos:

Vaticano, Estado do, estado independente, governado pelo Papa, da Igreja Católica Apostólica Romana. É um enclave dentro de Roma, com uma extensão de 44 ha, o menor país do mundo. Foi criado em 1929, constituído após o Tratado de Latrão” – (‘Vaticano, Estado do,’ Enciclopédia® Microsoft® Encarta. © 1993-1999 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.).

A Cidade do Vaticano é governada pelo Papa, que tem o poder executivo, legislativo e judiciário absolutos. Tem sua própria moeda (a lira vaticana, que equivale à lira italiana) e seu próprio sistema postal. O italiano é a língua do Estado, embora se utilize o latim nos atos oficiais. A população (1989) é de 755 habitantes.” – (‘Vaticano, Estado do,’ Enciclopédia® Microsoft® Encarta. © 1993-1999 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.).

APOCALIPSE 17:9

Aqui é necessário a inteligência que tem discernimento: as sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está sentada. São também sete reis”. (BJ).

Esta expressão: “Aqui é necessário a inteligência que tem discernimento”. É uma referência a Apoc. 13:18.

Aqui é preciso discernimento! Quem é inteligente calcule o número da Besta, pois é um número de homem; seu número é 666!”.

Para entendermos esse verso (nove), temos que analisá-lo como se estivéssemos assistindo  a um filme em uma fita de vídeo. No verso anterior (oito), o anjo congelou a imagem para o profeta e disse-lhe: “A Besta que eraum reino. E “não é”, deixou de ser um reino. (A palavra grega que foi traduzida por “não”, é explicita, é uma negação do fato. É um não absoluto. E o verbo utilizado, na expressão, “não é”, está no presente do indicativo, voz ativa).

Já no verso, nove, seguindo a fita de vídeo,  O verso não deixa sombra de dúvida. “As sete cabeças são sete montes”. Portanto, caso o anjo tenha continuado com a visão congelada para o profeta, temos então, que admitir que os “sete montes” em referência, também, servem de localização geográfica e de limitação do seu território. Antes era o Estado Pontifício, agora, administra (possui) apenas o Vaticano, como sua propriedade particular.

E é sabido, através de todas as enciclopédias e livros de história, que Roma é a cidade dos sete montes. Seus nomes são: ‘Captalina, Palatina, Esquilina, Aventina, Viminal, Quiminal e Cele’”. (OLIVEIRA, Alceu da Silva, Filho. Os Sete Reis da Profecia de Apocalipse 17 – Interpretação Contemporânea. 1ª ed. Curitiba – PR, 2000. Extraído da Internet.).

Percebemos, então, que a cidade de Roma, está localizada sobre “sete colinas” ou “sete montes”. Por conseguinte, como o Vaticano está localizado em Roma, ele também, está localizado sobre “sete montes”. Contudo, a visão que foi dada ao profeta João, não se limita apenas a essa localização geográfica. Porque na visão do capítulo sete de Daniel, foi dito que “o quarto animaltinhadez chifres”. Depois subiuo décimo primeiro”. Após ele ter subido, “três foram arrancados” diante dele. Então é só fazermos a conta de subtrair. (onze, menos três é igual a oito) ou, então, 11 – 03 = 08.

Sendo assim, dos “dez chifres” que surgiram primeiro, restam apenas “três”. Juntando-se a eles “a ponta pequena”, então temos “oito montes” – o que corresponde a oito reinos.

Outro detalhe importante aqui, é: “A mulher está sentada sobre sete montes”.

