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Estudo Bíblico 7: 
144.000 - Irrepreensíveis Diante do Trono de Deus 
O 
aspecto mais importante e fundamental no estudo dos 144.000 não é saber se o 
número é literal ou simbólico, ou que pessoas farão parte desta classe. Saber 
quais são as caraterísticas que tornam os 144.000 uma classe especial, a fim de 
procurar adquiri-las pela graça de Deus, deve ser o essencial em nossos estudos. 
01 – 
Onde encontraremos estas características? 
Ap 7; 14:1-5; 15:2,3. 
O 
capítulo 7, versos 1-8, descreve a igreja militante e revela que, daqueles que 
estiverem vivendo quando Jesus vier, os que poderão subsistir serão os 144.000. 
Os capítulos 7: 9-17; 14: 1-5 e 15: 2,3 descrevem a multidão representada pelos 
144.000 fruindo o triunfo final no Céu, depois de seu conflito no fim do tempo, 
com a besta e sua imagem, ou seja, a igreja triunfante. 
02 
– Como Ap 7 descreve os 144.000? 
  
  Em outras palavras, obtiveram a vitória sobre o pecado e as manchas do 
  caráter, de modo que os anjos puderam pôr sobre eles o selo do Deus vivo. O 
  selo representa uma lei perfeita que foi escrita nas tábuas de carne do 
  coração. Representa o caráter perfeito de Deus que lhes foi concedido pela fé. 
  O sinal exterior é a observância do sábado (Ex 31:13). Foram também 
  estabelecidos numa experiência sã e permanente com Deus, de modo que podem 
  passar pelo tempo de angústia se mediador, e podem faze-lo só pela graça 
  sustentadora de Cristo e Seu poder. 
  
  “O selo do Deus vivo só será colocado sobre os que são semelhantes a Cristo no 
  caráter... Assim como a cera recebe a impressão do selo, também a alma deve 
  receber a impressão do espírito de Deus e reter a imagem de Cristo”. – SDABC, 
  vol. VII, pág. 970. 
 
  O 
  selo não é alguma “marca que pode ser vista, mas a consolidação na verdade, 
  para que eles [o povo de Deus] não possam ser abalados”. – SDABC, vol. IV, 
  pág. 1.161. 
  
  “Os que desejam ter o selo de Deus em sua fronte precisam guardar o sábado do 
  4º mandamento”. – SDABC, vol. VII, pág. 981. 
 
  
  “Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa 
  vida será de contínua obediência... É por meio do Espírito que o coração é 
  purificado. Por Ele torna-se o crente participante da natureza divina. Cristo 
  deu Seu Espírito como um poder divino para vencer toda tendência hereditária e 
  cultivada para o mal, e gravar Seu próprio caráter em Sua Igreja... A própria 
  imagem de Deus tem de ser reproduzida na humanidade. A honra de Deus, a honra 
  de Cristo, acha-se envolvida no aperfeiçoamento do caráter de Seu povo.” – DTN, 
  pág. 642, 646, 647. 
 
03 – Como Ap. 14:1-5 descreve os 144.000? 
  
  “... Na testa dos santos estava escrito ‘Deus, Nova Jerusalém’ e o novo nome 
  de Jesus.” – PE, pág. 15. 
  
  “O nome do Senhor é misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em 
  beneficência e verdade; ... que perdoa a iniqüidade, e a transgressão, e o 
  pecado (Ex 34:5-7). Da Igreja de Cristo acha-se escrito: ‘Este é o nome que 
  lhe chamarão: O Senhor é nossa justiça’ (Je 33:16). Este nome é aposto a todo 
  seguidor de Cristo. É a herança do Filho de Deus. A família recebe o nome do 
  Pai... Não lhe podereis santificar o nome, nem podeis representa-Lo perante o 
  mundo, a menos que na vida e no caráter representeis a própria vida e caráter 
  de Deus. Isto só podereis fazer mediante a aceitação da graça e justiça de 
  Cristo”. – MDC, pág. 106, 107. 
  
  Na bíblia, o nome comumente representa o caráter da pessoa. A fronte simboliza 
  a sede da inteligência humana. Ter o nome de Cristo e do Pai gravado na fronte 
  denota a aceitação voluntária e o reflexo de Seus característicos (comparar Ap 
  7:3 com 14:1). 
 
  
  “Ninguém, a não ser os 144.000, pode aprender aquele canto, pois é o de sua 
  experiência – e nunca ninguém teve experiência semelhante”. – GC, pág. 654. 
  
