Ex-Office-Boy de Associação Conta o que Sabe - 2

Quando a secretária do pastor A... foi embora para os Estados Unidos, depois de casar-se, só pude contar com a força do assistente de tesoureiro (É...), que gostava muito do meu trabalho.

Muitos na A..., inclusive o É..., não se conformavam com a perseguição contra mim, um simples office-boy. Todos tinham certeza de que eu não conseguia uma promoção porque o pastor A... tinha decidido intimamente me prejudicar. Muitos que tinham menos capacidade do que eu subiam de cargo e, comigo, nada! Estava fazendo faculdade e pessoas, que nem tinham completado seus estudos, passavam para funções melhores.

A nova secretária que substituiu minha amiga, viu que seu chefe não gostava de mim. Por isso, não fez esforço nenhum para ser simpática comigo. Lógico que, através de muita bajulação, mais adiante ela trouxe sua irmã e sua prima para trabalhar na A... .

O tempo foi passando. Eu, aconselhado por muitos para ter paciência, pois, quem sabe, o pastor esquecia tudo isso. De vez em quando, tinha que suplicar para que esse homem não me mandasse embora!

Em uma das vezes que fui chamado para levar bronca, o pastor A... disse que peixe pequeno tem que ficar quieto, que o dia que eu fosse alguém lá dentro (hierarquicamente falando) poderia dizer alguma coisa!

Quando era minha vez de apresentar o culto, ao contrário de ler uma parte de um devocional, pegava minha Bíblia e pregava nos cultos da A...  Enquanto os pastores me elogiavam, o pastor A... pedia que eu "abaixasse minha bola", pois eu não era pastor. Era uma tristeza!

Como já disse, pessoas que davam valor ao meu trabalho, diziam que eu deveria ter sido promovido há tempo... Essas mesmas pessoas até hoje dizem que não houve melhor office-boy na A... do que eu.

Na Obra, o nepotismo e a ausência de profissionalismo tornam o ambiente de trabalho muito pior que no mundo, porque o que vale não é a competência. As pessoas tornam-se egoístas e covardes, porque temem perder suas mordomias. Enquanto isso, os protegidos usam e abusam...

Certa ocasião, surgiram boatos com relação a um casal de funcionários (casados, mas não entre si). Os dois teriam sido vistos inúmeras vezes saindo juntos (a serviço ou não). E muitas vezes,  ele comparecia à casa dela, porque seu carro ficava estacionado na porta. 

Por coincidência, eu estava morando na ocasião bem próximo a casa dela e, conseqüentemente, ocasionalmente notava esses encontros. Até que um departamental chegou para mim e perguntou se os dois estavam se encontrando! 

Na hora, não quis responder, mas esse pastor disse que seria como uma informação dada por uma pessoa anônima, que o assunto seria resolvido para ajudá-los... Chegou até a comentar que não devemos ver o pecado do irmão e sem procurar ajudá-lo, porque, assim, nos tornamos cúmplices do mesmo. Eu pretendia conversar primeiro com o colega envolvido, mas o pastor insistiu e confirmei aquilo que ele mesmo tinha visto!

Quando o assunto foi levado até os dois, disseram que eram somente amigos e não precisavam de ajuda alguma. E sobrou para mim! Quando o assunto chegou à mesa administrativa, como sempre, quem agitou tudo deu um jeito de permanecer na Associação. E eu, perdi o amigo e uma das únicas proteções contra o pastor A... -- CCM

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