Portanto, não pode ser interpretado, como alguns estão querendo, como sendo uma referência, incluindo alguns impérios:  “do Egito; da Babilônia; dos Medos e dos Persas e da Grécia; etc;”. Simplesmente porque a Besta, o domínio temporal Papal, nunca, jamais, foi estabelecido sobre esses reinos, até os dias de hoje. Além do mais, esses impérios mundiais não mais existem. Mas as nações que surgiram, após a queda do Império Romano do Ocidente, e que deram apoio a Roma Papal, ainda existem: (Os romanos [italianos] franceses, portugueses, espanhóis, holandeses, ingleses, e alemães). Todos esses países deram e ainda dão apoio aos pontífices da igreja católica. Essa ordem dos países não tem significação, eles foram apenas mencionados como sendo “os sete montes”, como nações européias que surgiram depois da queda do Império Romano do Ocidente. Alguém poderá pensar. Mas os romanos já existiam! Eu, digo, os ingleses, os franceses, os alemães; etc. Contudo, em termos de território, essas nações são outras, em alguns casos, como é o caso dos italianos, até a Língua mudou. Antes era a Língua Latina, hoje é a Língua Italiana. Da mesma forma, o Vaticano de hoje, antes era conhecido como os Estados Pontifícios. Contudo, a Língua oficial, ainda continua sendo o Latim.

Diante de tudo isso, ficará fácil entendermos o verso seguinte, do capítulo em estudo.

Aqui é necessário a inteligência que tem discernimento: as sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está sentada. São também sete reis”. (BJ).

No Texto Grego do Novo Testamento, a palavra “cabeça”, é “substantivo, nominativo, feminino e plural”. A palavra “monte”, é “substantivo, nominativo, neutro e plural” . E a palavra “reis”, é “substantivo, nominativo, masculino e plural”. Portanto, as duas afirmações que foram feitas sobre as sete cabeças, elas tem vida própria. Ou seja, os montes não coincidem com as cabeças e vice-versa. Cada afirmação tem vida própria.

Como já falamos antes, em outro lugar, “cabeça” representa líder. Portanto, estas “sete cabeças” da “Besta” são os seus governantes. Como a Besta, atual, que surgiu do Abismo é o Estado do Vaticano, então, as sete cabeças são os seus “sete reis”. Podem ser a representação da totalidade dos líderes que surgiram para dirigir a mulher. Contudo, não podemos deixar de perceber, que é muito mais do que isto. Porque podemos, de fato, literalmente, encontrar “sete reis” que possam cumprir a precisão da profecia.

Atualmente existem duas correntes que estão sendo difundidas. A primeira delas, interpreta os “sete reis”, como sendo os sete últimos papas, a contar do ano de 1929, ou seja: o primeiro é  Pio XI, o segundo é Pio XII, o terceiro é João XXIII, o quarto é Paulo VI, o quinto é João Paulo I, o sexto é João Paulo II, e o sétimo ainda virá.

A segunda, segue quase o mesmo raciocínio da primeira, com algumas mudanças marcantes. O autor do Livro: Os Sete Reis da Profecia de Apocalipse 17 – Interpretação Contemporânea. OLIVEIRA, Alceu da Silva, Filho. Defende que “o oitavo rei” será o atual, ou seja, o sexto que irá renunciar e depois voltará ao poder.

APOCALIPSE 17:10

Dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco”. (ARA).

A expressão “tem de durar pouco”.  Também pode ser: “é necessário permanecer pouco”. “Deverá permanecer pouco”.

Agora, além das duas teorias, que foram citadas, sobre os “sete reis”, mais uma será acrescentada. Como dissemos, as “sete cabeças” representam os líderes da Igreja Católica, ou seja os papas. Contudo, a profecia, aqui neste verso, nos leva a identificar “sete reis”.

Cinco caíram”. Quem são eles? Uma coisa é certa eles, literalmente, tem que ser reconhecidos como um soberano temporal, ou seja, um rei.

O estudo que foi feito, do qual resultou esta abordagem, é baseada no “nome” (no título) que o papa adota ao assumir o seu pontificado, ou seja, o nome pelo qual ele é conhecido como papa.

João II – 533-535”, “foi  o primeiro papa a mudar de nome. O nome Mercúrio, que recebera desde o nascimento, designativo de uma divindade paga, era tido como inadequado a um papa. ...” – (FISCHER, Rudolf; Wollpert. OS PAPAS de Pedro a João Paulo II. 2ª ed. Petrópolis – RJ, Editora Vozes, 1997. p. 34.).

Alguém poderá dizer que Elohym não iria dar uma profecia tendo por base “um nome”, para os papas, ou “sete cabeças”, “sete reis”. A Escritura Sagrada declara:

Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? ou quem se fez seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”. (Rom. 11:33-36 – AVR).

