Cardeais Discutem Proposta de Democratização do Poder Papal


O QUE DIZ O NOTICIÁRIO CATÓLICO

Código: ZS01092803 - Data publicação: 2001-09-28
A questão da colegialidade: Debate no sínodo dos bispos

As relações entre o Papa e o episcopado

CIDADE DO VATICANO, 28 setembro 2001 (ZENIT.org).- Como fazer mais fluídas e eficazes as relações dos bispos entre si e dos bispos com o Papa e a Cúria romana? Este será um dos temas de discussão do Sínodo dos bispos que se celebrará durante quatro semanas em Roma a partir de domingo. O assunto foi também um dos debates mais marcantes do consistório extraordinário de cardeais que João Paulo II convocou de 21 a 24 de maio último.

Ao menos oito dos sessenta cardeais que tomaram a palavra durante aquela cúpula eclesiástica confrontaram a questão.

O primeiro a pôr o argumento sobre a mesa de discussão foi João Paulo II, que na carta apostólica «Novo millennio ineunte» (N. 44) pede um compromisso mais intenso para «valorar e desenvolver aqueles âmbitos e instrumentos que, segundo as grandes diretrizes do Concílio Vaticano II, servem para assegurar e garantir a comunhão. Como não pensar, acima de tudo, nos serviços específicos da comunhão que são o ministério petrino e, em estreita relação com ele, a colegialidade episcopal?».

A discussão do consistório oferece interessantes pistas para as sessões de trabalho do Sínodo. O cardeal britânico do Westiminster, Cormac Murphy-O’Connor, por exemplo, pediu «um exame sério do método de trabalho dos Sínodos». «Nunca Pedro sem os onze (quer dizer, os outros apóstolos), mas nunca os onze sem o Pedro», explicou.

O cardeal Achille Silvestrini, até recentemente prefeito da Congregação vaticano para as Igrejas Orientais, constatou que os Sínodos em ocasiões se convertem em «monólogos sem debate e sem resposta».

Quem mais importância deu a este argumento foi possivelmente o cardeal belga Godfried Danneels, arcebispo do Malines-Bruselas, que chegou a convocar uma entrevista coletiva para confrontar pessoalmente este argumento. O primado da Bélgica propôs uma idéia que vinha desenvolvendo faz tempo, que é: oferecer ao bispo de Roma uma consulta mais freqüente dos bispos que estão no local dos fatos. Para isso, o cardeal propõe que os bispos do mundo se reúnam em sínodos celebrados com outra metodologia. Em concreto pediu a possibilidade de que cada um escolha os temas de discussão livremente, sem seguir um tema específico.

«Tal e como está organizado, o Sínodo não favorece o desenvolvimento de uma autêntica cultura do debate dentro do "colégio" dos bispos reunido em torno do Papa --considera Danneels--. Na sala-de-aula sinodal não se dá uma autêntica discussão. Primeiro se assiste a uma longa série de intervenções livres, onde se fala de tudo durante duas semanas. Depois falta o tempo para concentrar a atenção sobre os pontos específicos e para tirar conclusões eficazes. Escreve-se algo em uma noite e se deixa tudo nas mãos da Papa».

O cardeal Bernard Francis Law, arcebispo de Chicago, como típico americano prático, ofereceu uma proposta muito concreta à assembléia do consistório. Propôs que se tenham «Sínodos anuais sem tema», mais breves e de livre intercâmbio sobre as questões do momento.

Estas duas últimas propostas provocam sérios interrogações no também cardeal Jan Pieter Schotte, secretário geral do Sínodo, quem considera que a metodologia atual é uma garantia para que todos os bispos possam tomar a palavra livremente.

Ao apresentar o «Documento de trabalho» da Assembléia, no 1º de junho, este cardeal belga constatou que se não se organizarem bem os temas e os tempos das intervenções, corre-se o risco de que só tomem a palavra bispos com capacidade de mobilização, enquanto que prelados de países onde a Igreja é uma pequena minoria ou com menos personalidade poderiam ser silenciados.

O debate está apenas começando...

Fonte: http://zenit.org/spanish/visualizza.phtml?sid=10542


O QUE DIZ A IMPRENSA "SECULAR"

Papa se reunirá com os bispos do mundo em um momento dramático  

09:05 28/09

CIDADE DO VATICANO - O Papa João Paulo II convocou para o Vaticano, a partir deste domingo 30 de setembro até 27 de oububro, uma assembléia geral dos bispos para debater sobre o ofício de ser religioso em um mundo marcado pelo terrorismo e pela ameaça de uma guerra de religiões.

A assembléia geral de Bispos, o Sínodo de Bispos, será aberta domingo com uma missa solene presidida pelo sumo pontífice na Basílica de São Pedro e na qual participarão cerca de 200 cardeais, bispos e religiosos provenientes de todos os continentes.

Recém-chegado do Cazaquistão e Armênia, durante cuja visita pediu sem cessar pela paz no mundo, embora tenha justificado a guerra contra o terrorismo, o Papa se concentrará a partir de segunda-feira nos trabalhos do Sínodo, nos quais deverá participar todos os dias.

Por quatro semanas, os prelados debaterão sobre o "ofício de bispo", seus desafios e obrigações, e dificilmente poderão evitar um dos temas mais difíceis da atualidade, como a crise mundial provocada pelos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos e que pode resultar em um conflito entre o Ocidente católico e o mundo muçulmano.

A imagem do bispo, em um mundo em perene transformação, será um dos argumentos-chave do debate, segundo o documento de trabalho elaborado pelos prelados e cujo título é "O bispo servidor do Evangelho de Jesus Cristo para a esperança do mundo".

Ante o Papa, os chamados "padres sinodais", designados pelas conferências episcopais de seus países, ilustrarão as próprias experiências em todos os continentes.

"Estamos no início de um novo milênio da era cristã, caracterizado por particulares situações sociais e culturais, uma nova época, às vezes definida como pós-modernismo ou pós-modernidade", afirma o texto, que pede aos prelados que se mobilizem com "novo impulso".

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/home/editorial/stories/editorial_body/0,1205,629283,00.html 


28/09 - 09h35
Papa reunirá bispos para discutir papel dos religiosos

Das Agências

O Papa João Paulo II convocou uma assembléia geral de bispos para debater sobre o papel dos religiosos durante momentos de tensão mundial.

A X assembléia geral de Bispos ou Sínodo de Bispos será aberta neste domingo com uma missa solene presidida pelo sumo pontífice na Basílica de São Pedro e na qual participarão cerca de 200 cardeais, bispos e religiosos provenientes de todos os continentes.

Recém-chegado do Cazaquistão e Armênia, o Papa se concentrará a partir de segunda-feira nos trabalhos do Sínodo, nos quais deverá participar todos os dias.

Por quatro semanas, os prelados debaterão sobre o ofício de bispo, seus desafios e obrigações e dificilmente poderão evitar um dos temas mais difíceis da atualidade, como a crise mundial provocada pelos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos e que pode resultar em um conflito entre o Ocidente católico e o mundo muçulmano.

A imagem do bispo, em um mundo em perene transformação, será um dos argumentos-chave do debate, segundo o documento de trabalho elaborado pelos prelados e cujo título é "O bispo servidor do Evangelho de Jesus Cristo para a esperança do mundo".

Ante o Papa, os chamados padres sinodais, designados pelas conferências episcopais de seus países, ilustrarão as experiências de seus próprios continentes.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/Internacional/Internacional.idc?conta1=233440

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