Pai de siamesas na Costa Rica dá lição de confiança em Deus

SÃO JOSÉ, 9 Jul. 2002 (ACI).- José Antônio Brenes é um jovem pai de família que comoveu o país com  seu testemunho de confiança em Deus em meio a dor. Sua esposa deu à luz  siamesas unidas pelo tórax com um único e frágil coração.

Embora os médicos não  dessem esperança alguma, suas filhas já completaram dois meses de nascidas e se aferram à vida com uma energia surpreendente.

Maria dos Anjos e Maria do Milagre Brenes Carranza nasceram no dia 26 de abril. "São  minhas filhas. São anjos que nasceram neste país e hoje estão de passagem pela minha casa'', afirma o pai.

"Sentimos um grande amor e respeito por suas vidas. Deus  nos disse que as ama assim, e se ainda vivem é porque Deus assim o quer", acrescenta Brenes enquanto contempla a suas filhas agora em casa.

A família Brenes, com outros três filhos e uma boa situação econômica, decidiram enfrentar as necessidades das pequenas apesar de suas múltiplas  malformações congênitas, que impedem qualquer tentativa de separá-las.

''Foi descartada a cirurgia porque só há um coração com uma cardiopatia congênita. Se fizéssemos uma intervenção, o mais provável é que nenhum das duas sobreviva'', afirmou o especialista em neonatologia Juan Carlos Molina, quem esteve a frente deste caso no Hospital da  Mulher.

Segundo o médico, as meninas ultrapassaram todas as expectativas de vida mas é difícil que se salvem porque a medida que crescem, o coração perderá sua capacidade de resposta.

Os  pais das siamesas estão recorrendo a diferentes entidades para conseguir ajuda para as siamesas. Agora necessitam de um ambiente mais seguro, com ventilação e iluminação suficiente para protegê-las das infeções, alimentação por meio de uma sonda e dependem de um ventilador mecânico para respirar. Os pais tiveram que ser treinados para cuidar delas.

''Tudo o que podemos fazer por elas é pouco. São nossas filhas e as amamos'', afirmou a mãe.
       

10 de Junho de 2002

O costarriquenho José Antonio Brenes e sua esposa
Maria Carranza carregam o caixãozinho com os corpos
de suas duas filhas siamesas, durante a cerimônia fúnebre em Alajuelita próximo a São José, nesta
quarta-feira 10 de julho de 2002.

As gêmeas siamesas morreram por problemas respiratórios, depois de ultrapassarem as expectativas médicas e sobreviverem por dois meses após o seu nascimento. As meninas nasceram unidas pelo tórax e partilhavam o mesmo coraçãozinho, com múltiplas malformações congênitas.

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