Existem duas profecias, uma em 1Reis 13:2 e a outra em Isaías 45. São bem oportunas citá-las aqui.

Eis que, por ordem do SENHOR, veio de Judá a Betel um homem de Deus; e Jeroboão estava junto ao altar, para queimar incenso. Clamou o profeta contra o altar, por ordem do SENHOR, e disse: Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos humanos se queimarão sobre ti. Deu, naquele mesmo dia, um sinal, dizendo: Este é o sinal de que o SENHOR falou: Eis que o altar se fenderá, e se derramará a cinza que há sobre ele. Tendo o rei ouvido as palavras do homem de Deus, que clamara contra o altar de Betel, Jeroboão estendeu a mão de sobre o altar, dizendo: Prendei-o! Mas a mão que estendera contra o homem de Deus secou, e não a podia recolher. O altar se fendeu, e a cinza se derramou do altar, segundo o sinal que o homem de Deus apontara por ordem do SENHOR. Então, disse o rei ao homem de Deus: Implora o favor do SENHOR, teu Deus, e ora por mim, para que”. eu possa recolher a mão. Então, o homem de Deus implorou o favor do SENHOR, e a mão do rei se lhe recolheu e ficou como dantes”. (1Reis 13:1-6 – ARA).

A profecia cumpriu-se literalmente, com todos os pormenores:

Também o altar que estava em Betel e o alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, que tinha feito pecar a Israel, esse altar junto com o alto o rei derribou; destruiu o alto, reduziu a pó o seu altar e queimou o poste-ídoloOlhando Josias ao seu redor, viu as sepulturas que estavam ali no monte; mandou tirar delas os ossos, e os queimou sobre o altar, e assim o profanou, segundo a palavra do SENHOR, que apregoara o homem de Deus que havia anunciado estas coisas. Então, perguntou: Que monumento é este que vejo? Responderam-lhe os homens da cidade: É a sepultura do homem de Deus que veio de Judá e apregoou estas coisas que fizeste contra o altar de Betel. Josias disse: Deixai-o estar; ninguém mexa nos seus ossos. Assim, deixaram estar os seus ossos com os ossos do profeta que viera de Samaria. Também tirou Josias todos os santuários dos altos que havia nas cidades de Samaria e que os reis de Israel tinham feito para provocarem o SENHOR à ira; e lhes fez segundo todos os atos que tinha praticado em Betel. E matou todos os sacerdotes dos altos que havia ali, sobre os altares, e queimou ossos humanos sobre eles; depois, voltou para Jerusalém”. (2reis 23:15-20 - ARA).

A outra profecia que Elohym cita nome é sobre Ciro:

Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que não se fecharão. Eu irei adiante de ti, endireitarei os caminhos tortuosos, quebrarei as portas de bronze e despedaçarei as trancas de ferro; dar-te-ei os tesouros escondidos e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o SENHOR, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome. Por amor do meu servo Jacó e de Israel, meu escolhido, eu te chamei pelo teu nome e te pus o sobrenome, ainda que não me conheces. Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces. Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro”. (Isaías 45:1-6 - ARA).

Anteriormente, fizemos uma comparação da visão que João estava contemplando, a um filme passando em um vídeo. Onde, podemos congelar a imagem. Os dois parágrafos, citados anteriormente, quando comentamos o verso nove, repetiremos a seguir:

Para entendermos esse verso (nove), temos que analisá-lo como se estivéssemos assistindo  a um filme em uma fita de vídeo. No verso anterior (oito), o anjo congelou a imagem para o profeta e disse-lhe: “A Besta que eraum reino. E “não é”, deixou de ser um reino. (A palavra grega que foi traduzida por “não”, é explicita, é uma negação do fato. É um não absoluto. E o verbo utilizado, na expressão, “não é”, está no presente do indicativo, voz ativa).

Já no verso, nove, seguindo a fita de vídeo,  O verso não deixa sombra de dúvida. “As sete cabeças são sete montes”. Portanto, caso o anjo tenha continuado com a visão congelada para o profeta, temos então, que admitir que os “sete montes” em referência, também, servem de localização geográfica e de limitação do seu território. Antes era o Estado Pontifício, agora, administra (possui) apenas o Vaticano, como sua propriedade particular.

