Comentários aos Intérpretes de Apocalipse 17

Dr. Jean Alves Cabral Macedo.

Estive analisando vosso comentário sobre o Apocalipse 17 apresentado neste site, e tenho a apresentar algumas considerações. Antes porém gostaria de dizer algo que aprendi e tem  sido de grande auxílio para minha  compreensão dos textos bíblicos.

“O grande problema dos teólogos e seus seguidores para a compreensão dos textos bílicos, é que eles procuram de toda forma possível defender os interesses de suas respectivas denominações, procurando encaixar os textos bíblicos a suas idéias já preconcebidas. O que se torna uma barreira impedindo que o Eterno lhes conceda a compreensão de Sua Palavra. O sicero pesquisador deve lembrar-se de que o seu compromisso é com o Eterno e não com os homens, deve estar ciente de que em suas mãos encontra-se a vida ou a morte de muitas almas”.

Ez. 33:1-9. Partindo deste princípio, apresentarei minhas considerações:

Na verdade  Apocalipse 17 expõe o verdadeiro papel nas profecias bíblicas para os últimos dias, não somente os EUA, mas também a União Européia e as Nações Islâmicas.

Estudos modernos apontam esta mulher como sendo a 2ª besta mencionada em Apocalipse 13:11, pois vejamos:
 

  • Em Ap 17:3  e  Ap 13:1, podemos observar que os dois textos apontam para um mesmo animal, símbolo este utilizado pelo Eterno para representar o Império Romano que foi sucedido pelo domínio religioso europeu imposto pela ICAR, domínio este que deixou de existir com o surgimento da reforma protestante, e que atualmente ressurge com a formação da União Européia.

  • Em Ap 13:12, podemos observar a 2ª besta exercendo domínio sobre a 1ª besta, ou seja:  os EUA (2ª besta) exercendo o seu domínio sobre as nações européias (1ª besta cuja unidade fora fragmentada pela reforma protestante).

  • Em Ap 17:3, se uma mulher esta montada em uma besta (animal que simboliza o Império Romano), obviamente ela é quem exerce domínio sobre o animal.  Aqui podemos observar  uma repetição do que foi mencionado no sub item acima com uma pequena diferença, a 2ª besta  neste versículo foi representada por uma mulher

A 1ª besta corresponde  ao domínio europeu exercido primeiramente pelo Império Romano através dos césares, tendo sua continuidade através do poder religioso europeu exercido pela ICAR, e atualmente pela União Européia.

As cinzas de onde a besta ressurgirá refere-se à fragmentação da unidade européia que era mantida pela ICAR, e destruída dela reforma protestante, fragmentação esta que  facilitou o domínio dos EUA sobre a mesma.

Em virtude de seus interesses econômicos e comerciais, os EUA favoreceram uma maior aproximação das nações européias entre si, que hoje em dia se concretizou com a formação da União Européia, poder este que vem se fortalecendo a cada ano, a ponto de atualmente questionar e mesmo se opor às resoluções dos EUA.

Se olharmos para o passado, poderemos verificar que a União Européia corresponde ao ressurgimento do antigo Império Romano, só que regido por um poder político econômico.

A verdade é que o Eterno sempre uso os símbolos aqui analisados, para representar reinos, nações, potências dominantes, e nunca uma organização secreta;  portanto para todo este texto analisado não há nenhuma necessidade de comentários visto não possuir nenhum suporte bíblico, devendo ser considerado tão somente como mais um dos cultos secretos originados no paganismo.

Na verdade a guerra promovida pelos EUA, é uma guerra movida por interesses econômicos e não religioso;  em Apocalipse 17:16 podemos observar que tanto a União Européia quanto as Nações Islâmicas causarão a queda dos EUA, e em Apocalipse 18 podemos contemplar as conseqüências da queda dos EUA.

Seu texto, ao final, apresenta-se muito confuso e sem o devido respaldo bíblico. Irmão Jean, espero que estas considerações possam acrescentar mais ao seu conhecimento.

No site  http://geocities.yahoo.com.br/ibzaituni/ encontra-se uma pesquisa sobre o Apocalipse 17 que creio ser de grande interesse para um pesquisador.


Irmão Josiel Lima

Estive analisando suas considerações aqui apresentadas e gostaria de lhe apresentar algumas observações. Antes porém, gostaria que você considerasse o seguinte pensamento:

“O grande problema dos teólogos e seus seguidores para a compreensão dos textos bíblicos, é que eles tentam de toda forma possível defender os interesses de suas respectivas denominações, procurando encaixar os textos bíblicos a suas idéias já preconcebidas, o que se torna uma barreira impedindo que o Eterno lhes conceda a compreensão de Sua Palavra.

