Nova Série - Artigo Nº 1
Irmão Paranaense Acrescenta Maior Luz ao Tema da Justificação pela Fé

Texto 1
"Pergunto: Como posso apresentar este assunto assim como é? O Senhor Jesus comunica todo o poder, toda a graça, toda a penitência, toda a inclinação, todo o perdão dos pecados, ao apresentar Sua justiça para que o homem dela se apodere por meio de fé viva – a qual também é o dom de Deus. Se juntássemos tudo que é bom e santo, nobre e belo no homem, e apresentássemos o resultado aos anjos de Deus, como se desempenhasse uma parte na salvação da alma humana ou na obtenção de mérito, a proposta seria rejeitada como traição". (Fé e Obras, pág. 21)

Texto 2
"O que é justificação pela fé? – É a obra de Deus ao lançar a glória do homem no pó e fazer pelo homem aquilo que ele por si mesmo não pode fazer." – (Testemunhos para Ministros, pág. 456)

Texto 3
"Vários me escreveram, indagando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e tenho respondido: 'É a mensagem do terceiro anjo, em verdade'." (Eventos Finais, pág. 172)

Texto 4
"Maior luz brilhará sobre todas as grandes verdades da profecia, e serão compreendidas com vivacidade e brilho, porque os radiantes raios do sol da justiça iluminarão todo o conjunto." (Evangelismo, pág. 198)

Passo agora, a apresentar um pequeno esboço, no temor do Senhor, conforme a luz que creio firmemente ter recebido Dele, considerando em primeiro lugar, que:

Vemos a justiça imputada como aquilo que Deus fez pelo homem em Cristo, e a comunicada como aquilo que o Espírito Santo faz no homem e por meio dele. Assim:

Justificação = Justiça imputada (perdão dos pecados, passados, presentes e futuros; porta do Céu aberta para todo o que crê; homem declarado inocente no julgamento; título ao Céu.) 

Santificação = Justiça Comunicada (aperfeiçoamento gradativo em Cristo, preparo para morar no Céu, idoneidade para o Céu).

Justificação e santificação provêm da mesma fonte e portanto não podem dar ou acrescentar nenhum mérito ao mesmo (Texto 1).

De forma simples, permita-me colocar um exemplo: 

Você recebe gratuitamente de alguém que o ama um carro novo. Este carro é seu. Sem nenhum custo, de graça (justiça imputada). Que falta então para que você possa desfrutar dele? Aprender a dirigir. Entra em cena a justiça comunicada! Nosso Amado instrutor agora irá ensiná-lo a dirigir, de maneira que você possa desfrutar da melhor maneira possível este presente, esse dom. Esse preparo é eterno. Quanto mais você "aprende a dirigir", melhor você desfrutará desse presente. É amor do início ao fim. 

...A primeira (imputada) é nosso título ao Céu, a segunda, nossa adaptação ("idoneidade" – diz outra versão) para ele...

Considerando o texto inspirado de número 3, a mensagem do terceiro anjo (profecia) é apresentada como sendo a justificação pela fé, não cometemos nenhum erro ao afirmar então que a justificação pela fé se enquadra no texto de número 4. Então, considerando este outro texto, vemos que luz acrescentada brilhará sobre o tema justificação pela fé também.

O que isto representa?

"A justificação pela fé de 1888 foi sem igual, e não foi somente a restauração daquilo que os reformadores tiveram centenas de anos atrás. Jones e Wagonner viram que a genuína justiça pela fé, desde 1844, é uma experiência ministrada no lugar santíssimo. Não está relacionada principalmente com preparar pessoas para a morte (como é o caso da justificação pela fé convencional), mas com preparar uma corporação do povo de Deus para a transladação, por ocasião da vinda de Cristo. A grande controvérsia entre Cristo e Satanás não pode ser concluída até que se desenvolva uma tal demonstração. Assim está evidente que visões de igrejas populares, que não seguem a Cristo pela fé no Seu ministério no Lugar Santíssimo, não podem ser a justificação pela fé da 'verdade presente'. A IASD tem uma mensagem especial, sem igual do evangelho eterno, confiada a nós. A união da doutrina da justificação pela fé com o ministério de Cristo no Lugar Santíssimo é tida como o gênio da mensagem da era de 1888." -- Wielland, em Out of Africa.)

