"Você Sabe o Que Aconteceu com o Pr. Wilson Almeida?"

Olá, Robson!

Desejo, através do seu site, me comunicar com meus amigos e pessoas que me conhecem pelo Brasil afora e esclarecer algumas coisas que andam falando a meu respeito que não têm qualquer fundamento. Por isso, peço que publique com a minha assinatura.

Sou adventista de berço, filho de obreiro que atuou mais de trinta anos na Colportagem. Formei-me em Teologia em 1970, participei do Quarteto Arautos do Rei durante 4 anos e depois recebi um chamado para trabalhar na CASA, onde permaneci desde 1975 até o final de 2000, tendo trabalhado no Departamento de Arte, como programador visual e ultimamente como editor de Arte. Durante 15 anos, trabalhei com editor da revista Nosso Amiguinho e também como editor da falecida Superamigo (4 anos), além de ter colaborado nos demais periódicos da CASA e também feito a atualização da linguagem do livro Caminho a Cristo. No tempo em que trabalhei na CASA, fiz jornalismo na USP e mestrado no SALT.

Deixou a CPB por quê?

Bem, depois desses detalhes todos, certamente estarão perguntando o que aconteceu comigo para que deixasse a CASA, faltando tão pouco tempo para me aposentar? É uma história longa, que não vale a pena detalhar, mas para informar meus amigos, que certamente estarão ouvindo boatos os mais absurdos, vão algumas explicações:

Em primeiro lugar, saí da CASA em paz com os colegas e com a administração atual. Claro que não são santos com auréolas, mas quem é? Não me sentia satisfeito com o atual encargo que me havia sido atribuído para chefiar o Departamento de Arte, realmente, me sentia bem como jornalista, pois, embora tivesse certo conhecimento de Arte, esse trabalho nunca foi minha praia.

Houve também o fato de minha esposa ter solicitado seu desligamento da IASD, por razões pessoais, pelo fato de ela não concordar com o atual estado de mornidão da igreja, bem como pela maneira autoritária como que ela é administrada (nisso também concordo). 

O problema é que ninguém quer admitir que alguém peça demissão da igreja e continue tendo crescimento espiritual, como atesto ser o caso de minha esposa. Se ela estivesse no mundão, apostatada, todo mundo aceitaria, mas creio que é um dos raros casos de alguém contestar a igreja sem perder a fé. Isso incomodou bastante o pessoal da DSA, que só soube fazer pressão, mas nunca me chamou para uma conversa franca. 

Isso não é novidade. Infelizmente, na Organização se trabalha muito nos bastidores, mas nunca se encara o problema (se é que é problema) de frente. É mais fácil fazer pressão e, como diz o adágio popular, «tirar o amendoim do fogo com a mão do gato». Para quem já leu o livro «O Processo» de Kafka, dentro da Organização as coisas são mesmo parecidas. Sempre se age em nome de Obra, como se ela fosse um personagem. Fala-se em nome da Obra. Afinal, quem é a Obra? Não seriam os obreiros? Ou alguém tem recebido o mandato direto de Deus para falar em Seu nome?

Bem é isso o que aconteceu, em resumo. De minha parte, continuo firme em Cristo Jesus, embora esteja um tanto constrangido de freqüentar as reuniões da igreja, pois me olham como um herege. Tenho me reunido em casa com minha família e tenho feito evangelismo com pessoas que estão sedentas por uma mensagem de esperança. Costumo dizer que agora pertenço à Igreja de Atos - uma daquelas que Paulo nomeava «saudai a igreja que se reúne em casa de...», também, adventista, pois continuo crendo na breve volta de Jesus.

Esclareço ainda que não é verdade que estou ligado a qualquer outra denominação - alguém me perguntou se eu estava na Universal!!!!!???? Outro disse que eu havia me tornado espírita!!!!!????? Bem isso é o nosso povinho que gosta de uma fofoca e vai acrescentando mais e mais fatos. «Você sabe o que aconteceu com o Pr. Wilson Almeida?» E aí vem aquele montão de abobrinhas.

Quem quiser se comunicar comigo, coloco meu endereço à disposição: wilal@asseta.com.br

Um grande abraço aos meus amigos sinceros (agora tenho reconhecido quem é mesmo amigo)

Pastor Wilson Ferraz de Almeida (continuo pastor, mesmo sem a credencial da IASD, pois a credencial que vale é a que recebi do Espírito Santo)

Em tempo: escrevi uma carta ao presidente da DSA no final de janeiro e até agora, silêncio total, embora a carta tenha sido muito cristã e respeitosa. Não me iludo achando que um dia terei sido levado em conta. Que Deus tenha misericórida desse povo que, como diz Paulo «aqueles que pareciam ser de alguma importância, nada me acrescentaram».

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