Século 21 Começa em 2001

Parece uma questão banal, mas seu esclarecimento pode influenciar a vida de muita gente: 1999 não é o último ano do milênio. A explicação é simples, bem menos complicada do que convencer as pessoas de que o século 21 não começa no ano 2000 - ainda mais levando-se em conta as campanhas publicitárias e contagens regressivas para a virada do século.

Para entender é preciso recorrer ao calendário gregoriano. Estabelecido em 1582 pelo papa Gregório XIII, ele começou a contar do ano 1 d.C., e não do ano 0. Por isso, o século 1 foi até o ano 100. O século 2 começou em 101 e foi até 200. Dessa forma, o século 21 começa em 2001 e vai até 2100. Simples, não?

Os mais preciosistas ainda observam um último detalhe: para comemorar o ano-novo na hora certa, esperam até a 1 hora. O motivo? As Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além da Bahia e do Tocantins, estão em horário de verão. (Uilson Paiva)

Fonte: O Estado de S. Paulo


Visões de Freira Deram Origem à Comemoração de Corpus Christi

A festa de Corpus Christi começou com a freira belga Juliana de Mont Cornillon, que viveu entre 1192 e 1258. Ela teria tido visões, segundo as quais a Igreja deveria incluir no seu calendário uma festa para a Eucaristia - o maior sacramento cristão. A celebração começou na paróquia em que ela vivia e depois se estendeu por toda a Bélgica.

Em 1264, o papa Urbano IV, que havia sido cônego na Bélgica e conhecido a freira, decidiu transformá-la numa festa da Igreja Católica. Em 1599, a freira foi canonizada, tornando-se conhecida como Santa Juliana.

Até hoje o Código Canônico determina que todo pároco e bispo deve festejar Corpus Christi com missas, cerimônias de adoração eucarística e procissões. "É uma celebração pública, de homenagem a Jesus na Eucaristia e de renovação do compromisso de repartir o pão", diz o bispo-auxiliar de São Paulo, d. Angélico Bernardino. 

As primeiras celebrações organizadas por Juliana ocorriam na primavera e as ruas das cidades costumavam ser enfeitadas com flores. No Brasil, a tradição tem sido enriquecida com tapetes feitos de serragem, pó-de-café, tampas de garrafa, grãos de cereais, bagaço de cana e pó-de-café já coado.

Fonte: O Estado de S. Paulo


OS PONTÍFICES DO SÉCULO 20

Leão XIII (1878 a 1903) - Durante anos, não deixou o Vaticano, em protesto contra a perda do Estado Pontifício, mantendo um conflito permanente contra o jovem Estado italiano. Entre outros, condenou o "americanismo" e o divórcio, redigindo a primeira encíclica social, Rerum Novarum (1891).

Pio X (1903 a 1914) - Canonizado. Conduziu um pontificado pastoral-religioso, divulgando, porém, encíclicas contra o "modernismo", para ele a "síntese de todas heresias", exigindo do clero e do magistério um "juramento antimodernismo".

Benedito XV (1914 a 1922) - Preservou os interesses católicos nas antigas colônias, ampliou as relações internacionais do Vaticano por meio de 27 nunciaturas, fundou a Congregação das Igrejas Orientais, opondo-se de maneira generalizada à Primeira Guerra Mundial.

Pio XI (1922 a 1939) - Intensificou a obra missionária em todo o mundo, resolveu a "questão romana" pela fundação do Estado Vaticano nos Acordos do Latrão de 1929, fechando vários acordos com Mussolini em 1929, com Hitler em 1933.

Pio XII (1939 a 1958) - Silenciou quanto ao holocausto. Anticomunista decidido, devoto de Maria, criou a festa do Imaculado Coração de Maria, anunciando, em 1950, o dogma da "ascenção corporal" de Maria ao Céu, devendo ser proximamente beatificado.

João XXIII (1958 a 1963) - Ascendeu ao trono pontifício como "pastor" aos 77 anos, causando surpresa com a convocação do Segundo Concílio Vaticano em 1959, com vista a "adaptar a Igreja aos novos tempos". Em seu discurso inaugural, disse que a Igreja não deveria reagir aos novos tempos com condenações, mas com verdades religiosas. Recepcionou inúmeros políticos, entre os quais Kruchev. Sua última encíclica, divulgada pouco antes de sua morte provocada por câncer, chamou-se Pacem in Terris.

Paulo VI (1963 a 1978) - Levou o Concílio ao fim, após o que introduziu algumas reformas no clero, como a não-participação de cardeais de mais de 80 anos na eleição do papa ou a renúncia compulsória de bispos de mais de 70 anos. Sua encíclica Humanae Vitae combate os métodos anticoncepcionais modernos, tendo provocado protestos em todo o mundo. Ampliou consideravelmente as nunciaturas em diversos países, empreendendo uma dúzia de viagens apostólicas, incluindo uma à ONU, em Nova York, em 1965.

João Paulo I (1978) - Pela primeira vez na história do papado, adotou dois nomes, na intenção de rememorar seus precursores, cujas diretrizes se propunha a seguir. Faleceu "de repente e inesperadamente" após 34 dias em seu cargo. As circunstâncias de sua morte e a não-realização de investigações detalhadas causaram especulações quanto a um assassinato. Foi o primeiro a renunciar à cerimônia de entronização.

João Paulo II (desde 1978) - Arcebispo de Cracóvia, foi o primeiro papa não-italiano eleito em 450 anos. Realizando numerosas viagens ao exterior, desde sua posse, procurou fortalecer as ligações entre os católicos de todo o mundo e seu sumo pontífice. Mantém um regimento interno rigorosamente conservador, sobretudo quanto a questões da moral sexual, da prevenção da gravidez e do aborto.

Fonte: Arquivo digital do jornal O Estado de S. Paulo


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