Um Anticristo do Sétimo Dia! Pode?

Ao ler sobre o caso da mansão dada ao papa adventista e também sobre os cultos pagãos que se estão introduzindo na igreja, perguntamo-nos se vale a pena tentar barrar, ou pelo menos denunciar pela pena e pela voz este tipo de procedimento por parte daqueles que "são cegos guiando outros cegos". E nos parece ouvirmos sempre a resposta de Deus nos dizendo: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados (Isaias 58:1).

Mas poder-se-ia se indagar, como fazem muitos: E quem lhes garante que receberam este chamado? Responderíamos somente que se é possível haver dúvida em nossos corações quanto ao chamado para este trabalho específico, que, convenhamos, não é nenhum trabalho agradável. Obviamente, não há qualquer dúvida quanto a não haver chamado algum para quem quer que se posicione como "papa" na Igreja de Deus, querendo passar-se por Deus, sentando-se no Santuário de Deus. Porque o outro não se senta no santuário de Deus, e, sim, no Santuário de Satanás, a menos que queiramos concordar que o Vaticano é, ou em algum momento tenha sido, o santuário de Deus na terra.

E agora, como se não bastasse, ainda tem seu próprio QG para poder receber de forma mais confortável e "com mais segurança" os amigos ecumênicos, sem o inconveniente de haver algum sincero irmão que possa ficar sabendo. Positivamente, aquele que aceita ou concorda com este tipo de "mordomia", faria bem em conhecer melhor a natureza e missão dAquele que não tinha onde reclinar a cabeça.

E também todos aqueles que buscam introduzir "novas formas de cultos", na igreja, ainda que obedecendo ao "papa" ou aos "papinhas" superiores, não terão dificuldade em perceber que algo deve estar errado com o seu chamado, a menos que estes, a exemplo dos jesuítas, também tenham feito um juramento de servir a "santa igreja adventista" ou ao "papa" dela, ainda que esta esteja agindo contrariamente à sua sagrada missão e obviamente contra o seu verdadeiro dono, Jesus Cristo.

Assim, aos que denunciam os pecados da casa de Jacó, na pior das hipóteses resta o benefício da dúvida, mas aos outros, nem isso. Desnecessário seria acrescentar que qualquer pessoa que comete um crime (pecado) é condenado por cometê-lo e não porque alguém o denunciou.

Como lidar com o pecado

E sobre o pecado, deveríamos ventilá-lo dessa forma, não seria melhor que o fizéssemos diretamente aos envolvidos? Em primeiro lugar devemos fazer a seguinte pergunta: Estes são pecados de caráter público ou privado? Envolvem uma pessoa ou toda a igreja? Como devemos tratar com ele? Os envolvidos nos escutam? Pelo menos consideram nossa opinião, ou nos têm como fanáticos e extremistas indignos de consideração?

Qualquer um que já tenha tido a coragem de posicionar-se ao lado da verdade, denunciando os pecados da casa de Judá, solicitando à liderança providencias no sentido de barrar a apostasia reinante, sabem responder esta pergunta. Como pois tratar destes pecados ante tal situação?

"Na manhã seguinte, quando estávamos para ir ao salão de reuniões para começar os árduos labores do dia, uma irmã a quem havia dado um testemunho no sentido de que lhe faltava discrição e cautela, e que não era capaz de controlar plenamente suas palavras e atos, veio com seu esposo em meio a uma manifestação de sentimentos de muita inimizade e agitação. Começou a falar e a chorar...Seu orgulho ficou ferido quando expus suas faltas tão publicamente...O esposo parecia não aceitar o fato de que eu houvesse apresentado as faltas de sua esposa diante de toda a igreja, e afirmou que se a irmã White houvesse seguido as instruções do Senhor que aparecem em Mateus 18:15-17, nesse caso não teria se sentido ferido: "Portanto, se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o estando tú e ele somente, se te ouvir, ganhaste o irmão. Mas se não te ouvir, toma ainda contigo a um ou dois, para que na boca de dois ou tres testemunhas conste toda a palavra. Se não ouvir a eles, diz à igreja; e se não ouvir a igreja, considera-o como gentil e publicano".