  “A experiência é de natureza tão pessoal que somente os que passam por ela 
  podem apreciar a sua significação. Para eles o cântico é o valioso e 
  abrangente resumo das experiências pelas quais eles passaram nas etapas finais 
  do conflito entre o bem e o mal”. – SDABC, vol. VII, pág. 826. 
  
  “'Estes, tendo sido trasladados da terra dentre os vivos, são tidos como as 
  primícias para Deus e para o Cordeiro’ (Ap 14:1-5; 15:3). Estes são os que 
  vieram da grande tribulação (Ap 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal 
  como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da 
  angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final 
  dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois ‘lavaram os seus vestidos, e os 
  branquearam no sangue do Cordeiro’”. GC, pág. 654. 
  
  Interessantes paralelos entre a vida de Jesus e dos 144.000 no período final 
  de suas vidas foram salientados por T.H. Jemilson, em ‘Our firm foundation II, 
  pág. 412-416. 
  1 
  – Jesus não teve intercessor 
  
  “Até então, fora como um intercessor por outros; agora, ansiava alguém que por 
  Ele intercedesse”. – DTN, pág. 659. 
  
  Os 144.000 não terão intercessor 
  
  “Naquele tempo terrível os justos devem viver à vista de um Deus santos, sem 
  intercessor”. – GC, pág. 620. 
  2 
  – Jesus era sem pecado 
  
  “Uma mancha sobre Sua vida humana, uma falha de Sua humildade para resistir à 
  terrível prova, e o Cordeiro de Deus teria sido uma oferta imperfeita, um 
  fracasso para redenção do homem”. – DTN, pág. 705. 
  
  Os 144.000 alcançarão a impecaminosidade 
  
  “Um defeito cultivado em lugar de ser vencido, torna o homem imperfeito, 
  cerrando-lhe a porta da Santa Cidade. O que entra no Céu deve possuir um 
  caráter sem mancha, nem ruga ou coisa semelhante”. – MJ, pág. 144. 
  3 
  – Satanás combateu intensamente a Cristo 
  
  “Satanás viu que, ou venceria, ou seria vencido... Todas as forças da 
  apostasia se puseram a postos contra o Filho de Deus. Cristo Se tornou o alvo 
  de todas as armas do inferno”. – DTN, pág. 116. 
  
  Satanás convocará todas 
  as suas forças contra os 144.000 
  
  “Satanás convocou todas as suas forças, e a cada passo combatia a obra de 
  Cristo. Assim será na grande batalha final do conflito entre a justiça e o 
  pecado”. – DTN, pág. 234. 
  4 
  – Na cruz, o povo insultou a Jesus 
  
  “Confiou em Deus; pois venha livra-Lo agora, se de fato Lhe quer bem”. – Mt 
  27:43. 
  
  Os ímpios insultarão os 
  144.000 
  
  “Os ímpios exultam, e ouve-se o grito de zombaria: ‘Onde está agora a vossa 
  fé? Por que Deus vos não livra de nossas mãos, se sois verdadeiramente Seu 
  povo?’” – GC, pág. 635. 
  5 
  – A prova ressaltou a pureza do caráter de Cristo 
  
  “Todos os esforços de Satanás para oprimí-Lo e vence-Lo, Sá faziam ressaltar, 
  mais nitidamente, a pureza de Seu caráter”. – DTN, pág. 729. 
  
  Os ataques de Satanás 
  contra os 144.000 produzem os mesmos resultados 
  
  “Levante-se a oposição, de novo exerçam domínio o fanatismo e a intolerância, 
  acenda-se a perseguição, e os insinceros e hipócritas vacilarão, renunciando a 
  fé; mas o verdadeiro crente permanecerá firme como uma rocha, tornando-se mais 
  forte a sua fé, sua esperança mais viva do que nos dias da prosperidade”. – GC, 
  pág. 607, 608. 
 
6 –
Jesus concluiu a obra que Deus lhe dera para realizar (ver Jo 17:4) 
No tempo do livramento dos santos de Deus, eles terão realizado, também, a obra 
que Deus lhes confiou para fazer 
  
  Os 144.000 não se contaminaram com mulheres ou igrejas apóstatas. Não devemos 
  compreender, porém, que nunca tiveram nenhuma relação com essas igrejas. Em Ap 
  18:4, vemos o apelo de Deus, para os que estão em Babilônia. Atendendo a este 
  apelo, e abandonando a sua relação, escapam à contaminação dos seus pecados. 
  