O sincero pesquisador deve lembrar-se de que o seu compromisso é com o Eterno e não com os homens, deve estar ciente de que em suas mãos encontra-se a vida ou a morte  de muitas almas”.  Ezequiel 33:1-9.

Partindo deste princípio, apresentarei minhas considerações em vermelho logo após cada tópico analisado. 

Realmente o Eterno sempre utilizou os símbolos mencionados para representar reinos, nações, potências dominantes, e nunca uma organização secreta.

Na verdade os estudos modernos apontam a mulher como sendo a mesma besta apresentada em Ap 13:11 (2ª besta) que simboliza os EUA.

Nas profecias os símbolos que estamos analisando sempre apontaram para um poder dominante, e hoje em dia, o Vaticano não exerce nem 1% do poder exercido no passado pelo papado. Além do mais, os sete montes mencionados em Ap 17:9, sobre os quais a mulher esta assentada, não devem ser interpretados literalmente como colinas, mas sim simbolicamente como o próprio texto o indica, reis ou nações, que no caso aqui mencionado apóiam os EUA. Vejamos:

Ap 17:3 - Uma mulher sentada sobre uma besta.

Ap 17:9 - Uma mulher sentada sobre as sete cabeças da besta.

Ap 17:15 - Uma mulher sentada sobre as águas. (águas  =  povos, multidões, nações e línguas)

Como podemos observar, estes três versos tratam de um mesmo assunto embora utilizem símbolos diferentes entre si.

Consideremos também que anualmente é realizada uma reunião do conhecido G –7, onde se reúnem as sete potências mais ricas do mundo, hoje conhecido também como G-8 devido ao ingresso da Rússia.

Não devemos nos esquecer também que as nações européias que formam o G-7, sempre deram sustentação aos EUA quer direta ou indiretamente.

O que precisamos entender é que em seu início, a 2ª besta, EUA, encontrando uma Europa fragmentada e fragilizada pelas duas grandes guerras mundiais, passou a exercer uma liderança não somente sobre a Europa como também sobre o mundo, e que passou a ser absoluta com a queda da então União Soviética.

Devemos também nos lembrar que tendo em vistas os seus interesses econômicos, os EUA incentivaram uma maior aproximação das nações européias entre si, que se fortalecendo com o decorrer dos anos, deu origem a atual União Européia, trazendo de volta ao cenário político a antiga besta que era, não é, mas que virá. É exatamente esta besta, União Européia, que hoje em dia começa a se opor ao poderio dos EUA, como é observado com freqüência na mídia mundial.

Os EUA realmente deram uma forte contribuição para o ressurgimento da União Européia sem no entanto abrir mão de sua autoridade sobre a mesma.

Já alguns anos antes de 1789 o papado já vinha perdendo sua autoridade sobre a Europa em virtude da reforma protestante como se pode observar pela conversão de algumas nações ao protestantismo e mesmo a própria revolução francesa.

O mesmo podemos perceber atualmente em relação a 2ª besta, EUA, pela oposição levantada pelas Nações Islâmicas, como também pelos questionamentos da União Européia (1ª besta).

Apocalipse 16 aborda outros aspectos onde o dragão, também identificado nas profecias como sendo a 1ª besta, equivale atualmente a União Européia; a besta, identificada como sendo a 2ª besta, equivalendo aos EUA;  o Falso Profeta às Nações Islâmicas; e os espíritos imundos equivalendo aos argumentos que estes três poderes apresentarão aos reis da terra (Assembléia Geral da ONU).

Não devemos nos esquecer também que o termo reis em todas as profecias apontavam para nações, nunca para uma organização secreta.

Precisamos ter em mente que os símbolos em analise, sempre apontaram para poderes dominantes, o que não acontece caso o apliquemos ao Vaticano.

A besta aqui mencionada (17:16) corresponde a União Européia, e os dez chifres às nações que surgiram após a queda do Império Otomano e da extinta União Soviética (URSS).

  • A besta que existia, corresponde ao Império Romano que foi sucedido pelo domínio religioso europeu imposto pela ICAR.

  • A besta que deixou de existir, corresponde ao período em que a unidade européia permaneceu fragmentada em conseqüência da Reforma Protestante.

  • A besta que voltou a existir, corresponde ao ressurgimento da unidade européia exercido pela União Européia a nível político e econômico.

Como já foi mencionado anteriormente, os EUA é que deram uma forte contribuição para o ressurgimento da União Européia visando seus interesses econômicos; isso não queria dizer no entanto que a União Européia seria sempre submissa aos EUA.

No site  http://geocities.yahoo.com.br/ibzaituni/  encontram-se três pesquisas, que demonstram ser de grande proveito para um pesquisador ter uma melhor compreensão do texto acima analisado.

Irmão Josiel Lima, espero que este comentário seja proveitoso e lhe acrescente mais conhecimento.

Shalom! Carlos Oliveira

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