A Posição Equilibrada da Sra. White sobre os Dízimos

Há muitas citações da pena inspirada sobre os dízimos. As mais populares, porém, carecem de outras de contrapeso, para que as orientações da pena inspirada compreendidas com maior precisão:

Veja, muitos, citam, com freqüência, que nas págs. 102 e 103 do Conselhos sobre Mordomia, Ellen diz: “Seu povo de hoje precisa lembrar que a casa de culto é propriedade do Senhor, e que deve ser escrupulosamente cuidada.  Mas o fundo para essa obra não deve provir do dízimo”.

Porém, importa alertar, também, aos crente que, Ellen também ensinava: “Há casos excepcionais, onde a pobreza é tão extrema que a fim de assegurar o mais humilde lugar de adoração pode ser necessário utilizar o dízimo”. (Manuscript Releases, Vol. I- pag.189)

Logo o procedimento de algumas associações de cassar a credencial de ministros, bem como excluir tesoureiros e até igrejas por seguirem o princípios que em "casos excepcionais, onde a pobreza é tão extrema que a fim de assegurar o mais humilde lugar de adoração pode ser necessário utilizar o dízimo", é um pecado cometido, e manisfesto segundo a revelação da pena inspirada. Os irmãos que são zelosos em defender o dízimo devem ser, igualmente, cuidadosos na defesa de sua aplicação correta, observando, devidamente, as regras e exceções.

Outros, citam: “Um raciocina que o dízimo pode ser aplicado para fins escolares. Outros  argumentam ainda que os colportores devem ser sustentados com o dízimo. Comete-se grande erro quando se retira o dízimo do fim em que deve ser empregado, o sustento dos ministros. O dízimo é separado para um uso especial. Não deve ser considerado fundo para os pobres. Deve ser dedicado especialmente ao sustento dos que estão levando a mensagem de Deus ao mundo; e não deve ser desviado desse propósito”. Conselhos sobre Mordomia, págs. 102, 103.

Ótimo, porém, veja: "A vida de Cristo e Seu ministério em favor dos aflitos estão inseparavelmente ligados. De acordo com a luz que me foi dada, sei que deve existir ainda uma íntima relação entre a obra médico-missionária e o ministério evangélico. Estão eles ligados um ao outro; como uma obra, em sagrada união, e jamais devem ser divorciados. Devem os princípios do Céu ser adotados e seguidos por aqueles que professam andar nas pegadas do Salvador. Por Seu exemplo mostrou-nos Ele que a obra médico-missionária não deve ocupar o lugar da pregação do evangelho, mas deve estar a ela ligada. Cristo deu uma perfeita imagem da verdadeira piedade combinando a obra do médico com a do pastor, ministrando às necessidades tanto do corpo como da alma, curando as enfermidades físicas, e então proferindo palavras que traziam paz ao atribulado coração ..." Conselhos sobre Saúde, p. 528.

Assim, se bem que o dízimo não seja um fundo de sustento aos pobres, o verdadeiro ministro de Deus, sustido pelos dízimos, seguira o exemplo de Cristo, sabendo, "que a obra médico-missionária não deve ocupar o lugar da pregação do evangelho, mas deve estar a ela ligada" assim ele com usara seus recursos para ministrar "às necessidades TANTO DO CORPO como da alma", assim, de modo indireito as familias pobres serão atendidas material e espiritualmente pelos rendas do ministro. A obra do verdadeiro ministro  "amparar os orfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento
da corrupção do mundo" Tia. 1:27.

Realmente: A Irmã White no livro Conselhos sobre Mordomia, págs. 93, 94 e 101 diz: "Alguns têm sentido mal satisfeitos, e dito não pagarei mais o dízimo; pois não confio na maneira por que as coisas são dirigidas na sede da obra. Roubareis, porém a Deus, por pensardes que a direção da obra não está direita? Apresentai vossa queixa franca e abertamente, no devido espírito, e às pessoas competentes. Solicitai em vossas petições que se ajustem as coisas e ponham em ordem; mas não vos retireis da obra de Deus, nem vos demonstreis infiéis porque outros não estejam fazendo o que é direito. Ninguém se sinta na liberdade de reter  o dizimo , para empregá-lo seguindo seu próprio juízo. Não devem servir-se dele numa emergência, nem usá-lo segundo lhes pareça justo, mesmo no que possam considerar como obra do Senhor."

O triste é que muitos esquecem o que fazer SE AS COISAS NÃO FOREM AJUSTADAS, leiamos, o testemunho de Ellen:

“Eu mesma tenho utilizado meu dízimo para os casos de maior necessidade trazidos ao meu conhecimento... Alguns casos têm sidos colocados diante de mim por anos e tenho suprido suas necessidades com o dízimo... louvo a essas irmãs que tem destinado seu dízimo aos locais mais carentes para ajudar a fazer uma obra que está sendo neglicenciada” “Mas durante anos tem havido de vez em quando pessoas que perderam a confiança na utilização do dízimo e(...)elas mesmas o utilizariam para as famílias dos ministros mais necessitados que pudessem encontrar.” (Carta a Watson, 1905 - Spalding and Magan Collection, p. 215, 216)

Lógico, estudando, cuidadosamente, as citações da pena inspirada, posições extremas são suprimidas. Aos que apreciam dizer que os membros não devem se preocupar se os dizimos estam sendo aplicados corretamente, ou desviados, pelos administradores, meditem:

"A igrejas devem despertar. Os membros devem despertar de seu sono e começar a perguntar: Como estão usando o dinheiro que pusemos na tesouraria? O Senhor deseja que haja uma busca minuciosa? Estão todos satisfeitos com a história da obra durante os útimos quinze anos? ONde esta a evidência do trabalho em sociedade com Deus? Kress Collection, pág. 120 (26 de junio de 1900).

