Dízimo: Quem Ama Não Dá por Obrigação Nem Esquenta com Percentual

Olá, pessoal. A paz do Mestre para vocês.

Tenho minhas interpretação quanto a questão da obrigatoriedade ou não do dízimo e, para quem interessar possa, aí vai. A propósito, refletir é uma coisa fantástica não!? Como o nosso povo precisa disso. Sair da situação de meros papa sermões. Sermão da E.S e do C.D., com suas mentes quase que toda diluida na mente de seus líderes. Será que é por isto(falta de reflexão) que tão poucos conseguem manipular tantos para seus próprios propósitos?

Eu amo meu pai. Sempre que ele estiver em dificuldades ou precisando de mim vou ajudá-lo na proporção do tamanho da necessidade dele(no mínimo). Se ele estiver precisando de mil reais(e eu tiver condições) vou dar mil, se ele estiver precisando de 10 mil vou dar 10 mil ou mais, se estiver precisando de 100 mil vou dar 100. Se estiver precisando da doação de um rim, vou doar-lhe. E sem ele pedir. Estou atento para as necessidade dele e vou, pelo amor que sinto por ele apoiá-lo para o sucesso de seus bons propósitos e planos.

Eu digo amar também meu Pai Celestial. Sempre que ele contar comigo, deixar claro que quer meu apoio, estarei a postos para corresponder porque eu gosto dele prá caramba. Ele quer ensinar algumas pessoas sobre Seu amor por elas(algo lindo não!). Só que ele "não tem" recursos financeiros. Meu Pai não me pede, apenas demonstra que quer ensinar tais pessoas. 

Como filho que ama e percebe Sua intenção apaixonada, me aproximo e pergunto: Mas o que o Senhor precisa para este projeto? Para ensinar seus filhos, meus irmãos sobre seu amor por eles - Ah! preciso construir uma sala, comprar material didático etc...Vocês acham que eu deveria por limites?. Bem Pai, vou ajudá-lo, mas apenas com 10% de meus recursos. Sei que com 10% apenas dos meus recursos o Senhor levará uns 100 anos para se estruturar pra Sua nobre tarefa, mas fazer o que, 10% é o máximo que posso dispender, afinal, tenho tantas outras coisas que preciso fazer. Preciso trocar de carro, fazer umas viagens...

Entendo que Deus coloca a missão na frente de nossos olhos de forma clara e límpida. Tal serviço deve ser feito. Façam. Quero contar com vocês. Preciso da ajuda de vocês. Se não puderem fazer sozinhos, contratem pessoas, lancem mão, direcionem os recursos econômicos que lhes confiei para tal fim. Se é 10%, 20%, 50%, 90% não sei, só sei que o trabalho precisa ser feito. Deixo os valores em aberto agora, para inclusive testar até aonde seu coração está posto em Mim, até aonde realmente valorizam a espécie humana. Deixo os valores em aberto para que vocês próprios, não Eu, enxerguem aonde estão concentrando seu tesouro (recursos financeiros).

Deixo bem claro os objetivos e, se Minha morte não despertou inexoravelmente o senso da importância da missão, então...nada o fará. Eu não dei 10%, dei tudo, a vida de Meu Filho. Agora sejam inteligentes, pensem, pensem. Analisem o espírito da coisa. Não são cifras, é o coração que quero primeiramente pois sei que só assim terei tudo.

Só para incomodar:

Se eu der 9% perco o céu? Caracterizo-me como ladrão de Deus? Mas se der 10%? Então tudo muda? Tô limpo? É Isto? Se dou 40% sou mais amado do que quem da apenas 10%? Creio que não. Não é tão mecânico assim. Quem ganha o salário mínimo e dá 10% não está dando mais do quem quem ganha 10 mil e também dá os mesmo 10%? Será que não seria o caso de haver uma progressividade na alíquota do dízimo assim como a uma progressividade nas alíquotas de tributos, visando mais que uma justiça mas uma equidade?

Quando alguém compreender verdadeiramente o que está em jogo, o que está em jogo. Quando alguém se coverter verdadeiramente e perceber a transitoriedade da vida e dos bens terrenos e os considerar como esterco para ganhar a Cristo, então vai dar muito mais de 10% e com alegria, com entendimento, colocando-se em verdadeira sincronia com a mente de CRisto. O estopim que desencadeou a ação de dar foram os princípios e não as regras(certo Levi?).

Se a lei dos 10% vigora, e eu a cumprir, estarei fazendo apenas a minha parte, e que mérito há nisto, que grandeza há nisto, pergunto? A verdadeira grandeza esta em extravazar, transbordar, desgastar, como o Exemplo, como o Exemplo.

Entendo que se as pessoas entendessem isto, um largo sorriso estampar-se-ia no rosto do céu inteiro. O investimento em almas subiria para a estratosfera. O Pai veria o sonho de pregar o Seu grande amor aos filhos ainda rebeldes sendo realmente realizado.