Contudo, caso o anjo tenha continuado a visão, logo após o Concílio Vaticano I (1870) e a unificação da Itália, bem como, antes de ser assinado o tratado de Latrão em 1929, uma referência clara ao verso oito. E voltado a congelar a imagem (visão) nos verso nove e dez para dar mais uma explicação ao profeta. Quando, então, o anjo é enfático:

Aqui é necessário a inteligência que tem discernimento: as sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está sentada. São também sete reis”. (BJ).

Dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco”. (ARA).

Portanto, após o momento, congelado na visão, referente ao verso oito, temos, o momento, também, congelado, que é referente aos versos nove e dez, que é o mais importante para a interpretação precisa dos “sete reis”, e conseqüentemente do oitavo, no verso onze.

A profecia afirma, que além de ser “sete montes”, são também “sete reis”. Agora retornaremos a Apoc. 12:3, onde encontramos “dez chifres” e  “sete cabeças” nas quais, havia “sete diademas”.  Da mesma forma, que profeticamente, na visão do capítulo sete de Daniel, foi dito que “os dez chifres” eram “dez reis” (reinos), que surgiriam. E a “ponta pequena”, que surgiu depois, é o “décimo primeiro chifre”, “rei” (reino) , como já vimos. As “sete cabeças” com “sete diademas”, representam todos os líderes de Roma Papal. Porque “diadema” em primeiro lugar, é um símbolo de “autoridade”, depois de “coroa”. Sendo assim , a maioria todos os papas tiveram autoridades como se fossem reis, mas nem todos, foram, de fato (oficialmente), reis. Porque para ser rei precisava ter domínio temporal. E como já foi escrito, acima, o domínio temporal dos papas, com o Estado Pontifício, começou em 756, com o papa Estevão II. E o papa que o sucedeu, em 757, o seu irmão, o papa Paulo I.

Portanto, o papa Paulo I, segundo esta interpretação, é o primeiro dos sete reis. Porque, tendo por base “o congelamento da imagem”, “visão” por parte do anjo, para explicar a profecia ao profeta João. Imaginamos que o congelamento da imagem, no que diz respeito aosversos nove e dez”, pode ter ocorrido em um dos dois momentos históricos, que são muito importantes para a igreja. O primeiro: foi o Concílio Vaticano II. Um concílio ecumênico onde foi delineada a política do Vaticano no que diz respeito ao mundo político e a todas às igrejas que não fazem parte do seu redil. Uma política que perdura até os dias de hoje. O segundo momento, também importante, e que é parte da profecia da Escritura Sagrada, foi a conquista de Jerusalém pelos judeus, no ano de 1967, na Guerra dos Seis Dias.

Citarei três profecias relacionadas ao ano de 1967. A primeira é referente aos últimos dias.

Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel. Fala o SENHOR, o que estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro dele. Eis que eu farei de Jerusalém um cálice de tontear para todos os povos em redor e também para Judá, durante o sítio contra Jerusalém. Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra. Naquele dia, diz o SENHOR, ferirei de espanto a todos os cavalos e de loucura os que os montam; sobre a casa de Judá abrirei os olhos e ferirei de cegueira a todos os cavalos dos povos. Então, os chefes de Judá pensarão assim: Os habitantes de Jerusalém têm a força do SENHOR dos Exércitos, seu Deus. Naquele dia, porei os chefes de Judá como um braseiro ardente debaixo da lenha e como uma tocha entre a palha; eles devorarão, à direita e à esquerda, a todos os povos em redor, e Jerusalém será habitada outra vez no seu próprio lugar, em Jerusalém mesma”. (Zac. 12:1-6ss – ARA).

Quando o profeta Zacarias escreveu esta profecia os judeus já estavam habitando em Jerusalém. Eles estavam construindo o templo.

A segunda profecia, foi relatada pelo próprio Messias, falando sobre o que iria acontecer sobre Jerusalém e os judeus:

Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles”. (Luc. 21:24 – ARA).

Esta profecia, começou a cumprir-se no ano 70 A. D., e durou até o ano de 1967, na Guerra dos Seis Dias, quando Jerusalém passou a ser administrada (governada) pelos próprios judeus, até os nossos dias.