Ouvi, certa vez, alguém dizer: "se sustento com meus dizimos e ofertas ministros não santificados, isso não é problema meu! Isso é problema deles com Deus"! Leiamos:

"Pesam terríveis ais sobre os que predicam a verdade, porém, não são santificados por ela, E TAMBÉM sobre aqueles que aceitar receber e sutentar os que não são santificados para que ministrem na palavra e doutrina" - Joyas de los Testimonios, tomo 1, pág. 90.

Quanto aos que advogam que o todos os recursos do Senhor, dizimos e ofertas, devem passar, sempre, pelos canais regulares designados pela Conferência Geral, para serem administrados, ouçam o que o Espírito diz as igreja:

"Deus quer que as vozes que se tem levantado rapidamente para dizer que todo o dinheiro investido na obra deve passar a través do canal designado em Battle Creek [sede central da Conferência Geral] NÃO SEJAM ESCUTADAS - Carta 60, 28 de junio de 1901 (SpM Collection, págs. 176-77).

“Deus me mostrou que as vozes que tem sido tão rapidamente levantadas para dizer que todos o dinheiro investido na Obra deve vir dos canais apontados por Battle Creek, não devem ser ouvidas. As pessoas a quem Deus tem dados Seus recursos estão subordinadas a Ele somente. É privilégio deles darem auxílios e assistência diretamente às missões”. (Spalding-Mangan´s Unpublished Manuscript Testimonies of Ellen G. White, p. 217).

"O Senhor não tem especificado algum canal regular através dos quais devem passar os recursos." - Spalding-Magan Collection, pág. 498 (15 de ago. de 1898).

Quanto a obrigatoriedade de adotar as linhas regulares (Associação/União) para a entrega do dízimo:

“Quando nós percebermos que as linhas regulares estão inalteradas, purgadas e refinadas, e o modelo do Deus do céu está acima das linhas regulares, então é nossa obrigação organizar as linhas regulares. Mas quando nós vemos, mensagem após mensagem que Deus tem dado serem aceitas, mas nenhuma mudança acontecer, exatamente o mesmo como antes, então é evidente que um sangue novo deve ser introduzido às linhas regulares”. (Remarks at a meeting held in Battle Creek College Library, General Conference, April 1901, Ibid., p. 162.)

“Deus não vos obriga a perguntar à Associação ou a qualquer concílio de homens se deveis usar vossos meios conforme vedes apropriado ser para o avanço da Obra de Deus em cidades  e localidades destituídas de recursos, e lugares empobrecidos. Este exatamente é o esquema que tem sido seguido, uma grande quantidade de recursos não deveria ter sido usada em algumas localidades, enquanto tão pouco foi usada  em outros lugares onde o estandarte da verdade ainda não foi erguido. Não devemos imergir nossa individualidade de decisão sob qualquer instituição em nosso mundo. Devemos buscar a sabedoria de Deus, como fez Daniel.” Ela continua a dizer: “ Podemos nós individualmente compreender nossa verdadeira posição,  de que como servos de Deus assalariados não estamos aqui para negociar com a administração; mas que diante do universo celestial nós devemos administrar a verdade a nós confiada? Nossos próprios corações devem ser santificados, nossas mãos devem ter algo para dar conforme a ocasião exigir as rendas que Deus nos confiou”. (Pamphlets in the Concordance, Volume II, p. 467).

O sistema congregacional é contrário ao divino? Parece-me, que afirmar o contrário, seria mais coerente com a pena inspirada, vejamos:

“A sabedoria divina tem abundantes lugares nos quais trabalhar. É para avançar sem pedir permissão ou apoio daqueles de tem dados a eles mesmos o PODER. No passado um grupo de homens tentaram manter em suas próprias mãos o controle de todos os recursos vindo das igrejas e usaram estes recursos da maneira mais desapropriada, erigindo EDIFICIOS CUSTOSOS onde grandes construções eram desnecessárias e não solicitadas, e deixando LUGARES NECESSITADOS sem ajuda e estímulo...  Por anos a mesma rotina, o mesmo “jeito regular” de trabalhar tem sido seguido, e a Obra de Deus tem sido grandemente retardada. Os planos mesquinhos que tem sido aplicados por aqueles que não tinham lucidez e decisões santificadas resultaram numa demonstração que não é aprovada por Deus. Deus nos chama para uma reforma e reavivamento. As “linhas regulares” não tem feito a obra que Deus deseja ver realizada. Deixe a reforma [e] o reavivamento fazerem as contínuas mudanças... Permita que todos os jugos sejam quebrados. Deixe os homens serem estimulados para as realizações que eles têm como responsabilidades individuais” (Spalding-Mangan´s Unpublished Manuscript Testimonies of Ellen G. White, págs. 174–176).

Oh! Por que ninguém nos alertou da existência destas citações do Espírito de Profecias? Vigiai, portanto, lembrando que alguns "movidos pela ganância, e com palavras fingidas...farão de vos negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita." 2Ped. 2:3.

Paz seja convosco, Humberto Caputo.

Leia mais sobre dízimos:

Retornar

Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com