Não comentarei a validade da inspiração destes mensageiros (Wagonner e Jones). Creio que a mensageira do Senhor nos deixou bem esclarecidos a este respeito. Mais que isso, afirmo que se estivermos nos detendo em defender o ministério da mensageira do Senhor, defendendo os escritos destes dois mensageiros (W e J), de alguma forma o inimigo estará conseguindo alguma vitória mesmo entre os que professamos estar em pé. Porque se é verdade que o Senhor comunicou uma luz "acrescentada" a estes dois mensageiros, também é verdade que não podemos nos deter sequer na mensagem que eles receberam. O que devemos é buscar do Senhor a luz da "verdade presente" para hoje, e chegarmos, pela graça de Deus, onde nem a mensageira do Senhor nem estes homens chegaram.

Assim, considerando o relato inspirado de Testemunhos para Ministros, pág. 104, que diz: "Se julgo ter luz, cumprirei meu dever apresentando-a. Suponde que eu consultasse os outros quanto à mensagem que o Senhor quer que dê ao povo; poderia a porta fechar-se de modo que  a luz não pudesse alcançar aqueles para quem Deus a enviou."  

Assim, com base neste último texto, sinto-me fortalecido para dar a meus irmãos a oportunidade de analisarem se há, ou não, luz naquilo que temos estudado. Se o preço por parte dos incrédulos ou dos presos à interpretação histórica passada for o vitupério e o escárnio, será um preço razoável por todas as almas sedentas que poderão ver a luz que porventura ali esteja. 

O fundamento é Cristo

“Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nesta parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; MAS O TAL SERÁ SALVO, todavia como pelo fogo. Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. (I Cor. 3: 11 a 17)

O apóstolo apresenta pessoas que aceitam a Cristo e sobre este fundamento (a fé nEle!) começam a edificar sua vida. Um grupo tem como obras em Cristo, pedras preciosas, ouro e prata. São as obras representadas por minerais que não queimam, pedras, ouro e prata. Apenas demonstram seu valor, ou seja, purificam-se com o fogo, não se queimam.

Lembremo-nos das doze tribos representadas pelas doze pedras que estavam incrustadas no éfode do Sacerdote. Elas estavam ali, representando os filhos de Israel que "seguem o Cordeiro por onde quer que vá". Quando o sacerdote humano, que representava a Cristo, espunha-se ao "fogo consumidor" da glória de Jeová, as "pedras" agarradas ao sacerdote não se queimavam. (Ver Apocalipse 21:17-21.)

Observe ainda que, em Apocalipse 7:4 , lemos que os assinalados eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel . Por outro lado, "a grande multidão a qual não se podia contar" é formada de todas as nações, tribos e povos e línguas, conforme versículo 9. Estes, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos

Quem são os filhos de Israel hoje? Adventistas do Sétimo Dia, estes receberam de Deus a mensagem de saúde, que prepararia seu corpo -- como um templo puro para resistirem à luz que emanará da glória de Jesus quando vier como Rei e não mais como Sacerdote -- e sua mente -- para entenderem a mensagem da justificação pela fé, que preparará um povo com tamanha fé que devidamente provada resistirá no tempo da angústia quando sem intercessor o inimigo os assaltará com as mais terríveis provas, tentando demovê-los desta fé. 

Assim é que a mensagem de saúde é o braço direito da justificação pela fé, ou mensagem do terceiro anjo. Juntas, justificação pela fé e mensagem de saúde preparam este povo para seguir o Cordeiro onde quer que vá. Na epístola aos hebreus, eles são apresentados como "raça eleita, sacerdotes de Deus". 

Creio, irmãos, que os cento e quarenta e quatro mil edificam sobre Cristo ("a fé de Jesus") e suas obras são comparadas à pedra, ouro e prata, porque têm como base "os mandamentos de Deus". É por isso também que resistem. Não são obras baseadas apenas em espírito, mas também em verdade.

Somos o povo, creio eu, que será chamado para defender a pura doutrina de Cristo perante os tribunais, uma vez que, conhecedores da doutrina do santuário e das profecias, podemos apresentá-las e defendê-las perante os doutos e poderosos da Terra. -- Rogério Buzzi.

Leia o Artigo nº 2:

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