Breve Investigação do Estudo:
"Nova Era – A Vinda do Anticristo" do Pr. Vanderlei Dornelles 

I - ERROS DE ANÁLISE:

1. No subtítulo "História" (segundo parágrafo), onde reza:

"Peter Unruh, pesquisador do assunto, fala de uma Ordem Secreta de Iluminados do século 19. Da qual participaram cidadãos como Guissepi Mazzini, Adam Weishaup e Albert Pike. Sendo cidadãos influentes na política e na economia mundial, influenciaram a primeira e segunda guerras mundiais. O enfraquecimento do Czar russo com a primeira guerra mundial teria servido para dar abertura ao regime comunista no Leste, cujo partido eles também articularam a formação no século 19. A segunda guerra mundial visava a colaborar indiretamente com a expansão do regime comunista para outras nações, causando assim um enfraquecimento no cristianismo mundial. O que abriria caminho para a mentalidade espiritualista, humanista e globalizadora da Nova Era". (Grifos acrescentados). 

MEU COMENTÁRIO:

Citar uma análise esdrúxula e descabida como essa é colocar-se em risco de ser ridicularizado por qualquer Historiador, mesmo que tenha a mais humilde formação acadêmica. É consenso geral entre os historiadores que as duas grandes guerras eclodiram por causa de um complicado e intricado processo. Quando se utiliza, nas Ciências Humanas, o vocábulo "processo", tenta-se falar de uma dinâmica tão complexa da vida social, política e econômica, que as palavras mais rebuscadas não conseguem definir, com inteireza, sua essência.

Com relação à Primeira Guerra, todos os que conhecem a História Universal sabem que este conflito se deu por causa das disputas coloniais e imperialistas das potências industriais da Europa, entre outras coisas. Por isso, a afirmação acima citada cai no ridículo, visto que, nas entrelinhas, busca passar a idéia de que um pugilo de homens tiveram influência suficiente de modo a abrir precedentes para uma crise da magnitude das duas grandes guerras! É risível...

Quanto a Segunda Guerra Mundial, todos os historiadores são unânimes em afirmar que esse conflito foi, entre outras coisas, o desdobramento da Primeira Guerra. Suas raízes estão nas imposições humilhantes do Tratado de Versalhes que criou um clima de revanchismo no coração dos alemães; na crise econômica causada pela quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929; na ascensão dos regimes totalitários na Europa; no expansionismo alemão e na conivência das potências vitoriosas da Primeira Grande Guerra para com essa expansão alemã, pois viam nisso um meio de deter o avanço do socialismo no continente europeu. 

Assim, ao contrário de favorecer o socialismo, a eclosão desse último conflito mundial, colocou em risco a existência desse Sistema, quando a própria pátria do socialismo real foi invadida pelo exército alemão. Somente após receber a ajuda das nações que combatiam o Eixo é que os soviéticos lograram a mobilizar a contra-ofensiva aos nazistas.

Naquele momento não havia meio termo: ou se detinha Hitler ou ele dominaria toda a Europa e a parte asiática da ex-URSS. Os aliados tiveram que "engolir em seco" o socialismo e arcar com o seu avanço graças a própria ajuda militar que ofereceram ao governo de Josef Stalin. Era o preço a ser pago para deter a expansão alemã no continente europeu. E não tem nem cabimento pensar que os aliados tivessem arquitetado tudo isso porque quisessem que o socialismo se fortalecesse.  Basta verificar que ao término da Segunda Grande Guerra, a Europa e o mundo ficaram bipolarizados: de um lado as nações socialistas, de outro as capitalistas, vivenciando um período de rivalidade, tensão e instabilidade conhecido como "Guerra Fria".

Só à guisa de fundamentação ao que estou afirmando resumidamente, recomendo que se faça uma leitura dos verbetes "Guerra Mundial Primeira", "Guerra Mundial Segunda" e "Guerra Fria", em qualquer enciclopédia, como a BARSA, por exemplo, e obter-se-á a confirmação do que estou apresentando neste comentário. A análise de Peter Unruh, citada pelo Pr. Dornelles,  é um crasso e desmedido erro histórico! 

2. No subtítulo "Iniciação Luciferiana" (nono parágrafo), onde afirma-se:

"Como meio de forçar as pessoas a passarem pela iniciação, a Nova Era defende a centralização de bens num diretório mundial. Num dia os bens seriam todos confiscados, e a pessoa só poderá receber de volta se tiver passado pela "Iniciação Luciferiana".

