Irmãs siamesas não pensam em separação e podem formar dupla sertaneja

As irmãs Reba (de vermelho) e Lori Schappell desde que nasceram, há quarenta anos, enfrentam corajosamente as dificuldades causadas pelo fato de terem nascido ligadas pelo crânio. Elas residem na cidade de Reading, no estado americano da Pensilvânia, e foram uma das poucas vozes que se levantaram contra a cirurgia que separou as gêmeas guatemaltecas, que nasceram com problema quase idêntico.

Para Reba e Lori, o risco de morte ou de maiores prejuízos físicos para as duas meninas, ou mesmo para uma delas, torna perigosa demais uma operação dessa natureza. Elas próprias jamais admitiram essa possibilidade para si mesmas.

As irmãs siamesas, que fizeram faculdades diferentes, revezam-se no exercício de profissões diferenciadas. Depois de Reba trabalhar durante seis anos na lavanderia de um hospital, agora chegou a vez de Lori excursionar pelos Estados Unidos, Japão e Alemanha como cantora de música country.

"A independência de minha irmã nunca foi minha prioridade, nem me passou pela nossa cabeça", diz Lori, que espera casar-se e ter filhos.

Reba e Lori têm cérebros separados, mas partilham o mesmo crânio e parte do sistema circulatório cerebral. Reba nasceu com espinha bífida, por isso tem 10 cm a menos de altura que Lori, a qual empurra uma banqueta de rodas para que ambas possam mover-se com mais facilidade.

Reba admite até formar uma espécie de dupla sertaneja com Lori, mas para isso gostaria de mudar seu nome para Dori e se mudar com a irmã para Nashville, no Tennessee.

Lori e Reba não perguntaram aos médicos sobre a expectativa de vida delas, nem pretendem fazê-lo. Mas elas sabem que a morte um dia poderá separá-las, dando chance aos médicos de, enfim, tentarem a separação que elas nunca quiseram.

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