O que mais me encanta é quando estou em dificuldades e meu filho (de 11 anos) me socorre sem eu pedir, me ajuda,não só em 10% da tarefa, mas em toda ela e até terminar. Normalmente ele quer fazer sozinho. Diz: Pai deixa que eu tento. Procuro harmonizar. Vamos tentar juntos. Ele faz isto não porque quer ganhar um lego ou um piano, mas porque realmente aquele menininho é um "grude" comigo. Mesmo que eu diga: Não, tá bom, você já fez o suficiente, ele fica do lado até o trabalho em questão terminar.

Se somos um "grude" com o Pai, então a forma de dar, as intenções no dar, os motivos prá dar estarão purificados e o ato santificado. O montante, como já disse, 10%, 20%, 70%, parecerá algo tão "bobo", tão apático, tão superado, tão sem graça. Estaremos aplicando quem sabe 50% ou 70% da renda em evangelismo e dando risada.

Quem sabe assim ouviremos a voz do Pai: Chega, chega, já é mais que o suficiente pois agora sim, neste propósito de coração sobre o que estão doando posso desencadear o milágre da multiplicação e transbordar o celeiro e alimentar toda a multidão. Mande que sentem em círulos.

Para finalizar, entendo que Deus não nos pede 10%. Ele pede que O ajudemos(e que maravilha isto, que privilégio - só nisto já se resume toda a recompensa) nesta descomunal missão que anjos e quem sabe seres de outros mundos não caídos disputariam para participar.

Léo.

P.S. -- Quanto aqueles que tem dúvida não sobre quanto dar ou como dar, mas aonde dar, aonde fazer o depósito, por favor gente, só não vão me colocar o dinheiro nas mãos dos administradores da atualidade.

Desta forma, nem que vocês derem 100% do salário e mais um pouco, a tarefa de esclarecer o plano salvífico e os propósito do Pai para a humanidade estarão obviamente frustrados, pois além dos recursos estarem sendo quase que completamente aviltados, Deus não abençoa nem homologa corrupção. Já aqueles que investem num sistema corrompido estão homologando-o e a ele se filiando.


Boa Aplicação do Dízimo Também é Questão de Amor

As orientações de Deus dadas no velho testamento com relação à aplicação do dízimo mostram que em cada momento da história o dízimo foi aplicado de forma diferente. Enquanto estavam no deserto deveriam proceder de uma forma, mas quando chegaram em Canaã a regra de aplicação mudou. (Ver Deut 12:1) Mais tarde, quando o templo foi construido, surgiu o conceito de "casa do tesouro" que eram salas anexas ao templo onde o dizimo era armazenado pelos levitas.

Mas todas estas regras de aplicação do dízimo citadas no VT estão vinculadas ao sacerdócio levítico. Os conceitos de "dizimo do terceiro ano" e "casa do tesouro" também estão relacionados à dispensação antiga. Hoje estamos vivendo sob um novo e superior modelo sacerdotal, o modelo de Melquisedeque no qual TODOS os crentes são sacerdotes reais e têm uma MISSÃO específica (I Ped 2:9; Apoc 1:5; 20:6).

Hoje o dízimo não é destinado a uma classe de levitas (clero), pois no modelo sacerdotal de Melquisedeque não há distinção entre clero/leigos. Hoje o dízimo deve ser destinado não a determinadas pessoas ou determinadas corporações, mas sim a uma MISSÃO determinada.

A IASD adulterou a doutrina do dízimo e faz de tudo para exaltar o modelo levítico (baseando a aplicação do dízimo não na MISSÃO, mas na instituição levítica e no grupo sacerdotal restrito). O conceito que prevalece é o seguinte: "Não importa se o dizimo está indo para a MISSÃO. O que importa é que está indo para a corporação", ou seja, a corporação ficou mais ficou mais importante do que a MISSÃO. Os que pensam assim pretendem estar transferindo a responsabilidade para a corporação. Engano! O mordomo é você!

Você repassa o dinheiro, mas a responsabilidade continua sendo sua. Quem vai prestar contas com Deus é você, de cada centavo... Não se engane.

Na tentativa de defender o modelo levítico, e comparar pastores a sacerdotes no sentido araonico (tendo, portanto, o direito ao dizimo) a IASD apregoa alguns absurdos gritantes, por exemplo, comparam o dízimo do terceiro ano com o segundo dízimo que, para nós tem o sentido de oferta voluntária. Mas está claro na Bíblia que o dízimo do terceiro ano para os israelitas nada tinha de voluntário, era dizimo mesmo! e obrigatório! As explicações da IASD tem enganado muita gente, mas quem estuda a fundo o assunto (que não é complicado) e quem ama mais a MISSAO do que a corporação está vacinado e vai acabar aplicando o dízimo não em corporações ou em grupos restrito de "ungidos", mas numa MISSÃO bem determinada: A evangelização e salvação de almas.

A boa aplicação do dízimo é uma questão de AMOR. O que vc ama mais: A corporação ou a missão?

Que Deus lhe abençoe.

Ricardo Nicotra

 

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