MEU COMENTÁRIO:

Fico imaginando as implicações absurdas dessa declaração. Atualmente a população mundial economicamente ativa supera a casa dos dois bilhões. Como centralizar os bens de todo esse pessoal num diretório? E como conseguiriam isso junto aos países muçulmanos, super-fundamentalistas que estão hoje perseguindo e matando adeptos de outras religiões? Será que a Nova Era terá força para derrotar o Islão? E como seria essa iniciação luciferiana? Grupal ou individual? Pelo contexto do estudo do Pr. Dornelles, com base nas citações que faz, sendo a Nova Era um movimento também espiritual e sendo essa iniciação do mesmo caráter e, uma vez que a espiritualidade é algo eminentemente pessoal, se essa iniciação começou dia primeiro de janeiro do ano 2000, a volta de Jesus só vai ocorrer daqui há cinqüenta anos, no mínimo!

São afirmações dessa natureza que revelam o fundamento meramente especulativo dessa teoria escatológica. 

3. E as declarações a seguir:

a): "Divulgadores da Nova Era

Ao redor do mundo empresas, instituições e grupos religiosos e místicos atuam intensamente para disseminar a filosofia mística, espiritualista, unificadora e transformadora.

No livro Sementes para uma Nova Era, de Pierre Weil, encontra-se uma lista de 51 entidades que atuam pelo estabelecimento da Nova Era:

..............

36. Papa João Paulo II (está instituindo a Nova Era no cristianismo).

(Conforme reza essa parte do subtítulo, de acordo como se apresenta nessa citação)

b): "A Igreja Católica está ligada à Nova Era por vários vínculos. A presença da mentalidade socialista, que exalta o homem como o construtor da sociedade justa, se introduziu e criou raízes no catolicismo pela Teologia da Libertação. Além disso está a busca do ecumenismo que o catolicismo persegue desde a década de 60 (sessenta), visando a criação da Sociedade e da Religião Internacional.".

(subtítulo "Ecumenismo" , segundo parágrafo)

MEU COMENTÁRIO:

Através dessas duas citações (letras "a" e "b") extraídas do estudo elaborado pelo Pr. Vanderlei Dornelles, pode-se observar que ele se deixou envolver pelos postulados de uma teoria escatológica que, além de não estar respaldada pelo Espírito de Profecia e pela nossa linha tradicional de abordagem histórica de interpretação profética, carece de fundamentos com base nos fatos. 

O Pr. Dornelles pretende afirmar que o catolicismo promove a Nova Era através de duas ações implementadas por essa igreja: a Teologia da Libertação e o Movimento Ecumênico. Ocorre, porém, que a Teologia da Libertação entrou em xeque desde há muito tempo dentro do ambiente católico e foi o próprio papa atual que a contestou e a tornou praticamente inócua. Para confirmar o que afirmo, recomendo a verificação da análise apresentada em um artigo da Revista Veja, do dia 05/05/99, intitulado "Novidade no Altar", de onde se extrai a seguinte declaração:

"A última pesquisa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, com os seminaristas, feita em 1993, já apontava nessa direção. O levantamento de Benedetti veio reforçar a tese. Até pouco tempo atrás, a maioria dos padres considerava a sacristia uma trincheira de esquerda e via no sacerdócio uma forma de envolver-se profundamente com as chamadas causas das minorias. Foi esse clero dos anos 70 que criou as comunidades eclesiais de base, apoiou invasões de terra e estimulou o crescimento do PT. Atualmente, os padres de passeata estão dando lugar a clérigos insatisfeitos com o discurso mais radical. Eles nutrem simpatia pela Renovação Carismática, corrente do catolicismo cujas missas lembram os cultos das seitas evangélicas. "Antes, saíamos das paróquias para lutar pela libertação com Leonardo Boff. Hoje, eles querem exaltar multidões como Marcelo Rossi e herdar uma paróquia estruturada", afirma Benedetti."

E o mesmo pensamento é corroborado por outro artigo da mesma revista, edição de 5/1/2000, intitulado "O Jubileu de João Paulo", onde pode-se ler os seguintes trechos:

"O homem que é o corpo e a alma do Grande Jubileu dos 2.000 anos de Jesus Cristo vem conduzindo a Igreja Católica em uma linha que ora se parece absolutamente libertária, ora é marcada pelo mais veemente conservadorismo. Pelo lado libertário, João Paulo II é o militante que ajudou a cravar a estaca mortal no coração do regime comunista e criticou o governo do ditador Augusto Pinochet quando esteve no Chile, em 1987. Pelo lado conservador, João Paulo II não permite nenhum tipo de transigência em questões que dizem respeito aos dogmas da Igreja e a temas de conteúdo moral transformados por Roma em pontos fundamentais de sua doutrina".