A terceira profecia foi relatada por João em Apocalipse.

Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram; mas deixa de parte o átrio exterior do santuário e não o meças, porque foi ele dado aos gentios; estes, por quarenta e dois meses, calcarão aos pés a cidade santa. Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco. São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra”. (Apoc. 11:1-4 – ARA).

Esta profecia descrita por João, dos “quarenta e dois meses” ou “mil e duzentos e sessenta dias” é o mesmo tempo dos gentios, que foi citado pelo Messias. “Até que os tempos dos gentios se completem”. Para entendermos de que tempo o Messias e o apóstolo e profeta João escreveu, temos que voltar ao Livro do profeta Daniel, mas precisamente, nas seguintes passagens: 8:14 e 9:25. Onde foi predito pelo profeta Daniel: “2.300 tardes e manhãs”, que correspondem a 2.300 anos. E  depois, em Dan. 9:25, foi dito ao profeta, que “Setenta Semanas” foram separadas para os judeus.

Assim como dos 2.300 anos, 490 foram separados para os judeus, o que restou é o tempo dos gentios. Então, 2.300 – 490 = 1.810 anos. O que implica dizer, que do ano 34 A. D. até o ano 1844, profeticamente é conhecido como “os tempos dos gentios”. Contudo, dentro “dos tempos dos gentios”, encontramos a “Grande Apostasia” ou perseguição religiosa, que foi predita na visão do capítulo sete de Daniel, mais precisamente em Dan. 7:25. Conforme também encontramos em Apoc. 11:1-4; 12:6 e 14 e 13:5-8.

Voltando aos “sete reis”, encontramos no ano de 1967, o papa Paulo VI, como o rei e sacerdote no Estado do Vaticano. Ele reinou de 1963 até 1978.

Apoc. 17:9-10, é a base e o ponto de partida para identificarmos “os sete reis”, da mesma forma que Apoc. 17:8, é a base para identificarmos a Besta. Neste verso, o momento histórico foi a unificação da Itália e o papa que passa a ser “prisioneiro no Vaticano”. Naqueles versos, o momento histórico, são os dois que foram abordados, mas prefiro o segundo, a conquista de Jerusalém pelos judeus, na “Guerra dos Seis Dias”.

Portanto, como era o papa Paulo VI, que reinava, fica fácil entender o que o anjo disse ao profeta.

Dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco”. (ARA).

Quem são os cinco reis que caíram? O primeiro foi o papa Paulo I (757-767), o segundo foi o papa Paulo II (1464-1471), o terceiro foi o papa Paulo III (1534-1549), o quarto foi o papa Paulo IV (1555-1559), o quinto foi o papa Paulo V (1605-1621).

Então, certamente, o sexto rei foi o papa Paulo VI (1963-1978) o sétimo rei foi o papa João Paulo I (26  de agosto a 28 de setembro de 197833 dias). Portanto, João Paulo I, foi o sétimo rei que deveria durou pouco. E o oitavo rei é o papa João Paulo II (1978 - ?).

Agora vamos analisar alguns detalhes que nos leva a considerar esta interpretação profética. Primeiro: como todos sabemos, Satanás, o inimigo das almas, estuda as profecias e possivelmente ele tentou furar a profecia em relação ao título Paulo.

Segundo: ao ser eleito um papa, que adotou, pela primeira vez, um nome duplo, João Paulo I, cumpriu-se mesmo assim, o detalhe histórico da profecia.

Terceiro: o motivo que levou João Paulo I a adotar um nome duplo.

Como sucessor dePaulo VI foi eleito, após breve → conclave, em 26 de agosto de 1978, Albino Luciani, patriarca de Veneza, que escolheu o nome de ambos os seus antecessores, João XXIII e Paulo VI. ... A escolha do nome como papa seria, para ele, um programa de ação: Pretendia assumir os temas fundamentais do pontificado de ambos os seus antecessores. O anúncio da fé para os tempos atuais era por ele considerado de particular urgência.” – (FISCHER, Rudolf; Wollpert. OS PAPAS de Pedro a João Paulo II. 2ª ed. Petrópolis – RJ, Editora Vozes, 1997. p. 170.).