  “Uma mulher é muitas vezes usada nas Escrituras para representar uma igreja: 
  uma mulher pura, a igreja verdadeira; e uma mulher imoral, a igreja apóstata 
  (ver Ap 12:1). No capítulo 17:1-5, ... a igreja de Roma e várias igrejas 
  apóstatas que seguem as suas pegadas são simbolizadas por uma mulher impura e 
  suas filhas. É a essas igrejas que o profeta certamente se refere aqui.” – 
  SDABC, vol. VII, pág. 826. 
  
  “Visto que toda a passagem é figurada, a virgindade literal, quer de homens ou 
  de mulheres, não é o ponto que está sendo considerado. Se fosse, esta passagem 
  contradiria outras passagens que enaltecem o casamento e a relação matrimonial 
  (ICo 7:1-5). Os santos são aí chamados virgens porque permaneceram afastados 
  de Babilônia ou não tem mais nada que ver com ela... eles romperam toda 
  ligação com Babilônia e suas filhas quando estas se tornaram as 
  instrumentalidades de Satanás em seu derradeiro esforço para extirpar os 
  santos’. - SDABC, vol. VII, pág. 826. 
  
  “São chamados virgens porque professam fé pura.” – PJ, pág. 406. 
  A 
  fé pura inclui não somente o conhecimento da verdade, mas também o ato de dar 
  permissão ao Espírito Santo (simbolizado pelo azeite) para transformar a 
  verdade numa experiência viva e pessoal nas coisas de Deus, semelhante à de 
  Cristo. 
 
  
  “Não precisamos esperar até sermos trasladados para seguir a Cristo. O povo de 
  Deus pode fazer isto aqui na terra. Só seguiremos o Cordeiro de Deus nas 
  cortes celestiais se O seguirmos aqui. Segui-lo no Céu depende de guardarmos 
  os Seus mandamentos agora. Não devemos seguir a Cristo de modo esporádico ou 
  inconstante, só quando isso nos é vantajoso.” – SDABC, vol. VII, pág. 978. 
 
  A 
  idéia de que os 144.000 são ‘primícias’ está repleta de significação. Os 
  antigos israelitas ofereciam as primícias de suas colheitas ao Senhor (ver Dt 
  26:1-11; Lv 23:10,17). Isso constituía o reconhecimento do amor de Deus em 
  possibilitar a colheita. 
  A 
  expressão ‘primícias’ tem referência à qualidade. De todos os redimidos da 
  Terra, esses são os que tiveram uma experiência bem mais probante e 
  purificadora portanto, são os primeiros em qualidade (Milhões desejam a 
  salvação; milhares desejam fazer parte dos 144.000; porém, quão poucos desejam 
  ter o caráter que Deus exige). 
  
  Os 144.000 são primícias de uma colheita maior por ocasião da 2ª vinda de 
  Cristo. São os que nunca provaram a morte neste mundo. Serão trasladados para 
  terem comunhão com Cristo no Céu, onde celebrarão uma reunião com Jesus e as 
  outras ‘primícias’. 
 
  
  “O evangelho de Jesus Cristo transforma o homem pecaminoso e errante em alguém 
  que não tem presunção, fingimento, dolo e pecado.” – SDABC, vol. VIII, pág. 
  827. 
  
  Lembramo-nos das palavras de Sf 3:13 – ‘Os restantes de Israel não cometerão 
  iniqüidade, nem proferirão mentira, e na sua boca não se achará língua 
  enganosa, porque são apascentados, deitar-se-ão, e não haverá quem os espante. 
  Os 144.000 são vivos exemplos do nono mandamento (Ex 20:16). 
  
  “O selo de Deus... jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de 
  língua falsa ou coração enganoso”. – TS, vol. II, pág. 71. 
 
  O 
  vocábulo grego que aparece nesse trecho significa ‘irrepreensíveis’, ‘sem 
  mácula’, ‘sem defeito’. A mesma palavra é usada em IPe 1:19 para descrever a 
  Jesus – ‘sem defeito e sem mácula’. Como poderia ser melhor retratado o 
  caráter dessas ‘primícias para Deus e para o Cordeiro’, do que pelo uso de 
  alguns termos idênticos aos que são utilizados para descrever o nosso Senhor? 
  Eles receberam a justiça de Cristo e refletiram a glória do Seu caráter.  
 
04 – Quais serão as atividades dos 144.000? 
  
  “E quando estávamos para entrar no Santo Templo Jesus levantou Sua bela voz e 
  disse: ‘Somente os 144.000 entram neste lugar’, e nós exclamamos: ‘Aleluia’”. 
  – PE, pág. 19. 
 