"Quando seu pontificado começou, no final da década de 70, a Igreja Católica, sobretudo a da América Latina, parecia cindida ao meio. De um lado, agrupavam-se os conservadores, padres que acatavam a autoridade de Roma e respeitavam os rituais católicos. Do outro, os ditos progressistas, reunidos em torno da Teologia da Libertação, mais engajados na militância política. Agora, no início de um novo século, quando o reinado de João Paulo II chega à maturidade, quase toda a Igreja Católica foi unificada em torno de uma mesma língua. 

"O papa sempre se opôs às tentativas de reformar o que para ele é o cerne da Igreja Católica", afirma Edênio Vale, professor de psicologia da religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A impressão que se tem é que os antecessores de João Paulo II estavam sempre cedendo alguma coisa para que a Igreja conservasse seu poder. Para não perder fiéis, João XXIII acabou com a obrigatoriedade de rezar missas em latim. Paulo VI nada fez para evitar que a Teologia da Libertação, que ganhou corpo durante os anos de seu pontificado, dividisse a Igreja ao meio. Com o polonês Karol Wojtyla, a Igreja Católica partiu para o ataque para ampliar seu poder no mundo e consolidar-se como uma das religiões mais poderosas do Ocidente. O Grande Jubileu vem para coroar um pontificado vitorioso". 

Como se pode observar, a Teologia da Libertação está no mínimo neutralizada dentro da Igreja Católica. E esta situação já era vista pelo próprio teórico dessa teologia aqui na América Latina, o frei Leonardo Boff. Em entrevista concedida à Revista Veja, cujo teor saiu nas páginas amarelas da edição de 16/08/95, na página 9 (2ª e 3ª colunas), Leonardo Boff faz os seguintes comentários:

"Os conservadores foram derrotados no Concílio Vaticano II, em 1962, mas a partir de 1975 voltaram a lutar por espaço. Com João Paulo II, eles retornaram à hegemonia. Proibiram as missas ecumênicas como a Missa dos Quilombos, desmontaram episcopados progressistas na Holanda, na Áustria e no Peru. O sínodo dos bispos africanos chegou a ser realizado em Roma, onde podia ser monitorado mais facilmente. Pra vencer na CNBB o papa levou anos nomeando bispos do seu grupo, até conseguir eleger seu candidato. Mas o clero brasileiro é majoritariamente progressista (...)". (grifos meus).

(Só que atualmente a realidade é outra como bem se pode ver com base nos artigos das edições acima citadas).

E o frei continua, respondendo à seguinte pergunta:

"Veja – Por que João Paulo II combate tão tenazmente a Teologia da Libertação?

Boff – O papa tem obsessão em achar que toda teologia que se articula com os pobres, a justiça, a mudança da sociedade é marxista e, portanto, estranha à fé cristã. (...)". 

Quanto à questão do ecumenismo, deve-se levar em consideração o fato de que o papa atual é conservador e não admite nenhum tipo de transigência em relação aos dogmas da igreja católica. A aparente contemporização apenas esconde as reais intenções e pensamentos da igreja romana. É muito fácil comprovar o que afirmo. Basta ler a décima encíclica elaborada  elaborada por João Paulo II – Veritatis Splendor – na qual ele reafirma a autoridade pontifical e os dogmas católicos. Nessa encíclica estão registrados os parâmetros do pensamento teológico adotado pelo atual papa, em declarações como as que seguem:

"A consciência humana não tem o direito absoluto de tomar decisões categóricas sobre o que é moralmente certo ou errado".

"A autonomia da razão humana tem de estar subordinada às leis de Deus e aos ensinamentos da igreja".

"A oposição aos ensinamentos dos pastores da Igreja não pode ser vista como legítima expressão nem de liberdade cristã nem de diversidade de dons espirituais. É proibido violar tais preceitos. E eles devem submeter-se todos, não importa a que custo". 

É com base nessa postura que deve ser analisado o envolvimento da Igreja Católica com o ecumenismo. Ela jamais fará concessões que firam seus dogmas. A Igreja Católica assumiu a dianteira da ação ecumênica mas ao seu modo. Ela quer fazer isso reafirmando e não negando sua postura. E isto é o que os fatos comprovam. Em 1997, teólogos luteranos assinaram um documento em conjunto com os dirigentes católicos no qual afirmam não mais haver divergências referentes à doutrina da justificação pela fé! Este fato esta registrado no Livro  do Ano da Enciclopédia BARSA, edição de 1998, no verbete "Religião", nas páginas 162 (segundo parágrafo da coluna esquerda) e 163 (terceiro e quarto parágrafos da coluna direita). E atualmente crescem os entendimentos entre os católicos e os anglicanos, sendo que estes últimos já assinaram um documento admitindo a supremacia espiritual e a autoridade eclesiástica do bispo de Roma! Os entendimentos objetivam a comunhão plena entre as duas igrejas!