APOCALIPSE 17:11

Και το θηρίον ο ην και ουκ έστιν, και αυτος όγδοός εστιν και εκ των επτά εστιν, και εις απώλειαν ‘υπάγει – kaì  tò(ǒ) The(ē)rio(ŏ)n  hò(ŏ)  ê(ē)v  kaì  o(ŏ)uk  é(ĕ)stin,  kaì autò(ŏ)s  ó(ŏ)gdo(ŏ)ó(ŏ)s  e(ĕ)stin kaì e(ĕ)k  tô(ō)n  e(ĕ)ptá  e(ĕ)stin, kaì  e(ĕ)is  apó(ō)le(ĕ)ian hypáge(ĕ)i.

E a Besta que era e não é, também é ele o oitavo e é dos (procedência) sete, e vai para perdição (destruição).

Alguns comentários importantes sobre esse verso. Primeiro: “A Besta (palavra que está no nominativo neutro singular) que era e não é”, é uma referência ao verso oito. Segunda: A expressão: “também é ele o oitavo” (palavra que está no nominativo masculino singular), embora o contexto imediato seja os sete reis, ela, também, está dentro do contexto dos “sete montes” (palavra que está no nominativo neutro plural). E considerando os montes e a Besta como reino, temos que aceitar que esta Besta surgirá de um dos sete montes. Ou seja, a Besta (reino – um país, um Estado independente, o Vaticano, está localizada no País da Itália, em Roma).

Terceiro: a expressão: “e é dos (procedência) sete” (palavra que está no genitivo masculino plural). Portanto, este oitavo, está muito bem colocado no texto, como uma referência tanto aos sete montes quanto aos sete reis. E da mesma forma que foi afirmado “sete reis” e “sete montes” o oitavo é uma aplicação a ambas expressões.

Quarto:  Qual o motivo que levou João Paulo II adotar este nome?

Também a exemplo do seu antecessor, deu expressão a um programa, através da escolha do nome: aprofundamento da vida da Igreja e ajuda na solução dos graves problemas da época, como a paz, os direitos humanos, a liberdade. Suas primeiras encíclicas e mensagens apostólicas ... e da catequese em nosso tempo (‘Catechesi tradendae’, 1979). João Paulo II se considera sobretudo cura de almas, que deve conhecer a Igreja em todo o mundo, para ser capaz de responder os seus questionamentos. Nesse intuito empreende grandes viagens, que não o põem em contato direto apenas com os países da Europa, mas o levam a muitas regiões do mundo. Mesmo quando viaja a regiões afetadas por crises políticas, seu objetivo é sempre pastoral.” – (Ibidem. p. 171).

Em Apoc. 17:8, na última parte está escrito:

“... E os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é, e que tornará a vir”. (AVR).

Embora possa ser uma referência ao ano de 1929, em face do Tratado de Latrão, é também, uma explicita referência às viagens que o papa João Paulo II realizou e está realizando em seu pontificado. Porque um dos objetivos dele é preservar a tradição da fé (da Igreja):

Em todas as necessidades de inovação da Igreja, o papa se considera guardião da tradição da fé, que ele quer ver preservada em todos os valores fundamentais e significativos para a Igreja. ...” – (Ibidem.).

Quinto: a palavra “apó(ō)le(ĕ)ian” - perdição (destruição), é um substantivo que está no acusativo feminino singular. E como tal, está diretamente combinando em número com  a palavra Besta (que é um substantivo está no nominativo neutro singular) e não com a palavra rei (que não aparece no verso, mas é subtentida pela expressão: “ele é o oitavo”). Além do mais, a expressão: “e vai para a perdição (destruição)”, é a mesma que foi citada no verso oito. “e vai para a perdição (destruição)”.

Neste caso, quem está indo “para a perdição (destruição)” é a Besta. O que é subjetivo. O que pode ser, para a destruição dela mesma. Para a destruição dos seus oponentes. Para a morte, no caso da referência ao oitavo rei.