Meu esposo então afirmou que ele entendia que essas palavras de Nosso Senhor se referíam a casos de ofensas pessoais, e não se podiam aplicar a nossa irmã. Ela não havia pecado contra a irmã White. Pelo contrário, o que havia merecido repreensão pública eram faltas que tinham estado público e que ameaçavam a prosperidade da igreja e da causa. Aquí - disse meu esposo - encontramos um texto que se aplica a este caso: "Aos que persistem em pecar, repreende-os diante de todos, para que os demais também temam" (1 Tim. 5:20) (Testemunhos para Igreja - vol 2 - Espanhol).

Mas há ainda um motivo mais forte pelo qual devemos denunciar estes pecados, pois a história tem se repetido na "santa igreja adventista", conforme vemos:

"Disse pois: Eis aqui, vós os que confiais em palavras de mentira, que não se aproveitam.

...Furtando (de onde terá saído o dinheiro para a mansão do presidente, será que do dízimo ou foi uma "vaquinha" dos pastores por relevantes serviços prestados?),

...matando (o sangue de todos aqueles que morreram sem Ter sido advertidos, será requerido de todos os falsos atalaias, que não só não dão à trombeta o sonido certo, como tentam impedir os que querem tocá-la, ...não entram no reino do céu e impedem os que querem entrar...)

...e adulterando, (as constantes reuniões ecumênicas não deixam dúvida, sem mencionar a doutrina da encarnação, santuário e o próprio Sábado, que já sofrem ataques diretos e indiretos)

...jurando falso, (dizer que os mesmos conseguem mentir aos irmãos sobre diversas coisas, inclusive em reuniões de comissão, onde se orou antes de seu início, e levantando falso testemunho contra aqueles que não aceitam suas imposições, é apenas considerar aquilo que está sob a superfície, na verdade, neste aspecto o pedaço do iceberg que se pode ver, não faz juz ao verdadeiro tamanho desta agressão que é cometida constantemente com as ovelhas de Israel. Veja-se caso Poá, Nicotra e outros.)

...incensando a Baal, e andando após deuses estranhos que não conhecestes (qualquer semelhança com as imagens na associação não é pura coincidência, tampouco os rocks gospel, celebrations, irreverência, nem nossos Jas, cheios de fogo estranho. Recentemente em Curitiba, na Igreja Central, testemunhamos um J.A. onde jovens inclusive da liderança em encenação teatral rolavam no chão, sob o olhar complacente de um pastor que para "não chacoalhar o bote" assistia calmamente enquanto suas ovelhas e cordeiros, a maioria sem perceber o mal que há nisso, caminham em Quinta marcha rumo ao matadouro, e o pior de tudo, numa encenação em homenagem ao próprio pastor, que estaria mudando-se para outro local.)

...Vem e se colocam diante de mim nesta casa sobre a qual é invocado o meu nome, e direis: Livrados somos: para fazer todas estas abominações? É cova de ladrões diante diante de vossos olhos esta casa, sobre a qual é invocado meu nome? Eis aqui que também eu vejo, disse Jeová. Andai pois agora a meu lugar que foi em Siló, onde fiz que morasse meu nome ao princípio, e vê o que fiz pela maldade de meu povo Israel. Agora pois, porquanto haveis vós feito todas estas obras, diz Jeová, e bem que os falei e não ouvistes, e os chamei e não respondestes, farei também a esta casa sobre a qual é invocado meu nome, na qual vós confiais, e a este lugar que os dei a vós e a vossos pais, como fiz a Siló. Que os tirarei de minha presença como tirei a todos vossos irmãos, a toda a geração de Efraim. Tu pois, não ores por este povo, nem levantes por eles clamor nem oração, nem me rogues, porque não te ouvirei..." (Jer 7:8-16 /9:1,3)

Você que lê estes textos, por favor, não faça como a grande maioria dos doutores da lei modernos que ensinam que estas coisas estão no passado, que não dizem respeito a nós, houve a palavra de Deus quando nos diz: "Tudo isto foi escrito para nós, a quem os fins dos tempos tem chegado"

Quais eram portanto as palavras de mentira nas quais se ancorava o povo? Ei-las aqui:

"Não vos fieis em palavras de mentira dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor é este. (Jer. 7:4)

É perfeitamente manifesto que o povo, se bem entregue "às formas de adoração e serviço do templo, o viveu meramente como formas, perdendo completamente o propósito do templo e seus serviços, que não era outro senão que Deus pudesse reformar e santificar suas vidas, morando individualmente em cada um deles. E havendo perdido tudo isso, a maldade de seus corações não fez senão manifestar-se cada vez mais. Foi/é por essa razão que todos seus/nossos sacrifícios, adoração e orações vieram a ser uma ruidosa ofensa, tanto quanto seus corações e vidas careciam de reforma e santidade.

