Papa pede que bispos optem
pela pobreza
Domingo, 30 de setembro de 2001, 08h24
O Papa João Paulo II inaugurou este domingo o Sínodo de Bispos pedindo que os
4.500 religiosos da igreja Católica optem pela pobreza para recuperar a
credibilidade entre os fiéis. O Papa concelebrou uma missa na basílica de São
Pedro com 200 cardeais, bispos e outros prelados, membros do Sínodo, que, a
partir da próxima segunda-feira e até o dia 27 de outubro, farão, no
Vaticano, uma espécie de "exame de consciência" sobre o papel do
bispado em um mundo em transformação.
O Papa, que chegou com quinze minutos de atraso, foi conduzido
até o altar visivelmente fatigado depois de sua viagem apostólica pelo
Cazaquistão e Armênia, de onde voltou na quinta-feira passada. Em sua homilia,
pediiu aos bispos que façam um exame de consciência sobre sua atitude ante os
bens terrenos e o uso que se faz deles".
"É a vida da pobreza que fará possível transmitir a
nossos contemporâneos os frutos da salvação. Como bispos, somos chamados a
ser pobres a serviço do evangelho".
Fonte: http://www.terra.com.br/noticias/mundo/2001/09/30/017.htm
Bispos se reúnem para um "exame de
consciência"
CIDADE DO VATICANO - O Papa João Paulo II vai iniciar
este domingo no Vaticano, o Sínodo de Bispos, para discutir a função do
religiosos, uma espécie de "exame de conciência" sobre o papel dos
bispos neste mundo em ebulição.
"Os bispos farão um exame de consciência e falarão, antes de tudo, sobre
si próprios", destacou o cardeal belga Jan Schotte, secretário geral dos
sínodos, durante uma entrevista à imprensa realizada este sábado no Vaticano.
O Sínodo, que durará quase um mês, já que inclui o dia 27 de outubro, poderá
terminar com uma mensagem da comunidade eclesiástica sobre o terrorismo, ante
os atentados sem precedentes de 11 de setembro nos Estados Unidos.
No total, 280 bispos participarão do Sínodo, segundo o cardeal Schotte. Entre
eles, 247 foram escolhidos pelas conferências episcopais de seus países.
O tema do terrorismo, e em particular dos atentados em Nova York, será tratado
segunda-feira pelo cardeal Edward Egan, arcebispo de Nova York, relator geral da
assembléia dos bispos, que foi ao escombros do WTC minutos depois dos atentados
para dar assistência às vítimas.
"Ele contará sua experiência, porque sua presença ali, apenas dez
minutos depois dos atentados, demonstra que o papel do bispo é estar ao lado de
sua gente", assegurou Schotte.
O Papa, que abrirá a assembléia com uma missa solene na Basílica de São
Pedro, da qual participarão quase 300 cardeais, bispos e religiosos
provenientes de todos os continentes, se dedicará a partir desta segunda-feira
ao Sínodo.
Um série de dispositivos de segurança foram disponibilizados pela polícia
italiana, assim como serviços de segurança do Vaticano, para garantir a
realização do Sínodo, do qual participaram 61 cardeais, 103 arcebispos e 9
patriarcas.
Os bispos discutirão "Como deverá ser o bispo do próximo milênio",
assegurou o cardeal Schotte.
"O fundamentalismo religioso, inimigo do diálogo e da paz", é
denunciado no documento como um dos desafios a serem enfrentados pelos
religiosos.
O papel do Papa, sua supremacia como
bispo de Roma, também será abordado, "ainda que tenha sido considerado
tema para um sínodo especial, já que se trata de um assunto muito
complexo", comentou Schotte, que há 16 anos é secretário geral do
sínodos (reunião criada pelo Papa Paulo VI, para dar mais voz às igrejas
locais).
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/home/editorial/stories/editorial_body/0,1205,630067,00.html
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