Oração do Pai Abandonado

Sou pai, Senhor.
E sempre fiz o máximo para ser amigo dos meus filhos.
Brincava com eles, quando eram pequenos.
Esconde-esconde, pique, casinha, bola, bicicleta...
Todas aquelas brincadeiras de criança, que o Senhor também conhece.
Passeava com eles no campo, na praça, no parque...
Pipoca, algodão-doce, picolé, frutas, chiclete,
Sempre que podia, eu comprava para eles.
Ficavam tão contentes, Senhor!

Enquanto isso, foram crescendo.
E na adolescência deles, continuei fazendo tudo que podia para que permanecêssemos amigos.
Que eu me lembre, nunca foi autoritário.
Sempre conversava com eles e jamais os obriguei a pensar do meu jeito.
Apenas trocava idéias. E até aprendi muita coisa com eles!
A gente se dava tão bem... Lembra, Senhor?
E eu esperava continuar amigo dos meus filhos, assim que ficassem adultos.
Sonhava visitar a casa deles, de vez em quando, depois que se casassem.
Brincar com os filhos deles, como brincava com eles quando eram meninos.
Ser amigo dos meus netos também, Senhor!
E quase deu certo.

Apenas quase
Porque, um dia – o Senhor sabe – um deles saiu como se fosse ao trabalho
e nunca mais voltou para casa.
Deixou somente aquela carta, dizendo que queria viver a vida do seu jeito, "em liberdade".
E nunca mais deu notícias, Senhor!

Não sei por onde ele anda.
Não sei o que está fazendo.
Mas, Tu sabes. Conheces todos os seus caminhos, todos os seus passos...
(Aliás, não só os passos dele, mas os de todos nós!)
E isso me deixa mais tranqüilo.
Mesmo assim, peço de novo ao Senhor que, se possível, traga-o de volta.
Eu o espero todos os dias!

Ah, eu já ia me esquecendo...
Parabéns também, Senhor, pelo Dia dos Pais.
Afinal, Tu és o grande Pai de todos nós.

-- Robson Ramos

 


 

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