Deus-Profissão
e a Indústria-Religião
Deus, onde estás?
Não ouves?
Não vês?
Por que não falas?
Fazem de Ti, bandeira
Para invólucro
do barbarismo.
Usam-Te como arma letal.
Fazem de Ti, algemas.
Torpor mental.
Do mastro acenam amor,
Mas ignoram do semelhante a dor
E ostentam-Te,
acariciando o mal.
Na desvairada corrida para o poder,
Fazem-Te isca engodante
E aparecem sempre sóbrios, honestos, elegantes.
Arrogam-se o poder de interpretar Tua
palavra.
Interpõem-se, afastando de Ti o pecador.
E os humildes, desavisados,
Pensando em responder ao Teu sacrifício,
No desejo de seguir-Te, são por eles espoliados.
Deus, para eles Tu és o emprego,
Meramente a profissão.
Seguem-Te por interesse.
Nunca por vocação.
Há corações dilacerados que evocam
Tua justiça.
E Tu, ciente, Te calas,
Lembrando haver
para isso um dia determinado.
O mundo corre desvairado para o cepticismo,
Empurrado pela repugnância da Industria Religião
E Tu flamejas, no estandarte usado
para ocultar a maldade e salvaguardar o vilão
Vem antes, meu Deus, que a descrença chegue ao
total
Pois se demorares, para a fé a Industria-Religião será fatal
Caixinha de pedinte, chapéu de esmola,
Veja o que fazem com Tua cruz!
Volte logo, sem demora...
Ora, vem, Senhor Jesus. -- JL
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