China e Vaticano Planejam Reconciliação

A China e o Vaticano preparam um plano para superar suas diferenças históricas, o que poderia até mesmo abrir o caminho para o estabelecimento de relações diplomáticas plenas, afirmou a publicação Far Eastern Economic Review na quarta-feira (26/09/01).

Uma série de comunicados cuidadosamente coreografados e vários encontros nas próximas semanas devem acabar com as décadas de hostilidade entre o pequeno Estado europeu e a China comunista, afirmou a revista, que chega às bancas nesta quinta-feira. A China expulsou o corpo clerical estrangeiro e cortou relações com o Vaticano nos anos 50.

A publicação escreve que o governo chinês deseja acabar com as diferenças por razões políticas. "No caso de um reconhecimento diplomático mútuo, o Vaticano seria obrigado a cortar suas relações com Taiwan", afirmou a revista. "Esse reconhecimento também enfraqueceria a posição de meia dúzia de países predominantemente católicos da América Central que mantêm laços com Taiwan".

A China e Taiwan são rivais desde 1949, quando os nacionalistas chineses perderam a guerra civil para os comunistas e fundaram uma nova base na ilha.

Atribuindo suas informações a membros da Igreja Católica e de serviços diplomáticos, a revista disse que o restabelecimento das relações deve começar no dia 14 de outubro.

Nesse dia estudiosos católicos de todo o mundo encontram-se em Pequim (capital chinesa) para uma conferência que marca os 400 anos do começo da missão do jesuíta italiano Matteo Ricci na China, em 1601.

A publicação semanal afirmou que uma cerimônia semelhante deve acontecer em Roma (capital italiana, onde está o Vaticano), no final daquele mês. Nessa data, o papa João Paulo II irá apresentar alguma forma de desculpa pelos erros cometidos por sua igreja na China.

Fonte: http://www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/noticias/mundo/2001/09/26/066.htm

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