Recomendo a leitura de duas encíclicas do atual pontífice a fim de que se entenda a marcha dos atuais acontecimentos influenciados pela igreja católica: Veritatis Splendor e Tertio Millenium. Pode-se obter acesso às mesmas através do site oficial do Vaticano (www.vatican.va).

Os fatos atuais apenas comprovam – gênero, número e grau – o que está predito em "O Grande Conflito", capítulo 35 – "Ameaça à Consciência".

É com base nos fatos reais e nas afirmações do Espírito de Profecia que eu contexto esta análise apresentada nesse estudo do Pr. Dornelles. Faz-se necessário verificar a abrangência de sua análise a fim de que se possa comprovar ou não que ela não fere nossa linha tradicional de interpretação profética.

CONSIDERAÇÕES:  Ou é a Nova Era que dominará o cenário da história final do mundo ou será o poder papal. Não vejo como harmonizar o que afirma nossa interpretação escatológica tradicional com essa teoria que privilegia o suposto papel da Nova Era nos eventos finais. 

4. Outras declarações carentes de fundamento:

a): "Crescimento da Nova Era

Ao olharmos em nossa volta, com facilidade comprovaremos que muitos movimentos têm sido efetuados em função da concretização da Nova Era.

Os divulgadores, conscientes ou inconscientes, estão atuando pelo rádio, pela TV, pela imprensa e por meio de seminários, congressos e palestras para a formação de mentalidade.

Muitas mudanças estão tendo lugar nas ideologias, nos regimes políticos e governamentais. Ao mesmo tempo que fazem acordos políticos e econômicos ou alianças religiosas. Nesta década o movimento já emite sinal de total sucesso e promete conquistar o mundo nos próximos anos".

(Subtítulo "crescimento da Nova Era. Grifo acrescentado).

b): "O fenômeno Nova Era é a preparação do mundo para a vinda da crassa apostasia do Anticristo".

(Subtítulo "Desafio aos Cristãos", quinto parágrafo).

MEU COMENTÁRIO:

Para que a Nova Era possa "conquistar o mundo nos próximos anos" é preciso que disponha de uma estrutura organizacional semelhante ao do catolicismo e um poder institucional equivalente ao dos Estados Unidos da América. Russell Chandler que escreveu "Compreendendo a Nova Era" (editora BomPastor) afirma justamente isso. 

Ademais, se a pretensão da Nova Era é "conquistar o mundo" através da ideologia, há que se provar (o que é impossível) que sua força ideológica poderá superar a rigidez doutrinária do catolicismo e a do islamismo (religião que mais cresce no mundo atual), sem falar em outras ideologias arraigadas no mundo atual como o ateísmo (em todas as suas vertentes). De acordo com o Almanaque Abril (99 e 2000) existem cerca de 1,2 bilhão de muçulmanos no mundo e cerca de 1 bilhão de ateus e não religiosos. 

Muita gente desdenha de uma idéia elevada como a de Deus, quanto mais de coisas pregadas pela Nova Era ("nós somos deuses", "potencial infinito", tarôs, cristais, búzios e outras baboseiras). Análises desse tipo caminham em terreno volúvel. Não é possível afirmar certas coisas como se fossem certezas absolutas, principalmente em se tratando de eventos futuros.

Muitos cientistas humanos de peso (como Zbigniew Brzezinski e Samuel Hurtington), com base em estudos sérios, afirmam que o mundo atual caminha para uma situação de conflito cujo elemento serão os valores culturais que identificam as civilizações presentes hoje no mundo. A tendência é que cada civilização se arraigue nos valores forjados ao longo de sua história. A civilização ocidental alicerçada na tradição judaico-cristã tenderá, daqui para frente, em reafirmar seus valores culturais tradicionais. 

A história comprova que isto só é possível dentro de uma estrutura rígida que pressuponha uma autoridade organizacional, uma ideologia doutrinária estabelecida dentro de padrões normativos legitimados (com base num livro sagrado e uma tradição eclesial, por exemplo) que possa impor - pelo convencimento ou pela força - o estilo de vida a ser adotado. 