Sexto: o verbo “vai”, que alguns traduzem por “caminha”, também tem os seguintes significados: “ir; apartar-se; afastar-se ... ir-se a casa; regressar, voltar.” 6

Portanto, o regresso da Besta (a ponta pequena da Idade Média – do Estado Pontifício), o País chamado Vaticano, é com o propósito de destruir.

APOCALIPSE 17:12

E os dez chifres que viste são dez reis,” ο‘ίτινες βασιλείαν ούπω έλαβον – ho(ŏ)ítine(ĕ)s basile(ĕ)ían o(ŏ)upo(ō)  é(ĕ)labo(ŏ)n – todavia não (de nenhuma maneira) têm que receber nenhum (algum) reino, “mas receberão o poder como reis por uma hora, juntamente com a besta”. (ARC).

Esses “dez chifres”, que são “dez reis”, são os mesmo dez chifres de Apoc. 13:1, que possuem “dez diademas”, que são símbolo de “Autoridade”. Portanto, esses “dez chifres”, não são reis de fato (oficialmente coroados), porque não têm reino. Não são dez presidentes eleitos, não são dez primeiros-ministros, simplesmente, porque não possuíram reino.

Por isso, é que eles devolverãoo poder e autoridade a Besta”. Conforme Apoc. 17:13:

Estes têm um mesmo intento e entregarão o seu poder e autoridade à besta”.

A grande pergunta é: Por que eles farão isso? A grande resposta é: Eles farão isso (devolver o poder e a autoridade) porque esses “dez reis” são dez cardeais que terão poder e autoridade, como se fossem papas, juntamente com o papa João Paulo II, “por uma hora”.

CONCLUSÃO

Algumas considerações: a primeira: a Besta que é retratada em Apoc. 13:1-10, é a mesma de Apoc. 17. Aquela aborda os aspectos políticos dos impérios mundiais.

“E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder e o seu trono e grande autoridade”. (Apoc. 13:2 – AVR).

Os quatro impérios mundiais descritos na visão do capítulo sete de Daniel. Embora em Dan. 7, o quarto animal é descrito como “terrível,  espantoso”, sabemos que é o mesmo animal de Apoc. 12, ou seja o Dragão. Esse mesmo Dragão do capítulo 13, que dá o seu trono “Roma” a Besta – Roma Papal. Antes, ocorreu uma doação de Constantino:

“Constantino estava sem dúvida intimamente convencido de que devia ao deus dos cristãos sua vitória sobre Maxêncio. Ofereceu ao papa, para residência episcopal, o paláio de Latrão, propriedade de sua esposa Fausta. ... Constantino mandou igualmente edificar a basílica de Latrão, ‘mãe e chefe de todas as igrejas cristãs.’ Na África, restituiu os bens espoliados às comunidades cristãs e exonerou do imposto os dignitários da Igreja.” – (LISSNER, Ivar. OS CÉSARES – Apogeu e Loucura. 2ª ed. Belo Horizonte - MG, Editora Itatiaia Limitada, 1964. pp. 415-416.).

Rômulo Augústulo (461?-depois de 476), último imperador romano do Ocidente (475-476). Seu pai, o general Orestes, depôs o imperador Nepote e entronizou seu filho. As tropas germânicas sublevaram-se e proclamaram Odoacro rei da Itália, o que representou o final do Império Romano do Ocidente.” - (‘Rômulo Augústulo,’ Enciclopédia® Microsoft® Encarta. © 1993-1999 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.).

Teodorico I, o Grande (c. 454-526), rei ostrogodo (474-526) e fundador do reino ostrogodo na Itália. Derrotou Odoacro, primeiro governante germânico da Itália, em três batalhas decisivas e subjugou o país em 493, fixando sua capital em Ravena.” – (Teodorico I, o Grande,’ Enciclopédia® Microsoft® Encarta. © 1993-1999 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.).

Outro escritor escreveu o seguinte:

O Exacrado de Ravena provavelmente foi destacado por Newton em função da trasladação da capital do Império do Ocidente, de Roma para Ravena, em outubro de 408 A.D., pelo Imperador Honório, que temia então a invasão de Roma por Alarico, rei dos Visigodos. O cerco e saque de Roma ocorridos em seguida levaram Honório a estabelecer sua residência em Ravena, e posteriormente Valentiniano a transferir a capital para essa cidade.” – (p. 29.).

