Cordeirinho da Páscoa, O Que Trazes Pra Mim?

Amigos, escrevi este texto há já alguns anos. Minha intenção era não apenas lembrar às pessoas o sentido original da páscoa, mas trazer uma reflexão atual e pessoal. Tomara  que  sirva, de alguma forma, para vocês, e está à disposição para que possam encaminhar aos seus amigos...

Um abraço de feliz páscoa,

Marco Aurélio

A primeira páscoa foi comida (ou comemorada, como queira), nos últimos instantes do cativeiro  de  400 anos que a recém-nata nação israelense sofreu nos domínios egípcios. Você lembra bem: Moisés pediu para que o Faraó liberasse o povo para ir adorar ao Seu Deus no deserto e o Faraó disse  não! Seguiu-se uma espantosa série de nove pragas, nove tragédias sobrenaturais que serviram para dar uma idéia clara do tipo de Deus com o qual o Faraó  estava se metendo, ou seja, o Deus Todo Poderoso. Ainda assim, ele sacudiu a cabeça e disse: não!

Moisés falou, então, que a última praga que cairia sobre toda a terra do Egito seria a mais terrível, e custaria a vida de todo primogênito, seja de animal seja de pessoas.

Muitas pessoas  ao longo  da história julgaram a  Deus  como cruel e sanguinário  por essa decisão. Moisés respondeu a elas dizendo que Deus, como  Criador do Universo, não se deixar escarnecer. E o Faraó está fazendo  exatamente isso. Ademais, esse decreto não era absoluto: havia uma forma  relativamente  simples de evitar as conseqüências funestas do decreto: bastaria no dia dez daquele mês de habib separar um cordeiro macho, sem  mancha alguma e sem defeito nenhum. O pai da família deveria calcular se  sua família conseguiria dar conta de um cordeiro inteiro em uma  única noite, pois se não fosse o caso, deveria juntar-se com outra família pequena. Era  importante  que o  cordeiro fosse  totalmente consumido.

No  dia quatorze, esse cordeiro deveria ser morto. Então o sangue dele seria colocado nos batentes da porta da casa. Na noite desse dia, após ter  feito essas coisas, eles deviam assentar-se à mesa vestidos como se tivessem de  sair  correndo, e comerem com pressa o cordeiro assado, com pães ázimos e ervas amargas.

O êxodo do povo  de Israel do Egito, que aconteceu naquela noite, é identificado com  um símbolo de nossa libertação do pecado. Assim como o povo  de Israel foi liberto do cativeiro, nós somos libertos do pecado. O pecado jogou  sobre toda  a raça humana  uma  sentença de morte, e o sacrifício  do cordeiro de Deus, Jesus Cristo, permite que sejamos salvos da morte certa  assim como o cordeiro salvou o primogênito de cada casa que observou o ritual naquela noite, no Egito, assim como nos liberta da escravidão  do  pecado,  das tendências e dos hábitos que temos e que conspiram para a nossa destruição.

Agora  é Páscoa mais uma vez. Hora de lembrar dessa libertação. Hora de comemorar a  libertação...  Mas atenção! Apenas matar um cordeiro não adiantava de nada para as famílias do povo de Israel. Era preciso fixar o sangue  desse  cordeiro na porta da frente da casa, de modo que o anjo de Deus, passando, visse o sinal e não entrasse naquela casa, trazendo dor e pranto, executando o juízo do decreto  que  fora baixado pelo Rei do Universo.

O  fato de que Jesus Cristo foi morto há coisa de 2000 anos, e de que Seu sangue  inocente foi covardemente derramado sobre essa terra inglória não adianta  de  nada se você não faz dele uma aplicação pessoal, se você não toma  esse  sangue nas tuas mãos e o fixa nos batentes da porta da frente do teu coração. É preciso que esteja patente. É preciso que ninguém tenha duvida  quanto  a você obedecer ou não a esse Deus da vida, por estranhas que pareçam Suas ordens! É preciso que você decida aceitar o livramento.

Quando esteve aqui, Cristo disse que veio para que tivéssemos vida, vida em abundância. Ela está aí, à disposição, de graça, mas tantas e tantas vezes acabamos escolhendo a  morte,  ou  um  tipo de simplesmente sobrevivência.  Ele não  quer  isso, quer que tenhamos vida de verdade, VIDA.

Ao  comer  Sua última páscoa nesse mundo, Cristo indicou o caminho para isso, mostrando que  esse  ato se dá quando deixamos que o sangue dEle corra simbolicamente  em nossas veias, e que Seu corpo, simbolicamente, seja parte de nosso  próprio corpo. Ele disse que  está esperando ardentemente  até o dia mais feliz da historia do Universo, quando todos nós poderemos estar comendo uma outra páscoa com Ele, no paraíso onde Ele está agora, em comemoração pelo  livramento  final de tudo o que nos aflige. Ele  espera  por mim, com a mesa pronta, os braços abertos, os olhos, úmidos de lágrimas, suplicantes para que eu aceite a libertação.

Boa Páscoa para nós! Boas decisões... Porque, não nos enganemos, nós temos de tomá-las, todos temos. -- Marco Aurélio B. Lima. Texto distribuído por e-mail na internet.

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