05 – O que é necessário para assegurar nossa participação nesta classe especial? 
  É 
  muito evidente que os traços distintivos possuídos pelos 144.000 não podem ser 
  obtidos de outro modo que não pela entrega completa a Deus, o qual nos 
  capacita a resistir ao inimigo. ‘Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, 
  e ele fugirá de vós’ (Tg 4:7). Sem Cristo nada podemos fazer (Jo 15:5). Mas 
  com Ele todas as coisas são possíveis (Fl 4:13). 
  
  Os alvos de Deus para os remidos são elevados, e Sua graça habilitadora é 
  adequada para que sejam alcançados. Precisamos resistir à tendência de reduzir 
  os requisitos de Deus a algum nível inferior que as pessoas julgam poder 
  atingir. Deus nunca prometeu o reino aos que não cumprem os requisitos 
  estabelecidos por Ele. A afirmação de Paulo pode ser nossa: ‘Tudo posso 
  nAquele que me fortalece’ (Fl 4:13). Pelo extraordinário poder de Sua graça em 
  nosso íntimo poderemos estar entre os que entrarão no Céu com ‘um caráter sem 
  mancha nem ruga ou coisa semelhante’ – MJ, pág. 144. Esta será a experiência 
  de todos os remidos. Os que morrem crendo têm perfeição atual às portas da 
  morte (ver Cl 2:10). Os fiéis que viverem até quando Jesus vier experimentarão 
  ininterrupta vitória em virtude da contínua habitação do Espírito Santo no 
  coração deles. 
  
  “O ideal de Deus para Seus filhos é mais alto do que pode alcançar o 
  pensamento humano. ‘Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está 
  nos céus’. Este mandamento é uma promessa”. – DTN, pág. 293. 
 
“Tudo que deve ser feito a Seu mando pode ser cumprido por Seu poder. Todas as 
Suas ordens são promessas habilitadoras”. – PJ, pág. 333. 
Referências: 
SDABC - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia 
DTN - Desejado de Todas as Nações 
PE - Primeiros Escritos 
MDC - Maior Discurso de Cristo 
GC - O Grande Conflito 
MJ - Mensagens aos Jovens 
PJ - Parábolas de Jesus 
TS - Testemunhos Seletos 
Valdir Abreu dos Santos 
Estudos Bíblicos Anteriores: 
 
Reação de leitor: 
  Caro Robson , não pude deixar de ler a matéria sobre os 
  144.000 e é interessante notar que existem pessoas totalmente perfeccionistas
  (Os 144.000 alcançarão a impecaminosidade)
  em nosso meio achando que os 144.000 atingirão total perfeição , é 
  claro que atingiremos uma perfeição relativa em nossa vida , mas isso acontece 
  com todos por conta da santificação. 
Ao estudar a Bíblia não pude deixar de estudar a questão do 
perfeccionismo. E estudar este assunto é fácil e envolve uma única pergunta:
Quando nos tornaremos  perfeitos? Ou melhor: Quando 
Cristo nos tornará perfeitos? 
Para responder esta pergunta basta uma única passagem: 
  I Corintios 15 
  50 Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem 
  herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção. 
  51 Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos 
  transformados, 
  52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; 
  porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis,
  e nós seremos transformados. 
  53 Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da 
  incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. 
 
O texto esta claro só seremos incorruptiveis quando Cristo 
voltar e nos transformar. E qualquer pretensão de colocar a perfeição antes 
desse momento é colocar as nossas obras como sendo perfeitas e dignas de herdar 
a vida eterna sem Cristo como nosso substituto. -- Gilberto do Nascimento 
Júnior 
 
Nota do Editor: 
Respeito sua opinião, irmão Gilberto, 
mas entendo que o texto citado se refere à transformação física pela qual nosso 
corpo passará por ocasião da transladação. Os mortos ressuscitam com corpo 
incorruptível e os vivos serão todos transformados. Assim, será erradicada nossa 
propensão genética para o mal e não mais estaremos sujeitos à morte, graças à 
salvação que nos é dada por Deus, através de Cristo Jesus. 
Quanto à perfeição ainda nesta vida, 
creio que Aquele que deu a ordem para que sejamos perfeitos, como perfeito é 
nosso Pai, dá-nos também o poder necessário para cumpri-la, pois o Senhor não 
nos prova acima do que podemos suportar nem nos dá ordens para o cumprimento das 
quais não nos habilite. Se fracassamos, é por nossa culpa. Se somos vitoriosos, 
é graças a Seu poder. -- Robson Ramos.  
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