Ex-Office-Boy de Associação Conta o que Sabe

O ocorrido foi na Associação... Em 1993, entrei na Obra, contratado pela A... Jogava futebol com os obreiros na sexta-feira à tarde e, um dia o pastor A..., tesoureiro da mesma, perguntou sobre mim para sua secretária, que era membro de minha igreja. Como teve boas referências com relação à minha conduta, fui chamado pelo pastor.

No começo, achei que estava no melhor lugar do mundo, ambiente no qual todo membro da igreja gostaria de estar.

Estava na época de "meu primeiro amor", porque havia sido batizado há pouco. Muitas pessoas diziam que eu era um rapaz de sorte e, de acordo com o que aprendera dos preceitos de Deus, achava que realmente fosse uma bênção!

Com o passar do tempo, percebi que tudo isso era um engano. Que, na verdade, a tal sorte se devia às mordomias que a Obra oferecia.

Notei que a maioria dos obreiros se escravizavam a essas mordomias e se acomodavam a ponto de achar que tudo aquilo realmente era mais importante que o trabalho de obreiro em si: dedicar integralmente a Deus sua fidelidade e trabalho!

Mas vamos voltar para minha história. Minha função era de office-boy. Isso mesmo! Meu trabalho consistia em assuntos de banco e auxílio ao Departameno Jurídico. A ordem que tinha do pastor A... era primeiro atender as tarefas da A... e, se sobrasse espaço de tempo para atender os obreiros com "serviços particulares", deveria atendê-los com prontidão.

Por serem atividades relativamente fáceis e como quase sempre eu me dirigia aos mesmos bancos em que os podia resolver os assuntos particulares dos obreiros, não havia razão -- eu pensava -- para deixá-los sem atendimento. Mas um dia, a então futura cunhada do pastor A... pediu-me para que fizesse um serviço que me tiraria da rota e, quando o analisei, vi queria iria comprometer o trabalho para o qual fui designado pela a Associação. 

Expliquei para a mesma como havia sido instruído pelo pastor A... e disse que não daria para fazê-lo. Isso foi numa sexta-feira. Na segunda, fui chamado à sala do pastor A... que, por sua vez, tratou-se de forma rude, dizendo que eu estava sendo antipático com o "grupo" e disse que não daria para trabalhar dessa forma.

Sua secretária (aquela que me indicou), percebendo sua grosseria, entrou na sala e começou a discutir com seu chefe, pois eu havia anteriormente contado a ela o ocorrido e a mesma sabia que era por esse motivo que o pastor A... me estava destratando. Conclusão: por hora, meu emprego estava a salvo!

Depois deste dia, nunca mais o pastor A... foi aquele mesmo que brincava comigo e conversava pelos corredores. Sempre me criticava e, inúmeras vezes me deixava em situações complicadas, para ver se eu pedia as contas ou ele arranjava o pretexto para me mandar embora. Chegou até a dizer para muitos que meu caso era "entortar ferro frio". Sem solução!

Eu era querido pelos departamentais e obreiros e tive a intervenção de muitas pessoas em meu favor todas as vezes que este homem quis me mandar embora!

Agora veja, meu irmão, como era enganoso o clima do meu sagrado ambiente de trabalho. O pastor A... sempre foi temido por ser daqueles que gostam de agir com seu autoritarismo. Chegava até a disputar poder com o secretário, presidente e outros de seu escalão. Ainda hoje, muitos o consideram arrogante. Algumas igrejas, como por exemplo a da Vila Matilde, SP, nem o querem pregando em seu templo!

Como acontece em outras instituições da igreja, o tesoureiro pastor A... contratou sua filha (Departamento Pessoal), sua esposa (Secretária), seu irmão adotivo (CPD), e uma
tropa de sanguessugas que, ao longo do tempo, foram sendo chamados e "protegidos" por esse homem. Outros, como por exemplo um casal de irmãos, casaram-se com a filha e o irmão dele e se deram muito bem.

Naquela Associação, percebi que o profissionalismo perde longe para o protecionismo! Estes que são então os protegidos, fazem e desfazem dos outros ao seu bel prazer.

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Obs. Os nomes dos envolvidos e a identificação da Associação foram omitidos pelo editor do Adventistas.Com. 

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