Judeus celebram a chegada do Yom Kipur (Dia
da Expiação)
SÃO PAULO - Começa no pôr-do-sol desta quarta-feira
a mais importante festa do calendário judaico. Os judeus de todo o mundo e das
50 sinagogas de São Paulo comemoram o Yom Kipur (dia do perdão ou da expiação),
que só termina no pôr-do-sol de amanhã. O dia de jejum é dedicado a orações
e marca o fim de dez dias dedicados à reflexão e introspecção.
Iniciado na noite do dia 17, o Rosh Hashaná (ano novo judaico), celebra a
chegada do ano 5762 do calendário judaico. Os últimos dez dias foram
considerados pela comunidade judaica tempo de julgamento divino, durante o qual
o destino do ano que se inicia é determinado.
Nas sinagogas acontecerão rezas durante todo o dia. Na Congregação Israelita
Paulista, a comemoração será celebrada pelo rabino Henry Sobel e terá a
presença da prefeita Marta Suplicy.
Segundo a Federação Israelita Paulista, não estão marcadas atividades
especiais relacionadas à paz mundial devido o atentado terrorista ocorrido nos
Estados Unidos.
A Federação havia pedido que as sinagogas paulistas incluíssem no serviço
religioso de Rosh Hashaná e no Yom Kipur orações em memória das vítimas dos
atentados nos EUA.
calendário judaico
O ciclo anual de festas do judaísmo começa com o Rosh Hashaná (Ano Novo), no
mês de tisri (setembro-outubro), considerado tempo de julgamento divino,
durante o qual o destino do ano que se inicia é determinado. É também um período
de arrependimento, que se completa, ao fim de dez dias, com o Yom Kipur (dia da
expiação), quando se jejua.
Cinco dias depois, o Sukot (a festa dos tabernáculos), comemora a travessia do
deserto por ocasião do Êxodo do Egito. A festa de Hanuká, nos meses de
quislev e tevet (dezembro-janeiro), comemora a consagração do templo de
Jerusalém pelos Macabeus.
Em adar (fevereiro-março), a festa de Purim lembra o episódio relatado no
Livro de Ester, em que os judeus da Pérsia foram poupados da destruição. Em
março-abril, no mês judaico de nissan, o Pessach (Páscoa) comemora o Êxodo e
também a primavera (no hemisfério norte).
Entre a Páscoa e o Pentecostes estende um período de luto parcial em que não
se celebram casamentos. Os meses de tamuz e ab (junho-julho-agosto) estão
associados ao luto pela destruição do templo de Jerusalém e o exílio. O mês
de elul, o último do ano, é marcado pela preparação para o novo ano.
Guerra do Yom Kipur
No dia 6 de outubro de 1973, no feriado judaico do Yom Kipur naquele ano, Síria
e Egito atacam as posições israelenses no deserto do Sinai e nas colinas de
Golã, iniciando a Guerra do Yom Kipur.
A ofensiva é uma tentativa de recuperar as áreas perdidas para Israel na
Guerra dos Seis Dias e responder aos bombardeios israelenses na Síria e no Líbano.
A guerra dura 19 dias, não provoca alterações territoriais e chega ao fim com
a intervenção das potências mundiais.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/home/editorial/stories/editorial_body/0,1205,627947,00.html
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