Organização Apresenta Crítica Oficial ao Livro dos Sete Reis

Prezados irmãos asd brasileiros,

O livro do irmão Alceu Oliveira Filho também já chegou a Portugal. Eu, tal como muitos asd portugueses, já o li e apreciei. Devo dizer que li o livro três vezes e o comparei com a interpretação oficial que a nossa igreja faz de Apocalipse 17 no nosso Comentário Bíblico. Penso que a argumentação é forte e pertinente.

Essa minha impressão reforçou-se ao ler uma breve crítica feita ao livro do irmão Alceu publicada na Revista Adventista de Portugal (Janeiro 2002). A maioria dos contra-argumentos aí apresentados não pareceram pôr em causa o cerne do argumento do irmão Alceu. 

No entanto, este artigo crítico, realizado pelo Pastor Ernesto Ferreira, um dos mais avalizados e eruditos pastores portugueses, intitulado «Anotações à margem de um livro», levantou uma objecção à argumentação do irmão Alceu que, embora não coloque todo o argumento do livro Os Sete Reis em causa, parece-me ser razoável e merecer consideração. É esta objecção que quero partilhar convosco.

O Pastor Ernesto Ferreira, depois de referir a tese de Alceu Filho de que o nome oficial latino do actual Papa soma 666, escreve: «Temos de reconhecer, porém, que o verdadeiro título do actual papa não é Ioannes Pavlvs Secvndo, mas Ioannes Pavlvs Secvndvs, o que, de acordo com a contagem latina, leva a um total de 671 e não de 666. O mais rudimentar conhecimento da língua latina assim o exige. Se este é "o mais forte argumento", o argumento cai assim por terra.» (pag.16).

É verdade que este não é o mais forte argumento da nova interpretação profética do irmão Alceu. Na verdade sempre me pareceu ser a parte mais discutível (parece-me preferível não reduzir a Besta a uma pessoa e o nome da Besta ao nome de uma pessoa, mas considerar a Besta como uma Instituição e o seu nome como o título do seu representante máximo humana, o famoso Vicarius Fillii Dei), e também é verdade que a tese central de interpretação profética dos sete reis de Apocalipse 17 não é afectada.

Pode-se prescindir perfeitamente da parte do argumento fundada sobre a errônea interpretação do nome do actual papa como somando 666. De facto, deve-se prescindir dessa interpretação, para bem do restante argumento do livro de Alceu Filho.

Parece-me que é a única maneira de não lançar o descrédito sobre o restante argumento do livro. Caso contrário, qualquer adversário mal intencionado poderá acusar o defensor da tese dos Sete Reis de ser um perfeito ignorante, imerecedor de atenção. Apelo, por isso, para que esta parte do livro seja eliminada pelo irmão Alceu Filho numa futura reedição. Até breve. Maranatha.


Confirmação de pesquisador português:

Estimado irmão:

Começaremos por considerar o adjectivo "secundário" com o significado muito definido de "segunda classe" (segunda categoria). Para designar simplesmente ao que vem detrás, os latinos dispunham de secundus (que é o nosso segundo). Para destacá-lo ademais de como adjectivo numeral ordinal, como adjectivo qualificativo, tinham o vocábulo secundanus. Secundus (adjectivo ordinal) é um derivado do verbo sequor, sequi, secutus sum. A sua forma é a de gerúndio e o seu significado literal é portanto "o que tem que seguir" (o que forçosamente vem detrás). Assim o significado de seguir é o sentido primário de secundus, mas cabe admitir outros significados positivos derivados, como os de "favorável" ou "propício", especialmente através do verbo secundo, secundare, secundatum (secundis ávibus = sendo as aves propícias).

Assim, Ioannes Pavlvs Secundus (adjectivo ordinal) é o correcto.

Um abraço, Ernesto Sarmento.

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