Um outro, registrou o seguinte:

“... Teodorico, o Grande, em 488, fundou um Reino, na Itália, que teve → Ravena como capital. Foi este Reino destruído, entre os anos 536 e 552, sob os reis Vitigis, Totila e Teja, pelos generais → bizantinos Belisário e Narses.”- (FISCHER, Rudolf; Wollpert. OS PAPAS de Pedro a João Paulo II. 2ª ed. Petrópolis – RJ, Editora Vozes, 1997. p. 283).

“Em 451 os → hunos assolaram o norte da Itália, saqueando e matando. O imperador do Ocidente não logro defender o seu território. Leão enfrentou decididamente Átila, o rei dos hunos, em 452. No encontro com ele em Mântua, pelo poder de sua personalidade, conseguiu que Átila, finalmente firmasse um acordo de paz. Com isso, Roma estava salva e o prestígio do papa guinando bem alto. Quando em 455, os → vândalos, comandados pelo rei Genserico, se encontrava às portas de Roma, e nenhum exército imperial trouxesse ajuda, os olhares se voltaram para o papa. Ele se dirigiu ao acampamento dos inimigos. Embora não lograsse impedir de todo o saque da cidade, alcançou, contudo, que ficasse preservada a vida da população. Além disso, evitou ficasse a cidade reduzida a cinzas. O papa foi considerado slvador da Itália e seus concidadãos dispensaram-lhe uma confiança ilimitada. ...” – (Ibidem. pp. 28-29.).

Já no capítulo 17, o aspecto que se sobressai, é o de uma Mulher – a Igreja caiu em apostasia e perseguiu o povo santo e as testemunhas do Messias. Além de ter enchido a Terra com abominações de todo o tipo. E é a mãe das prostitutas, ou seja a Igreja caída, com a qual as outras se prostituíram.

O período de 1793/1798 até 1929, pode se dizer que foi o período em que a Igreja do Messias mais prosperou na pregação das três mensagens angélicas. Porque foi justamente nesse período que “uma das cabeças foi ferida de morte” . (Apoc. 13:3). De 1793/1798 até 1870, quando de fato a Besta foi para o Abismo e onde lá ficou até 1929. Por isso que o período de Filadélfia é um período de paz e amor fraternal. Porque as cabeças da Besta foram duramente castigadas.

O Criador tem os seus propósitos ao nos fornecer as profecias. Ele quer que nos preparemos cada dia, para estarmos prontos e transformados para nos encontrarmos com ele. Mas o principal motivo, certamente é que a nossa fé possa aumenta quando uma profecia se cumpre. O próprio Messias declarou:

Desde já no-lo digo, antes que suceda, para que, quando suceder, creiais que eu sou”. “Eu vo-lo disse agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais”. (João 13:19 e 14:29 – AVR). -- josielteli@hotmail.com

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1TAMEZ, Elsa L., FOULKES, Irene W. De., Diccionario Conciso Griego - Español del Nuevo Testamento. Sociedades Bíblicas Unidas. 1978. Printed in Germany by Biblia-Druck, Stuttgart (The Greek New Testament -  introducción en castellano - com dicionário).

2PEREIRA, Isidro S.J. Dicionário Grego-Português – Português-Grego. 7ª ed. Braga Codex: Livraria Apostolado da Imprensa. 1990.

3Ibidem.

4TAMEZ, Elsa L., FOULKES, Irene W. De., Diccionario Conciso Griego - Español del Nuevo Testamento. Sociedades Bíblicas Unidas. 1978. Printed in Germany by Biblia-Druck, Stuttgart (The Greek New Testament -  introducción en castellano - com dicionário).

5Ibidem.

6Ibidem.

------------ FRIBERG, Barbara e FRIBERG, Timothy. O Novo Testamento – Grego Analítico. 1ª ed (em Português). São Paulo – SP, Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1987.

------------ Editores: ALAND, Bárbara; ALAND, Kurt etc. The Greek New Testament. Fourth Revised Edition. Printed in Germany by Biblia-Druck, Stuttgart, Sociedades Bíblicas Unidas. 1994.

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