Para constatar essa afirmação, basta conhecer um pouco de história medieval (em relação a Igreja Católica e o Islamismo) e história contemporânea (com relação a Revolução Islâmica, que abriu caminho para o fundamentalismo). Duvido que a Nova Era tenha essa estrutura ou consiga forjá-la mesmo em cinqüenta anos.

O que afirmo é que a história passada e os fatos atuais comprovam que essa teoria da prevalência da Nova Era não está tão bem fundamentada assim como querem nos fazer acreditar. Pode até acontecer de a Nova Era abrir precedentes dentro da estrutura doutrinária da Cristandade. Mas ainda assim, de acordo com a profecia, quem estará à frente de todo o processo de luta e perseguição ao povo de Deus é o Poder Papal, vindicando acima de tudo sua autoridade. 

O ponto de controvérsia não será o confronto em torno do dia de guarda? Não é isso que afirma o Espírito de Profecia? Não é isto que revela "O Grande Conflito" em sua última seção "A Única Salvaguarda? A guarda do Domingo - que será imposta obrigatoriamente no futuro - é uma homenagem a que autoridade? Da nova Era ou do Poder Papal? Ponderem nisso os que advogam a teoria da prevalência da Nova Era.

Compare as colocações acima citadas (extraídas do estudo do Pr. Dornelles) com o que se lê em "O Grande Conflito", capítulo 35: "Ameaça à Consciência":

(Eu utilizo a 36ª Edição de 1988)

"São de grande alcance os planos e modo de operar da Igreja de Roma. Emprega todo o expediente para estender a influência e aumentar o poderio, preparando-se para um conflito feroz e decidido a fim de readquirir o domínio do mundo, restabelecer a perseguição e desfazer tudo o que o protestantismo fez". - O Grande Conflito, páginas 565 e 566, grifo acrescentado.

"O papado é exatamente o que a profecia declarou que havia de ser: a apostasia dos últimos tempos (II Tessalonicenses 2:3 e 4)". - O Grande Conflito, p. 571.

"Uma época de grandes trevas intelectuais demonstrou-se favorável ao êxito do papado. Provar-se-á ainda que um tempo de grande luz intelectual é igualmente favorável ao seu triunfo". - Obra Citada, páginas 572 e 573, grifo acrescentado.

"No movimento ora em ação nos Estados Unidos a fim de conseguir para as instituições e usos da igreja o apoio do Estado, os protestantes estão a seguir as pegadas dos romanistas. (...)E o que dá maior significação a este movimento é o fato de que o principal objetivo visado é a obrigatoriedade da observância do Domingo, prática que se originou com Roma, e que ela alega como sinal de sua autoridade". - Idem, página 573.

"Tanto no Velho como no Novo Mundo o papado receberá homenagem pela honra prestada a instituição do Domingo, que repousa unicamente na autoridade da Igreja de Roma". - Idem, página 579.

VOLTO A AFIRMAR: Ou será a Nova Era que alcançara a hegemonia, influenciando de maneira todo-absorvente as relações sociais, políticas, econômicas e religiosas do mundo, ou será o poder papal. Não há meio termo. Um desses dois poderes estará à frente da grande obra de apostasia que conduzirá a humanidade para o desafio aberto ao criador, conforme nos revela as profecias de Daniel e Apocalipse.

UMA COISA É CERTA: Esta análise que privilegia a ação da Nova Era está em choque com as revelações do Espírito de Profecia. Se não está, as colocações de "O Grande Conflito", acima consideradas, precisam ser explicadas – de um modo contundente e indubitável – à luz dessa teoria de interpretação escatológica que exacerba o suposto papel da Nova Era nos eventos finais. 

II - CONTRADIÇÕES:

No subtítulo "História", seção "O Plano" (que apresenta treze itens dos supostos objetivos da Nova Era):

"7. Líderes da Nova Era irão demonstrar que Jesus não era o Cristo.

8. Cristianismo e outras religiões serão desacreditados e eliminados na religião mundial.

9. Princípios cristãos serão desacreditados e eliminados".

Compare com a declaração a seguir:

"O Que é a Nova Era

Antes é bom dizer o que a Nova era não é. Não é uma nova seita mística ou cristã. Não é um movimento espírita que vem antagonizar as religiões cristãs. Nova Era não é ainda uma nova forma de governo diferente da democracia e do comunismo".

(extraído do subtítulo "O Que é a Nova Era", primeiro parágrafo, grifo acrescentado).

PERGUNTA: Se a Nova Era não vem antagonizar as religiões cristãs, como ficam os itens 7-9 do seu suposto plano?

Fico aguardando uma explicação plausível a TODOS esses questionamentos que apresento aqui. - Roque Aldo Meira.

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