Por tudo isso, "palavra que veio de Jeová a Jeremias, dizendo: Poe-te à porta da casa de Jeová, e prega aí esta palavra, e diz: Ouví a palavra de Jeová, todo Judá, os que entrais por estas portas para adorar a Jeová. Assim tem dito Jeová dos exércitos, Deus de Israel: Melhorai vossos caminhos e nossas obras, e os farei morar neste lugar. Não vos fieis em palavras de mentira, dizendo: Templo de Jeová, templo de Jeová é este. Mas se melhorardes vossos caminhos e vossas obras, se com exatidão fizerdes justiça entre o homem e seu próximo, nem oprimirdes o peregrino, ao orfão, à viúva, nem neste lugar derramardes sangue inocente, nem andardes após deuses alheios para mal vosso, os farei morar neste lugar, na terra que dei a vossos pais para sempre." (Jer. 7:1-7)

Em lugar de permitir que se cumprisse o desejo de Deus para este povo o que fizeram foi perverter ainda mais este propósito. Em vez de permitir que o templo e seus serviços, que Deus em sua misericórdia havia estabelecido para ensinar-lhes como realmente Ele habitaria entre eles habitando em seus corações, o que fizeram foi excluir este verdadeiro sentido do templo e sus serviços, pervertendo-os completamente. Para um sistema tal, não existia outro remédio que não fosse a destruição.

Em conseqüência, a cidade foi tomada pelos pagãos. O templo, "a casa de nosso santuário e de nossa glória" foi destruída. E havendo se convertido a cidade e o templo em um montão de ruínas, o povo foi levado cativo a Babilônia, onde em seu pesar e sentimento profundo de imensa perda, buscaram, encontraram e adoraram ao Senhor de tal forma que significou uma reforma em sua vidas, até o ponto que se houvesse ocorrido isto quando o templo ainda estava em pé, este teria podido permanecer para sempre.

Faríamos bem em atentar para as palavras de Cristo quando indagado pela samaritana: Nossos pais adoraram neste monte (Samaria), e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis, nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. (João 4:24).

Raciocinemos um pouco: Vem uma samaritana (católica, luterana, evangélica, etc) e questiona, nossos pais fazem culto nesta igreja, e vocês dizem que é em Jerusalém (Igreja Adventista do Sétimo Dia) que se deve adorar.

Jesus lhe diz: Vocês (católicos, luteranos, evangélicos) adoram o que não sabem (não tem a verdade), nós adoramos o que sabemos (temos a verdade), porque a salvação vem dos Judeus (o próprio Cristo era Judeu, a verdade hoje vem dos judeus (adventistas, pois a eles foi confiada) mas crê-me, vem a hora, e já chegou em que os verdadeiros adventistas (fanáticos, perfeccionistas, extremistas), expulsos de suas igrejas (Jerusalém = Poá, etc), o adorarão em espírito e em verdade, nem aquí nem acolá, porque Deus procura pessoas que o adorem de coração, que não estejam presas a tradições, paredes ou qualquer outro tipo de corrente humana.

Repetimos a história do passado, quando tempo até que nossos templos sejam derrubados e sejamos levados cativos para Babilônia, quando as prisões serão abertas para libertar os modernos Barrabás, e dar entrada aos verdadeiros filhos de Deus? Quanto tempo até que se cumpram aquilo que nos parece inevitável? ...Senhor, vede que pedras... (vede nossos colégios, vede nossos templos, vede nossas instituições, vede nossas casas publicadoras) ...não ficará pedra sobre pedra, sem que tudo seja derribado...Quando estiverem dizendo: Paz, paz, eis que sobrevirá repentina destruição... -- Rogério Buzzi

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